14/10/2010

Alma - Luísa Castel-Branco

"Na noite em que nasceste madrugada adentro coisas estranhas aconteceram". "Começa assim a história de Alma. Depois dessa madrugada, o destino da criança de cabelos cor de fogo estava traçado. Particularmente dotada, inteligente, sensível e com uma percepção paranormal da realidade, Alma é olhada na pequena aldeia como um ser estranho. Rejeitada pela família e pelo povo, encontra refúgio junto de uma velha mulher, a Ti Ifigénia, também ela isolada e considerada bruxa.
Num dia de Outono, a mãe de Alma, que tinha como verdade assente que a filha era um caso perdido, envia-a para Lisboa como criada de servir. Na casa de Dona Sofia, a menina de cabelos cor do fogo é acolhida e educada como uma filha e pela primeira vez Alma sente-se amada e desejada. A partir dali, o seu futuro será, para o bem e para o mal, para o melhor e para o pior, completamente diferente do seu passado".
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A minha opinião:
Quando iniciei a leitura de "Alma" achei que ia ser interessante, com o decorrer da história dei conta de que todos os acontecimentos interessantes rapidamente terminavam, ou seja, quando pensava que algo ia chegar ao "auge" um personagem morria e passava-se ao acontecimento seguinte.
Quando cheguei ao fim do livro, comecei a questionar onde estava realmente a história principal e só a poucas páginas do fim é que realmente o romance tomou aquela proporção que se espera, pelo menos eu, e aí sim, não consegui parar de ler e confesso que chorei. A história decorre no período da ditadura em Portugal, mostra-nos as mentalidades "fechadas" cheias de superstições, tanto na classe baixa como na classe alta, em relação a tudo o que fugia à regra e ao estereótipo na altura. Gostei de ler Alma, mas não foi uma leitura que me tivesse apaixonado :(
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Comentário anteriormente publicado no blogue ...viajar pela leitura

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