Para acompanhar este livro só posso recomendar um vinho do Porto, um Vintage de 1994 pois este foi um ano «monumental» para os vintage.
P.S. (Para os leitores bracarenses) Apresentações e sessões de autógrafos de "Livro", por JLP 31/10, 15h30 - BRAGA - Livraria Bertrand do Braga ParqueLivro - José Luís Peixoto
O Livro narra a saga da demandada dos Portugueses para França tendo como suporte uma vila do interior de Portugal, o autor criou uma vasta gama de personagens que lhe permitem criar um enredo absolutamente fantástico, personagens como Ilídio, Cosme, Galopim, Adelaide, Josué, Lubélia ou até mesmo Libânia perduraram na memória do leitor durante bastante tempo (até os nomes, escolhidos a dedo, são tão belos e misteriosos que nos remetem num segundo para a época descrita).
O livro "fala-nos" do abandono de Ilídio, por parte da mãe, esse filho sem pai, criado por Josué, apaixona-se por Adelaide num amor impossível que a tia de Adelaide, Lubélia, se encarrega de executar esse predestino.
Somos levados a viver o sacrifício daqueles que enfrentaram uma viagem entre Portugal e Paris, um salto mortal sem rede.
Mais do que a beleza da história quero salientar que o livro esta repleto de deliciosos pormenores, desde a data para a inauguração da fonte nova até ao timing de desligar a telefonia em dias mais quentes a construção da casa da guarda a história do palheiro entre muitas outras.
Um livro dividido em duas partes completamente distintas, a primeira, essa narração fantástica, uma história que nos prende, absorve neste enredo de personagens simples mas de carácter. Uma linguagem simples fluida e uma história cativante, cheguei a não reconhecer José Luís Peixoto nesta parte do livro, fiquei intrigado e com uma pulga atrás da orelha, pensei é bonito é bom mas não é extraordinário.
Viramos a página, remetemo-nos na segunda parte do livro, viramos a página, viramos a história, viramos o livro, a pulga sai detrás da orelha, reconhecemos o autor, José Luís Peixoto, com o avançar sentimos o músculo da sua força o romance passa de bom a extraordinário.
José Luís Peixoto, extrapola-se, sai do próprio livro junta-se ao leitor, enfim é um de nós e assim é difícil não gostar.
1 comentários:
Já comecei a ler. Li de 100 páginas de seguida ontem! Está a ser maravilhoso, mas já esperava que JLP não me iria desiludir! :)
Para os meus lados o momento esperado de estar com o autor e do autógrafo chega no dia 25 de Outubro. ;)
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