Gosto imenso desta
autora, consegue-me transportar para dentro dos seus livros, quase que sinto os
cheiros e sabores com as suas descrições e dá-me imensa vontade de ir fazer um
chocolate quente, umas compotas com frutos maduros, uns bombons com especiarias
exóticas.
Que saudades que eu
tinha da personagem Vianne Rocher, que depois de 8 anos volta a
Lansquenet-sur-Tannes, a aldeia de Chocolate, apesar de ter decidido não voltar
mais, uma carta de uma pessoa amiga que
já faleceu, faz com que volte a visitar este lugar e os amigos que deixou. Continua a mesma pessoa, mas, mais madura,
agora tem duas filhas, Anouk e Rosette, o namorado Roux fica em Paris, e
acompanhada pelas filhas Vianne parte à
descoberta de novo da aldeia que tanto a marcou, a sua intuição diz-lhe que precisam
da sua ajuda.
Vianne encontra a
aldeia dividida, devido ao facto de habitantes do islão morarem perto de
católicos, e as suas tradições como o Ramadão, o uso de véu islâmico o hijab,
faz com que as pessoas andem em conflito umas com as outras. Existem mistérios
no ar.
A autora consegue
abordar temas delicados como a religião, mas, com subtileza e sensibilidade,
respeitando ambas as partes.
Esta história é narrada
por Vianne e pelo o famoso monsieur le
Curé, o padre da aldeia, que já conhecemos em Chocolate, o seu inimigo na
altura em que lá vivia, é um conservador, nada fácil de lidar, que
presentemente está mais simpático, mas enfrenta graves acusações, em que são poucas
as pessoas da aldeia que acham que ele seja inocente.
Encontra-se de novo com
a sua amiga Joséphine que está diferente cheia de segredos. Também com as
bisbilhoteiras da aldeia que se alimentam dos escândalos e da vida dos outros.
Claro que vamos ver
Vianne envolvida em ambas as partes, através da sua característica principal
que é conquistar a confiança das pessoas com os chocolates que faz. Pois o amor que coloca a fazer seja no
que for transmite-se no resultado final, e consegue unir as pessoas de qualquer
etnia, cultura ou religião, com o poder que a comida exerce. Mas não vai
ser só ela a conquistar através do comer, as mulheres islamitas também o sabem
fazer.
Vamos ter muitas
intrigas, mistérios e suspense até ao fim do livro, com várias personagens a surpreender-nos, até ficarmos a saber quem é afinal o culpado das acusações que
foram feitas ao padre Reynaud, muita
coisa vai acontecer.
Um livro magnifico, com
uma escrita fluida, agradavél, envolvente, muito bom. Gostei imenso.
Excerto:
Vianne Rocher é uma daquelas pessoas que parecem rir de tudo – como se a vida
fosse uma perpétua piada e as pessoas sempre encantadoras e boas...
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