09/09/2010

Um Crime no Expresso Do Oriente - Agatha Christie

Eis mais um mistério resolvido por Hercule Poirot.
Este é o segundo romance policial que leio de Agatha Christie e tal como o primeiro (Morte no Nilo), gostei mas não amei.
No presente romance, Poirot viaja no Expresso Oriente, no qual acontece um assassinato: um homem morre esfaqueado. No comboio, como já esperávamos, todos são suspeitos e submetidos a interrogatórios por Poirot.
O final é extraordinário! Sem dúvida que é um policial bom, mas penso que falta suspense à acção, falta movimento, todo o trama desenrola-se com bastante calma. Penso ser neste ponto que os romances de Agatha pecam (na minha opinião claro).
Tal como "Morte no Nilo", o fio condutor é semelhante. Toda a acção é quase idêntica, no sentido em que podemos dividir o livro ou os livros de Ágatha em 3 partes. Sendo elas: primeira: Hercule estabelece contacto com alguns personagens, segundo: acontece o assassinato, terceiro: seguem-se inquéritos fastidiosos aos suspeitos, dos quais Hercule Poirot deduz (e acerta) no culpado.
O que mais me intriga ainda é que o culpado admite sempre que o fez; não há pânico, novamente, não há emoção.
Quando leio Agatha Cristhie parece que estou a ver um filme a branco e preto sem som.
O que quero dizer é que só ficamos agarrados ao livro quando este está a 10 páginas do fim...tudo é resolvido pacatamente ao longo do romance.
Sei que Agatha Cristhie é a Rainha do Crime, tem livros editados e traduzidos em todo o mundo, o número de livros lidos foi somente ultrapassado pela Bíblia e por obras de Shakespeare, mas mesmo assim não podia deixar de dar a minha opinião sincera.

2 comentários:

Ângelo Marques disse...

É mesmo assim umas vezes gosta-se outras vezes, diga-mos, gostamos menos, principalmente quando, mesmo inconscientemente, colocamos as expectativas muito altas.

roubei isto ao blog Bibliotecário de babel:
«Quantas desilusões pouparíamos a nós próprios se deixássemos de ter esperança.»

[in Um Repentino Pensamento Libertador, de Kjell Askildsen, Ahab, trad. de Mário Semião, 2010]

Paula disse...

Mas eu sou teimosa e ainda vou ler mais alguns da Agatha, mas já não tenho expectativas altas. O que acho é que o fio condutor da história é sempre demasiadamente igual :(

Quanto á frase concordo :P

Abraço