16/06/2015

A Espia do Oriente, de Nuno Nepomuceno (opinião)



Opinião:
Neste segundo livro da série Freelancer - A Espia do Oriente, temos novamente como protagonista André Marques-Smith, um espião de alto nível, agente secreto da Cadmo, pelo qual se sente empatia facilmente, no livro O Espião Português as revelações que são feitas sobre a sua pessoa deixaram a sua vida virada do avesso, os segredos revelados deixam-no perplexo, sente-se traído, revelações que mudaram tudo em que acreditava.
Ainda ressentido com a família André entrega-se ao trabalho, mas também à aquilo que melhor sabe fazer, por isso neste livro o autor leva-nos mais uma vez a viajar por cidades, desta vez por Budapeste, Berlim, Londres, Courchevel, Dubai e Lisboa, sempre num ritmo frenético, e com muita acção.
Nesta narrativa China Girl (nome de código), que conhecemos do livro anterior torna-se na personagem central, é uma figura enigmática, envolta em segredos, nada se conhece do passado obscuro desta protagonista, as revelações feitas ao longo do livro sobre a verdadeira China Girl, dão finalmente a percepção de quem é afinal, deixando André perturbado, mas não só a ele, também o leitor. - Quem é esta mulher?
Ambos vão protagonizar cenas de alta tensão, as suas missões são sempre perigosas, cheias de adrenalina, correm perigo de vida, a juntar a isso sendo espiões de diferentes organizações, nunca sabem em quem podem confiar, é uma verdadeira incógnita.
Foi fácil ligar-me de novo aos personagens em especial a este espião tão cativante, que tem como qualquer comum dos mortais problemas no dia a dia, com a família, o trabalho, se não fosse um agente secreto que o leva a correr risco de vida, seria banal, como todos nós, e é isso que nos faz sentir tão próximos, pois o autor criou personagens humanas com qualidades e defeitos como todos nós, tornando-os credíveis.
Em relação ao enredo não se podia esperar melhor, muito cinematográfico, cheio de ritmo e acção em missões de alto risco, sempre com muita adrenalina prende-nos e faz-nos passar rapidamente as páginas para saber o que vai acontecer a seguir, principalmente porque houve momentos de grande suspense em torno de André.
Este final... eu não estava de todo à espera, deixou-me chateada no bom sentido, pois fiquei com uma enorme vontade de ter em mãos o terceiro volume desta trilogia, para continuar logo a ler as aventuras destes protagonistas. Apreciei imenso o facto de A Espia do Oriente conseguir manter o mesmo ritmo alucinante do inicio ao fim, é quase impossível parar de ler, superou as minhas expectativas, fiquei de novo completamente viciada e envolvida na sua leitura.

Mais uma vez agradeço ao Nuno pelo exemplar do segundo livro da série Freelancer, se gostei bastante do O Espião Português, gostei ainda mais da A Espia do Oriente.

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