29/08/2015

Filhas da Tempestade, de Philippa Gregory (opinião)



Opinião:
A verdade é que não resisto a ler os livros da autora Philippa Gregory, mesmo sendo uma leitura indicada para jovens adultos, e apesar de gostar mais de romances históricos, li Predestinado, já há bastante tempo, quase dois anos, tive que reler a sua sinopse para recordar um pouco os personagens, pois este é o segundo livro da Saga A Ordem das Trevas - Filhas da Tempestade.
Decorre o ano de 1453, vamos encontrar de novo Luca Vero, o irmão Peter e o servo Freize, que têm como companhia na sua jornada a jovem Isolde e a sua serva Ishraq.
O enredo é mais uma vez em torno destes cinco personagens insólitos, viajam todos juntos até Itália, quando param numa povoação de nome Piccolo, surge uma enorme cruzada de crianças que seguem um jovem que se diz profeta, João, e que tem como missão levar todas as crianças que o acompanham até à terra Santa, primeiro duvidam da sua missão, mas quando este revela certos segredos sobre o passado de Luca e Isolde, começam acreditar se não será um dom divino. Mas o que advém da sua crença e fé revela-se numa catástrofe enorme. O que faz com que este grupo peculiar presencie um acontecimento grave no meio desta localidade.
Como era normal naquela época medieval, as pessoas acreditavam e atribuíam as culpas de fenómenos naturais, à bruxaria, ao sobrenatural, acreditando em misticismos e superstições, devido à falta de conhecimento, mas também devido ao enorme fanatismo religioso.
E durante a estadia dos jovens quando uma onda gigante inunda a localidade, faz com que a população atribua as culpas às jovens, devido a um simples acto praticado pelas mesmas.
Também uma série de circunstâncias, algumas misteriosas, faz balançar a amizade que une Isolde e Ishraq. Assim como o aparecimento do sombrio e sinistro mestre de Luca.
Quanto aos personagens, Ishraq demonstra mais uma vez ser a personagem forte e a mais interessante de todas, estrangeira, originária do Médio Oriente, é inteligente, culta por ter estudado, uma mulher do ocidente não lhe era permitido. Freize é aquele amigo que todos querem ter, divertido, bem disposto, com sentido de humor. 
É fácil gostar destes jovens personagens, sentir empatia, acompanhar as suas peripécias ao longo do livro, através de uma historia ficcional, cheia de pormenores referentes à época medieval, com ritmo e acção, o que torna esta narrativa envolvente. Fiquei com vontade de ler o terceiro volume desta saga, e acompanhá-los numa nova missão, desta vez em Veneza. Foi uma leitura bastante agradável.


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