Vozes de Chernobyl
Svetlana Alexievich
N.º de Páginas: 336
N.º de Páginas: 336
PVP: 17,69€
Saída a 29 de fevereiro
Vozes de Chernobyl é a obra mais aclamada de Svetlana Alexievich, Prémio Nobel de Literatura 2015, tida como o seu trabalho mais duro e impactante.
Vozes de Chernobyl é a obra mais aclamada de Svetlana Alexievich, Prémio Nobel de Literatura 2015, tida como o seu trabalho mais duro e impactante.
A 26 de abril de 1986, Chernobyl foi palco do pior desastre nuclear de sempre. As autoridades soviéticas esconderam a gravidade dos factos da população e da comunidade internacional, e tentaram controlar os danos enviando milhares de homens mal equipados e impreparados para o vórtice radioativo em que se transformara a região. O acidente acabou por contaminar quase três quartos da Europa.
Numa prosa pungente e desarmante, Svetlana Alexievich da voz a centenas de pessoas que viveram a tragédia: desde cidadãos comuns, bombeiros e médicos, que sentiram na pele as violentas consequências do desastre, até as forças do regime soviético que tentaram esconder o ocorrido. Os testemunhos, resultantes de mais de 500 entrevistas realizadas pela autora, são apresentados através de monólogos tecidos entre si com notável sensibilidade, apesar da disparidade e dos fortes contrastes que separam estas vozes.
Prefácio de Paulo Moura e tradução de Galina Mitrakhovich.
«Se o leitor tem curiosidade sobre o futuro, sugiro que leia este livro com caráter de urgência. A Chernobyl de Alexievich é um lugar de extremos e do desconhecido, palco das consequências da tecnologia.
No posfácio, a autora refere: "Estas pessoas já tinham visto o que, para todos os outros, era ainda desconhecido. Senti que estava a registar o futuro." Tenho a certeza de que ela esta certa.» The Telegraph
Elogios:
«A sua técnica é uma mistura vigorosa de eloquência e de silêncio, descrevendo a incompetência, o heroísmo e o luto: a partir dos monólogos dos seus entrevistados, ela cria uma história que o leitor consegue de facto palpar. Ao lê-la, percebi pela primeira vez que Chernobyl foi o tsunami da Europa: mas fomos nos, humanos, que o criámos, e este tsunami é interminável.» The Telegraph
«Terríveis e grotescas, as histórias de Vozes de Chernobyl acrescem página após página como a radiação alojada nos corpos dos sobreviventes.» The New York Times
«Quão genuinamente humanas são estas histórias: cada voz expressa fúria, medo, ignorância, estoicidade, compaixão e amor. Alexievich pôs a sua saúde em risco para reunir estes inestimáveis testemunhos de quem viveu o desastre na linha da frente, transformados aqui numa obra literária essencial e assombrosa.» Donna Seaman, Booklist
«Vozes de Chernobyl deixa queimaduras de radiação no cérebro dos seus leitores.» Julian Barnes, The Guardian
Sobre o autor:
Nasceu em 1948 em Ivano-Frankivsk, na Ucrânia, tendo crescido em Minsk, capital da Bielorrússia, onde vive atualmente. Jornalista e escritora, e autora de cinco livros e de vinte guiões de documentários. Entre muitos outros importantes galardões internacionais, recebeu o Prix Medicis Essai 2013, o premio Ryszard Kapuściński 2011 e o Book Critics Circle Award 2006 para não-ficção, antes da sua consagração definitiva com o Premio Nobel de Literatura 2015.
Svetlana Alexievich criou um novo género literário de não-ficção que é inteiramente seu. Escreve «romances de vozes». Desenvolveu este género livro após livro, apurando a estética da sua prosa documental, sempre escrita a partir de centenas de entrevistas. Com uma notável concisão artística, a sua perícia permite-lhe enlaçar as vozes originais dos testemunhos numa paisagem de almas.
As cinco obras em prosa de Svetlana constituem o projeto literário Vozes da Utopia, que reúne a história do espírito universal das pessoas - e não apenas do povo soviético. Deste projeto fazem parte Vozes de Chernobyl , A Guerra não Tem Rosto de Mulher (Elsinore, setembro de 2016), O Fim do Homem Soviético (Porto Editora, 2015), As Últimas Testemunhas e Rapazes de Zinco (ambos Elsinore, 2017).
A obra de Svetlana Alexievich é
caracterizada pela marca da sua escrita e a força histórica dos seus
textos. Essa marca, incomum em obras de não-ficção, é expressa sobretudo
através do método da autora, os mecanismos literários com que tece os
assuntos sobre os quais escreve, distanciando-se enquanto narradora sem
se distanciar enquanto jornalista, e fixando a memória coletiva e
individual de um povo através de testemunhos na primeira pessoa com uma
sensibilidade incomum e uma força estilística notável. Os seus livros
são obras históricas e de não-ficção trabalhadas de forma profundamente
literária. São, acima de tudo, Literatura.
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