30/10/2011

Comentários à 9ª Leitura Conjunta do Blogue "O Último Cabalista de Lisboa" Richard Zimler

A nossa leitura conjunta teve como "alvo" uma das obras de Richard Zimler "O Último Cabalista de Lisboa". Se leu e deseja participar, deixe o seu comentário na caixa dos comentários deste post.
Alguns dos nossos comentários contém spoilers.
Comentário da Di
I enjoyed reading The Last Kabbalist of Lisbon because it is a very unique murder mystery that takes place during a specific historical time period. At times it’s hard to believe it’s even fiction at all because Zimler mixes fiction and fact so well. This novel shows us a glimpse of Portugal in 1506, when so many Jews were massacred. It was during Passover of this year that Jews were targetted and blamed for anything and everything. Some of the scenes in this book are really gruesome and horrific. Sometimes it’s hard to move on and turn the page because you feel numb and frozen in place. Berekiah Zarco is a Jew living in Lisbon during this time period, and when these riots begin,he comes home to find his uncle Abraham (an expert Kabbalist and book illustrator) dead and naked, next to the dead and naked body of an unknown young woman. We also get to see an exorcism in this book and we witness many homeopathic cures. While Berekiah tries to discover his uncle’s murderer, his quest is one filled with many obstacles that test his faith and will. Farid, Berekiah’s best friend, accompanies him on his quest to find Uncle Abraham’s killer. Their investigation leads them to believe that Abraham’s killer might be one of the “threshers” within their circle, so they are forced to question and suspect their close friends and loved ones as potential suspects. After these riots begin, many are left to fend for themselves, and many Jews are forced to run or hide who they are in order to escape from murder, assault, rape and many more indecencies and violence. Relationships, friendships and families are tested and strained or completely torn apart after these riots begin. Berekiah, his family and many other Jews in Portugal at this time struggle with trying to stay true to who they are, and I think this is the most important message that Zimler gives us in this book. Zimler talks about wearing masks in this novel and the message I got was that we can only be truly happy when we are accepted for who we are, without wearing any masks. I don’t think you need to be an expert on Kabbalah to understand this book; this book was more of a spiritual journey for me and I would definitely recommend it.

Comentário do Ângelo Marques
Judiaria Pequena, Lisboa, ano de 1506, Reinado de D. Manuel, Abril, Páscoa Judaica por essa altura Abraão Zarco, o último cabalista, é assassinado durante o designado massacre de Lisboa, massacre conduzido pelos frades dominicanos e que eliminou milhares de judeus com o alegado motivo que estes eram os causadores da peste e seca que se vivia em Lisboa por essa altura.
Berequias Zarco sobrinho de Abraão, sobrevivente desses massacres, empreende uma investigação meticulosa para descobrir quem assassinou o seu tio, todos serão suspeitos. Tem a seu lado Farid, amigo de infância, que o acompanhará e protegerá ao longo da sua investigação nesses dia tão complicados para os judeus, nesses dias que deveriam ser de alegria e celebração.
Muitos destes judeus já tinham sido expulsos de Castela em 1492, amargurados e torturados tentam em Portugal um refúgio, passados alguns anos e mesmo depois da sua conversão forçada para novos-cristãos sofrem este massacre sem que o reino (reinado de D. Manuel "O Venturoso") os proteja.
Descrições de Lisboa bastante pormenorizada fica-se com a sensação de estar lá, com bastante fluidez na leitura e ação, mesmo o dicionário inicial se torna desnecessário pois o autor por norma após a palavra descreve a o seu desígnio.
Zilmer comparo este escritor a um estilista, Zilmer é um estilista literário a sua escrita tem um corte agradável com uma certa beleza poética Gostei de ler este "O último cabalista de Lisboa" uma dúzia de personagens que Zilmer tem que preencher durante um período temporal muito reduzido. Gostei particularmente de Farid e de como o autor lhe impôs certos traços contraditórios do nosso estereótipo quotidiano. Berequias ou Pedro Zarco ficou um pouco aquém daquilo que esperava revelou uma imaturidade no decorrer do livro que não gostei. O pendor sexual de 1500 é bem vincado pelo autor, que se torna um pouco excessivo na minha opinião.
São destes gritos, desta força literária que necessitamos. Temos de entender aquilo que fomos não só compreender e saber as descobertas e boas ações dos nossos navegantes que tanto estimamos e impomos a nos próprios, livros assim que expõem a nu o nosso fanatismo, a nossa estupidez, e não pensem que hoje somos muito diferentes de 1500 evoluímos, sim sem dúvida que sim, mas evitamos falar do nosso passado negro e quando se contraria a nossa moldagem ainda temos estes acessos de loucura. Não devemos ter vergonha do nosso passado, devemos tentar compreender porque aconteceu e corrigir futuras ações/gerações, e ter a humildade de pedir perdão pelas nossas ações.
Um livro recomendado, onde sobressai a linearidade de escrita de Zilmer.

Comentário do Luís Miguel
O Último Cabalista de Lisboa é um livro escrito por Richard Zimler com base em três de entre vários manuscritos encontrados numa casa antiga em Istambul. Estes relatam a saga da família de Berequias Zarco durante o pogrom de Lisboa, em Abril de 1506, mas centram-se, principalmente, na sua procura pelo assassino de seu amado tio e mentor, Abraão Zarco, um cabalista e destacado membro da comunidade judaica de Lisboa.
Para termos uma visão mais clara sobre aquela época, devemos referir que a comunidade judaica que vivia em Portugal, na altura, no princípio do século XVI, tinha sido forçada a converter-se ao cristianismo, condição obrigatória para poderem permanecer no nosso país, sendo denominados de cristãos-novos.
Tendo como pano de fundo esses tristes acontecimentos de Abril de 1506, em Lisboa, onde cerca de dois mil cristãos-novos foram mortos, na sua maioria queimados em fogueiras gigantescas no Rossio, este livro é mais um testemunho da perseguição movida aos judeus ao longo dos séculos. Neste caso em concreto, essas perseguições aconteceram em Portugal, ao longo dos séculos XV a XVIII, muito por influência e pressão dos nossos vizinhos de Castela, onde os judeus já eram perseguidos e estavam a ser expulsos do reino há mais tempo. A força das alianças impede o nosso rei D. Manuel I de seguir a sua vontade e faz com que siga uma política imposta por Castela. Podemos também referir que a Inquisição foi instaurada em Portugal 50 anos depois de ter sido implantada em Espanha.
Ao longo do seu relato, Berequias Zarco faz-nos um retrato da sociedade lisboeta da época, onde imperam a intolerância e a superstição. A comunidade judaica, mistificada e incompreendida, é responsabilizada pela peste e pela seca que grassam na cidade sendo que, num momento de loucura colectiva, a populaça, instigada por frades dominicanos, lança-se numa perseguição louca e impiedosa aos cristãos-novos, matando-os às centenas e cometendo actos de extrema violência.
Este é o cenário em que Berequias Zarco se encontra quando se depara com o seu tio morto. Trata-se de um assassínio misterioso e intrigante pois o seu tio é encontrado morto na sua cave, as portas estão fechadas, ao seu lado jaz o corpo de uma jovem rapariga, ambos estão nus, ambos têm o pescoço cortado. Quem poderá ter cometido tão infame acto? Terão sido os cristãos-velhos ou algum membro da sua própria comunidade? Tudo é possível e Berequias lança-se de imediato na perseguição do assassino. A sua tarefa é duplamente arriscada naquelas ruas tumultuosas onde qualquer judeu identificado tem a sua vida em risco.
Berequias é um jovem judeu que conhece bem as tradições da sua religião, mas que não deixa de a questionar, de ter as suas dúvidas. Por outro lado, é iniciado no cabalismo por seu tio e mentor, a pessoa mais importante da sua vida, o que lhe dá uma visão mais ampla do ser humano no universo. Após a morte deste, nota-se que a sua sede de vingança o domina, nada mais lhe interessa nem o deixa desviar-se do seu caminho, da sua busca.
O desígnio de Abraão Zarco em que este vê o seu sobrinho como o salvador dos judeus de Portugal revela a Berequias o real objectivo deste seu relato, assim, toma consciência que os seus manuscritos têm como finalidade alertar a comunidade judaica para a crescente insegurança para aqueles que permanecem em Portugal e outros países católicos europeus, devido à crescente perseguição que lhes é movida, facto agravado com a instauração da “Santa” Inquisição. Berequias como que exorta os seus compatriotas a fugirem para países muçulmanos, como a Turquia, onde são bem acolhidos e onde podem encontrar, por fim, alguma paz e segurança.
A objectividade desta história e a vontade de também nós querermos saber o que realmente sucedeu leva-nos a percorrer as páginas fluidamente, aproveitando também para conhecermos um pouco mais sobre uma época da nossa história que devemos relembrar e reflectir.

Comentário da Paula
O que dizer sobre um livro que se adorou ler?
Tenho sempre alguma dificuldade em “dissertar” sobre um livro de que gostei muito e que me prendeu, isto tudo porque as palavras serão poucas para exprimir o quanto gostei de o ler!
Esta é uma narrativa baseada em factos verídicos – Em Abril de 1506 durante as celebrações da Páscoa, cerca de dois mil cristãos-novos foram mortos em Lisboa e os seus corpos queimados no Rossio. Este é um tema que apesar de muito triste, gosto de ler pela informação histórica dos factos que se adquire e também porque a cultura judaica de certa forma fascina-me. Admiro a sua força e preserverança. A forma como incutem as suas tradições aos seus descendentes.
Muitas vezes Igreja católica cometeu crimes horrendos, crimes estes que jamais devem ser esquecidos. No entanto, devemos saber separar os representantes da igreja do ser superior em que acreditamos. Na minha modesta opinião, um não tem nada a ver com o outro (mas este é um tema que dava um outro post).
Zimler, é um mestre na escrita. Neste livro, para além de todo o conteúdo histórico que nos transmite, aproxima-nos dos personagens e leva-nos por vários trilhos de acções cheias de tensão e mistério, sem nunca perder o fio condutor da narrativa e sem nunca desiludir o leitor!
Excelente, recomendo sem reservas!

Comentário de Manuel Cardoso
O Último Cabalista de Lisboa baseia-se num acontecimento verídico, um grande massacre de cristãos-novos e judeus ocorrido em Lisboa no reinado de D. Manuel, em 1506, na Páscoa judaica. A fome e a peste atingiam a capital sem piedade e o povo, fanatizado pelas pregações anti-semitas dos frades dominicanos, encarando os judeus como responsáveis pela ira de Deus, levou à morte milhares deles. O rei, pouco corajoso, foi complacente com os acontecimentos, permitindo inclusivamente grandes fogueiras no rossio, onde muitos judeus foram queimados.
Na ficção de Zimler, Abraão Zarco é morto nesse dia mas por um cristão-novo. Berequias Zarco, o sobrinho de Abraão é o herói da nossa estória e levará a cabo uma investigação emocionante e recheada de perigos.
Trata-se de um livro bastante negro: é visível a amargura com que Zimler descreve este terrível fenómeno histórico que é o anti-semitismo. Uma das grandes manchas negras da história da humanidade, que se mantém até ao século XX e com reflexos ainda na realidade actual.
Mas nem tudo é sombrio neste livro: um dos aspectos mais interessantes deste livro é o facto de o maior amigo de Berequias, Farid, ser um muçulmano. A amizade entre os dois é muito intensa e é visível a boa convivência entre judeus ou cristãos-novos (aqueles que haviam sido forçados à conversão) e os mouros, em oposição ao fanatismo e violência insana dos cristãos.
Se bem que se trate de uma obra de ficção, é bom que se diga que o ambiente retratado tem, infelizmente, uma grande base de realidade: a porcaria dos corpos e das almas grassava em Portugal: o fanatismo, a estupidez, a barbárie total. De todos os problemas do reino eram atribuídas culpas aos judeus. O ódio reinava e a própria Igreja Católica alimentava-o. Por medo ou pró convicção, o povo transformava o ódio na violência mais absurda que se possa imaginar. Muitos destes judeus tinham sido expulsos de Castela, em 1492 de onde o Rei Fernando (cognominado O Católico) os havia expulsado. Mas não é a paz que eles encontram em Portugal. É a insanidade total de um ódio tão cego quanto inexplicável.
Um livro triste, chocante, mas também emocionante e que nos faz pensar. E até ter uma certa vergonha de sermos “filhos” desta nação e desta cultura de raiz cristã que nos moldou…

14 comentários:

Unknown disse...

Di
às vezes é difícil distinguir ficção e realidade devido ao facto que apontas, de Zimler criar uma "estória" na história, mas também por outra razão: é que há factos históricos tão estúpidos, tão violentos que, realmente, parecem ficção. Sou formado em história e ainda me custa compreender como o ser humano é capaz de tanta cegueira, tanta violência, tanta ESTUPIDEZ, como diz o Ângelo!

Paula, a Igreja cometeu crimes horrendos, como dizes, em nome desse ser superior. Mas então que ser superior é esse que assim deixa que falem em nome dele, dessa forma assassina e estúpida???
(desculpa a provocação)

Paula disse...

Boa questão Manuel :)
Olha, eu acredito neste ser superior, não sei se pela minha educação que os meus pais me deram, talvez sim, talvez não... acredito que realmente existe alguém acima de nós. No entanto, quando vou à igreja (agora com as minhas filhas, porque acho que elas têm de ter uma base e mais tarde hão-de então fazer as suas escolhas) o que o padre diz, a mim não faz sentido nenhum... e às vezes chego a casa revoltada com o que o oiço dizer... não faz sentido, não há coerência...
É como o Iceman dizia no outro post, uma pessoa com dois dedos de inteligência não acredita em metade (ou mesmo em tudo) do que é dito por eles (padres/igrejas)...
O outro dia fui a uma missa dada por um padre que veio fazer cá os crismas e aquele homem disse barbaridades, tais como: "vamos saudar na paz, sendo sinceros, sem pactos com ouro, sem assinaturas com caneta de ouro... " Mas quem é que tem mais ouro que o Papa?????? Que a igreja??? Enfim... tudo balelas
As próprias pessoas que vão à missa TODOS os Domingos para dizerem-se praticantes e depois na prática não fazem mais do que falar dos outros... (já estou a fugir do assunto)
Mas voltando à tua questão, olha acho que não tenho resposta... acredito que ele esteja lá, mas porque não intervêm?? Diz-me tu :P

Luís Miguel, parabéns pelo livro escolhido ;)

Isabel disse...

Não li o livro.
Tenho cortado um pouco na compra de livros e como não tenho este, ainda fui à biblioteca para requisitar, mas não havia, daí que acabei por não comprar, não requisitar, não ler...

Sabes Paula, eu também fui educada na religião católica. Acredito em algo superior a nós, seja Deus, seja que entidade for...à igreja vou quando é preciso e não me custa fazê-lo, mas não vou por hábito à missa. Gosto de entrar numa igreja quando ela está vazia.
Acreditar em algo, não é uma escolha, penso eu. Eu não conseguiria decidir: vou deixar de acreditar, ou o contrário, caso não tivesse fé. Independentemente de tudo e seja qual for a forma de acreditar, o facto de acreditarmos em algo, ajuda-nos em momentos difíceis.
As barbaridades em nome da(s) religião(ões), são os homens que as cometem.
Bem, isto não vem a propósito do livro, mas apeteceu-me falar com a Paula sobre esta coisa da fé.
Não deve ser fácil educar com coerência as crianças, que vão à missa e fazem muitas perguntas.

Um abraço para todos

Unknown disse...

"porque não intervêm?? Diz-me tu :P"
Perguntas tu.
Queres saber a minha resposta?
Porque O de lá de cima não existe; eu acredito nO de cá de baixo. NO que está dentro de nós, dentro de cada ser humano, muitas vezes escondido por detrás dos ódios. Esse, que está dentro de nós é o que está nas árvores, no mar, nos animais, nas estrelas... a diferença é que os animais, as estrelas, as pedras, os mares não escondem Deus por detrás dos ódios...
Esta é a minha verdade. serve para mim, obviamente. E cada um sabe de si, né? :)..

Paula disse...

Mas este de que falas não é o mesmo??
Para mim é :)
O que os "outros" usam e abusam em nome de um Tal que existe, é apenas uma desculpa para agir de acordo com os seus interesses. Se não fosse em nome do tal ser superior era em nome de outra coisa qualquer... mas as injustiças iriam sempre acontecer..

Unknown disse...

Estou totalmente de acordo com o que dizes Isabel, e também adoro entrar numa igreja vazia, mas a sensação quase que é a mesma de observar uma bela paisagem... é a paz que reina e isto é importante :)

Quanto ao esclarecer as perguntas dos miudos e nesse caso das minhas filhas sobre coisas que são ditas na igreja, acredita que me vejo "grega" e depois começo a pensar que estou a gerar o caos na cabecinha delas :(
Enfim...

Quanto ao livro, tenho a certeza de que irias adorar :)
Abraço
Paula

Unknown disse...

Isabel,
Se tiveres curiosidade em ler o livro e se o quiseres emprestado posso enviar :)
É só dizeres.
Abraço
Paula

Cristina Torrão disse...

Planeei participar nesta leitura conjunta, mas, com muita pena minha, acabei por não conseguir. De qualquer maneira, este é um livro que lerei, até porque a temática me interessa. E as opiniões só serviram para aguçar a minha curiosidade.

Em relação à discussão (no bom sentido) que se criou, tenho a dizer que, à semelhança do Manuel, acredito que temos de procurar Deus dentro de nós, não fora. Como? Ainda não sei bem, encontro-me nessa fase de procura (que, talvez, nunca acabe). Mas acho que tem a ver connosco próprios. Se estivermos bem connosco, com o nosso interior, estaremos em sintonia com Deus.
A Igreja condena o egoísmo, mas não encontraremos paz interior, enquanto não nos ocuparmos de nós próprios. Quem somos? O que queremos? O que nos faz felizes? Quantas pessoas são capazes de responder a estas perguntas, sem hesitarem?
Um dos 10 Mandamentos diz que devemos amar os outros como nos amamos a nós. Mas, sinceramente: quem consegue dizer que se ama? Não nos achamos cheios de defeitos? Não desejamos inúmeras vezes ter a vida de outras pessoas, que julgamos serem mais felizes do que nós?
E qual o papel da Igreja nisto tudo? Também ainda não sei. Mas que há padres que dizem e fazem muitos disparates, isso há!

Unknown disse...

Cristina,
Também concordo quando diz que devemos procurar Deus dentro de nós, é a tal paz que sentimos quando estamos bem connosco e com os outros...Mas acho que também há um "cá fora" que vela por nós... para mim a fé/esperança aquilo que lhe quisermos chamar, é importante... e mesmo as pessoas que dizem não acreditar em Deus nenhum, perante uma dificuldade para onde se "viram"??
Em relação à igreja, esta não é coerente, aquilo que "apregoam" não é nada do que fazem... mas isto já não é novidade :D
Abraço
Paula

Cristina Torrão disse...

Paula, eu tenho uma certa dificuldade em acreditar (ou seria melhor dizer: encontrar?) o que está "cá fora". Sei que serve de consolo a muita gente, mas eu, quando tento imaginar uma entidade superior, que me possa ajudar em dificuldades, sinto-me mais sozinha e abandonada do que nunca. Admito que seja um problema meu, vivências da infância, ou coisa assim. Por isso, tento, primeiro, a paz interior. Talvez um dia consiga fazer a ponte para o Deus que está "cá fora" ;)

Isabel disse...

Paula
muito obrigada.
Vou lê-lo sim, que fiquei muito curiosa,mas pronto...lá terei que desembolsar mais uns euritos! Vou mesmo comprá-lo, porque tenho vontade de o ler.

Mais uma vez muito obrigada, Paula
Um abraço

susemad disse...

Este anda debaixo de olho e as vossas opiniões só vieram ajudar mais ainda. Tenho mesmo de o ler!

Rita disse...

Que bom ter encontrado este blog :)
Também já li este livro e gostei muito...mergulhei numa atmosfera "apetitosa", não quero dizer que gostei dos acontecimentos narrados ou que concordo com coisas abomináveis, mas o certo é que Zimler é mestre ;)

gmgm disse...

Foi o primeiro livro que li deste autor há já uns anitos e como adorei passei a procurar as suas obras com mais frequência. Hoje, posso dizer que já as li todas.