03/10/2017

Clube do Autor - Novidades de Outubro



Os Nove Magníficos
Helena Sacadura Cabral
Páginas: 304
PVP: 17,50€

Os grandes reis da História de Portugal segundo Helena Sacadura Cabral

Depois de As Nove Magníficas, cuja nova edição chegou recentemente às livrarias nacionais, dia 11 de Outubro juntamos-lhe Os Nove Magníficos, um livro que reúne um olhar único sobre governantes excecionais da História de Portugal. Eis os monarcas eleitos pela autora.

D. Afonso Henriques: Foi, seguramente, um excelente político – com toda a carga positiva e negativa que tal afirmação comporta –, um estratega militar, um hábil negociador com a Igreja e com aqueles com quem discutiu a obediência, um homem aberto à inovação. Foi, enfim, o executor de um projeto que recebera de seus pais, mas ao qual soube dar uma nova dimensão.
D. Dinis foi um homem de carácter forte e determinado e, não raras vezes, mesmo obstinado no reforço do poder régio. Um homem pragmático, inegavelmente inteligente, como evi‑ dencia a forma como gizou, desde o início, as linhas mestras da política interna, que revelam as suas grandes capacidades de planeamento e de previsão.
D. João I: Controlou e regulou a corte, foi obreiro do protocolo e etiqueta régia, e definiu, com a mulher e os filhos, os modelos que deveriam ser seguidos pelos súbditos, construindo, deste modo, uma memória iconográfica que perduraria no tempo.
D. João (II) não foi um santo. Mas a História vê ‑o como um monarca responsável, pautado pela afirmação de um poder régio que assenta na preocupação de justiça, a que não será alheia uma certa aura de santidade ou pelo menos de quase perfeição.
D. Manuel I foi um homem do seu tempo, perfeitamente enquadrado pelos ventos da História. Instalado numa zona que o projetava para o oceano, para a descoberta de novos mundos. Ele foi, simultaneamente, o ator e o espectador de uma época rica, mas eivada de uma enorme turbulência.
Devo confessar que D. João IV não é, para mim, uma personagem muito fascinante. Mas está ligado, para sempre, à independência do meu país e, à sua maneira, pese embora as vicissitudes por que passou, foi um rei que se esforçou por dar a Portugal e à dinastia a que pertenceu o melhor de si próprio.
Ao longo dos anos, haviam de surgir diversas versões, mas até hoje nada de concreto se apurou. Os vários representantes europeus em Portugal relataram o atentado, uns dizendo que o rei vinha de casa da amante e outros acreditando que fora a rainha a preparar o atentado, pensando que dentro da carruagem viria D. Teresa de Távora. Porém, a única certeza que temos é a de que D. José I foi baleado.
Não é fácil fazer propriamente um balanço deste reinado ou do Governo. Os tempos de D. João VI foram muito conturbados. Enquanto esteve no Brasil, dotou ‑o de todas as instituições necessárias para o tornar a sede da monarquia, como detalhamos nesta biografia. Quando regressa ao país de que havia fugido anos antes, é recebido com golpes e contragolpes revolucionários que colocam a sua monarquia e a sua cabeça a prémio.
D. Carlos foi o primeiro rei de Portugal a morrer vítima de um trágico atentado. Era considerado pelos seus contemporâneos um dos mais inteligentes e capazes reis do seu tempo, quando a Europa era ainda, com exceção da França e da Suíça, um conjunto de monarquias.

Olifaque
João Magueijo
Páginas: 280
PVP: 15,00€
Disponível a partir de 11 de outubro  

É o livro brande-niú do célebre cientista português João Magueijo. Olifaque arriva às livrarias nacionais no próximo dia 11 de outubro e regala os leitores com uma visão muito particular dos emigrantes portugueses, gente ander-apreciada, segundo o autor.

Em Terôno conhecemos várias famílias portugueses que partiram de Portugal para fazer bem e ganhar móni. Falamos do Perna de Pau, do Palha d’ Aço, do Cheira a Mijo e da Alzira, da Lígia e da Violeta, do Quim das Mulas, do Jeico, do Ildo, do Páscoa Feliz e do Ti Tóino, entre outros, cumôde de quem conhecemos histórias de faca e alguidar, com quem assistimos aos jogos da bola, vamos às farmas, jogamos matraquilhos, nos metemos em sarilhos e fugimos dos copes.
Escrito num emigrês muito próprio, que, conforme a nota prévia do livro, se recusa a ser consistente, Olifaque deverá ainda assim ser inteligível para qualquer português conhecedor de inglês básico.
É numa comunidade de emigrantes portugueses no Canadá, onde o autor esteve emigrado, que tudo se passa. João Magueijo parte desse grupo de pessoas para enaltecer a perfomância dos emigrantes além-fronteiras enquanto releva ficar chocado com as críticas que lhes são dirigidas.
Mesmo sendo um retrato humorístico desses estereótipos, Olifaque deixa no ar perguntas importantes. O que será da segunda geração de emigrantes? Como lidará Portugal com a saída do país de tantos jovens qualificados? Quem são os verdadeiros embaixadores de Portugal no mundo?
Para João Magueijo, Portugal tem uma relação esquizofrénica e arrogante com a diáspora e por isso este livro é na verdade uma homenagem às pessoas que tiveram a coragem de abraçar o mundo largo, sair da aldeia e florescer.
E no entanto fico com medo da geração nova que aí vem, aquela do meu Jequinzinho João, que será dela neste mundo escravo de germanos e chineses, em que está tudo a ficar igual, todos a quererem ser maricanos?
Há que pensar nisto, sugere o autor, e se for com humor tanto melhor. Olifaque!




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