14/01/2011

#20 Raio X

Todo o tipo de pessoas passam pelo raio x, é inevitável, todos regressam as suas bases, à fundação do ser, um tratamento que se pretende igual, isento de humores, isentos de horrores.
Eles são os aflitos com presa que desesperam, e mais desesperados iram ficar... os que ficam estupefactos com o sinal sonoro, um bip perseguido de uma luz vermelha relembrado certas ruas de Amesterdão, e levantam de imediato as mãos como se fosses suspeitos, terroristas involuntários... as apalpadelas nas raparigas/mulheres, algumas nada simbólicas, lê-se o desejo nos olhos da sua inspectora... os que tem de retirar os sapatos e esconder as meias de si mesmos com risos involuntários... aquele, aqui uma particularização, que tinha um taco de snooker, uma troca de olhares suspeitos, e teve de ser a policia a decidir o que fazer ao taco, lixo ou continua a sua viagem interminável com o seu acompanhante... o da cana de pesca telescópica, outra particularização, que embaraçou quem a inspeccionava... um casal com aparências de trinta anos a passear com cinco, supostos, filhos e dois violinos, nele ele a dor de costas o gesticular agudo... o outro com o seu notebook que parece o melhor do mundo tantos são os seus cuidados, tanto é o desprezo de quem o inspecciona... as atrozes que não deixam movimentos fáceis, contrastam com a vivacidade dos apresados... a felicidade de passa incólume pelo raio x, num expressivo, yes I did...
Tantas vidas cruzadas no mesmo raio x, um raio x sabedor de tanta informação, dissecador de vidas. No fundo todos procuram pela porta que os levara a novos destinos com as mesmas rotinas!

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