28/01/2015

O Olhar do Açor - Crónicas da Terra e do Mar, Livro I, de Sandra Carvalho (opinião)



Opinião:
A minha estreia com esta autora portuguesa, apesar de ter gostado muito da capa na altura da sua publicação não era um livro que fosse comprar, pois não é o género literário que habitualmente leia, mas confesso que me surpreendeu muito e pela positiva.
O Olhar do Açor trata-se do primeiro volume de Crónicas da Terra e do Mar, esta narrativa é passada durante o século XV, conta-nos a história de uma família que vive em Águas Santas, Gonçalves Vaz o senhor das terras, de sua esposa Constance, uma inglesa, e de Leonor a sua jovem filha adolescente, que chegou à idade de se comprometer com alguém e assumir casamento para garantir que as terras continuem na família, e não caiam em mãos alheias, mas existe alguém que já as tem debaixo de olho, Tomás Rebelo, um personagem sem escrúpulos que está disposto a tudo para as conseguir, odiado por todos, ninguém sabe como consegue ter influencia junto do rei, vem desestabilizar e arruinar este pequeno paraíso.
E com base num segredo que Constance esconde de todos, e neste personagem maquiavélico a autora construiu um enredo que nos envolve ao longo do livro. Criou personagens femininas fortes que lutam contra este ser que quer destruir tudo e todos para se apoderar das terras que não são dele.
A jovem Leonor e a sua amiga Guida, companheira de infância que são como irmãs, juntas vão passar por muitas aventuras inimagináveis, onde vão estar em perigo constante, mas não desistem, duas jovens diferentes em todos os aspectos, mas que se completam, são obrigadas a crescer no meio desta turbulência que abala as suas vidas para sempre. Segredos revelados que vão abalar a jovem Leonor, e fazer-se questionar sobre quem é afinal.
Além das personagens bem construídas, que nos fazem sentir empatia, como no caso das duas jovens, e por outros personagens que vão surgindo ao longo do livro, também é certo que desprezamos outros de imediato, o enredo é cativante com mistério e muitas intrigas, onde a fantasia, a magia são entrelaçadas com a ficção ao longo da narrativa, também a escrita da autora surpreendeu-me, é envolvente, fez com que devorasse as páginas deste livro num ápice, tão cheio de aventuras em terra, conseguiu que ficasse com vontade de ler a continuação de imediato, pois vislumbra-se que muitas outras aventuras vão acontecer no segundo volume, mas desta vez no mar. Gostei muito.

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