18/08/2010

O Perfume - Patrick Süskind

Jean Baptiste Grenouille, nasce sob uma banca de peixe, numa das cidades mais mal cheirosas do Séc. XVIII - Paris. Paris, detinha a "maior reserva de odores do mundo", tudo e todos tresandavam de modo que já ninguém estranhava o mau cheiro que se fazia sentir à sua volta, assim como do seu próprio corpo. Logo no início da narrativa, a mãe do Grenouille é condenada à morte por infanticídio e o seu filho recém-nascido é dado a criar a uma ama. No entanto, a ama devolve-o ao padre, pois algo não está bem com a criança, pois esta não possui cheiro próprio como todos os bebés. Esta criança é isenta de qualquer cheiro. Jean Baptiste, cresce longe de qualquer carinho, mas rodeando-se de uma defesa que o faz suportar qualquer trabalho que, por certo, teria levado outros à morte. Esta "defesa" este "elmo" torna-o isolado e forte perante tudo. Esta criança, está decidida a vingar, num mundo que o ignora pela sua ausência de odor. Quando começa a dizer as primeiras palavras, só diz as que realmente têm significado para ele e para ele só os aromas tem significado. Mas apesar de não ter odor, esta criança tem um olfacto curiosamente desenvolvido. Assim, é capaz de cheirar a Km de distância e ainda capaz de "descodificar" vários cheiros. O seu cérebro é um autêntico arquivo de odores e a sua memória é capaz de os combinar mesmo na imaginação. Grenouille, só se apercebe que não tem odor já adulto e entra em pânico. Compreende então o porquê de passar sempre despercebido por entre as pessoas. Mas tenta colmatar este aspecto criando um perfume para disfarçar a sua falta de odor - um perfume com um odor comum, aquele que lhe falta: o odor humano. Os ingredientes que escolhe para este novo perfume são repugnantes, mas é o cheiro dos humanos que o rodeiam: queijo azedo, excrementos de animal... finalizando com um toque de algo mais suave para disfarçar a horrível fortidão. No entanto, Jean Baptiste, pensa na criação de um odor perfeito. Um odor que é capaz de deixar todos os seres humanos subjugados a si, apaixonados por si, com emoções que não conseguem controlar. Tentando alcançar o seu objectivo, o nosso personagem comete os mais horrendos crimes e, mesmo assim, não encontra a satisfação no seu objectivo por razões que o ser humano conhece tão bem. . Aconselho sem reservas!

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