Os Nove Magníficos
Helena Sacadura Cabral
Páginas: 304
PVP: 17,50€
Os grandes reis da
História de Portugal segundo Helena Sacadura Cabral
Depois de As Nove
Magníficas, cuja nova edição chegou recentemente às livrarias nacionais, dia 11
de Outubro juntamos-lhe Os Nove Magníficos, um livro que reúne um olhar único
sobre governantes excecionais da História de Portugal. Eis os monarcas eleitos
pela autora.
D. Afonso Henriques: Foi,
seguramente, um excelente político – com toda a carga positiva e negativa que
tal afirmação comporta –, um estratega militar, um hábil negociador com a
Igreja e com aqueles com quem discutiu a obediência, um homem aberto à
inovação. Foi, enfim, o executor de um projeto que recebera de seus pais, mas
ao qual soube dar uma nova dimensão.
D. Dinis foi um homem de
carácter forte e determinado e, não raras vezes, mesmo obstinado no reforço do
poder régio. Um homem pragmático, inegavelmente inteligente, como evi‑ dencia a
forma como gizou, desde o início, as linhas mestras da política interna, que
revelam as suas grandes capacidades de planeamento e de previsão.
D. João I: Controlou e
regulou a corte, foi obreiro do protocolo e etiqueta régia, e definiu, com a
mulher e os filhos, os modelos que deveriam ser seguidos pelos súbditos,
construindo, deste modo, uma memória iconográfica que perduraria no tempo.
D. João (II) não foi um
santo. Mas a História vê ‑o como um monarca responsável, pautado pela afirmação
de um poder régio que assenta na preocupação de justiça, a que não será alheia
uma certa aura de santidade ou pelo menos de quase perfeição.
D. Manuel I foi um homem
do seu tempo, perfeitamente enquadrado pelos ventos da História. Instalado numa
zona que o projetava para o oceano, para a descoberta de novos mundos. Ele foi,
simultaneamente, o ator e o espectador de uma época rica, mas eivada de uma
enorme turbulência.
Devo confessar que D.
João IV não é, para mim, uma personagem muito fascinante. Mas está ligado, para
sempre, à independência do meu país e, à sua maneira, pese embora as
vicissitudes por que passou, foi um rei que se esforçou por dar a Portugal e à
dinastia a que pertenceu o melhor de si próprio.
Ao longo dos anos, haviam
de surgir diversas versões, mas até hoje nada de concreto se apurou. Os vários
representantes europeus em Portugal relataram o atentado, uns dizendo que o rei
vinha de casa da amante e outros acreditando que fora a rainha a preparar o
atentado, pensando que dentro da carruagem viria D. Teresa de Távora. Porém, a
única certeza que temos é a de que D. José I foi baleado.
Não é fácil fazer
propriamente um balanço deste reinado ou do Governo. Os tempos de D. João VI
foram muito conturbados. Enquanto esteve no Brasil, dotou ‑o de todas as
instituições necessárias para o tornar a sede da monarquia, como detalhamos
nesta biografia. Quando regressa ao país de que havia fugido anos antes, é
recebido com golpes e contragolpes revolucionários que colocam a sua monarquia
e a sua cabeça a prémio.
D. Carlos foi o primeiro
rei de Portugal a morrer vítima de um trágico atentado. Era considerado pelos
seus contemporâneos um dos mais inteligentes e capazes reis do seu tempo,
quando a Europa era ainda, com exceção da França e da Suíça, um conjunto de
monarquias.
Olifaque
João Magueijo
Páginas: 280
PVP: 15,00€
Disponível a partir de 11
de outubro
É o livro brande-niú do
célebre cientista português João Magueijo. Olifaque arriva às livrarias
nacionais no próximo dia 11 de outubro e regala os leitores com uma visão muito
particular dos emigrantes portugueses, gente ander-apreciada, segundo o autor.
Em Terôno conhecemos
várias famílias portugueses que partiram de Portugal para fazer bem e ganhar
móni. Falamos do Perna de Pau, do Palha d’ Aço, do Cheira a Mijo e da Alzira,
da Lígia e da Violeta, do Quim das Mulas, do Jeico, do Ildo, do Páscoa Feliz e
do Ti Tóino, entre outros, cumôde de quem conhecemos histórias de faca e
alguidar, com quem assistimos aos jogos da bola, vamos às farmas, jogamos
matraquilhos, nos metemos em sarilhos e fugimos dos copes.
Escrito num emigrês muito
próprio, que, conforme a nota prévia do livro, se recusa a ser consistente,
Olifaque deverá ainda assim ser inteligível para qualquer português conhecedor
de inglês básico.
É numa comunidade de
emigrantes portugueses no Canadá, onde o autor esteve emigrado, que tudo se
passa. João Magueijo parte desse grupo de pessoas para enaltecer a perfomância
dos emigrantes além-fronteiras enquanto releva ficar chocado com as críticas
que lhes são dirigidas.
Mesmo sendo um retrato
humorístico desses estereótipos, Olifaque deixa no
ar perguntas importantes. O que será da segunda geração de emigrantes? Como
lidará Portugal com a saída do país de tantos jovens qualificados? Quem são os
verdadeiros embaixadores de Portugal no mundo?
Para João Magueijo,
Portugal tem uma relação esquizofrénica e arrogante com a diáspora e por isso
este livro é na verdade uma homenagem às pessoas que tiveram a coragem de
abraçar o mundo largo, sair da aldeia e florescer.
E no entanto fico com
medo da geração nova que aí vem, aquela do meu Jequinzinho João, que será dela
neste mundo escravo de germanos e chineses, em que está tudo a ficar igual,
todos a quererem ser maricanos?
Há que pensar nisto,
sugere o autor, e se for com humor tanto melhor. Olifaque!
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