31/05/2011

Visão Quadrada - Braga Romana

Agora, hoje, no rescaldo desta que começa a ser uma atracção internacional para a cidade de Braga, este evento gerador de sinergias, criador de movimentos interpessoais, esta Braga Romana, já com VIII edições ou então somente oito edições e já com tanta notoriedade.
Até compreendo, vejo, assisto e imagino que no meio estudantil juvenil esta "Braga Romana" lhes proporcione momento de pura felicidade uma alegria contagiante e sente-se que em noventa ou mais pontos percentuais destas instituições elaboram um trabalho de casa muito bom, os nossos meninos ficam com mais conhecimento sobre esses romanos, conquistadores da nossa cidade aos brácaros (assim reza pelo menos uma das histórias). Assisto ao desfile "oficial" e rejubilo-me com algumas instituições a incutirem nos espectadores, mais atentos, uma carisma histórico do evento, levam uma mensagem daquilo que pretendem transmitir de uma forma relativamente clara.
Este evento tem como função base a componente lúdica, prazenteia a quem assiste uma componente lúdica, também na sua forma básica, tudo com a componente comercial a morar mesmo ao lado, não sou quadrado a pensar que sem esses aspectos o evento não crescia, não se manteria; sim sem isso, a diversão e o comércio, estaria condenado ao insucesso à falência. Desde endereço os meus parabéns aquém destes aspectos tratam pois, fora um ou outro ponto a corrigir, tudo foi bem tratado.
Já outro aspecto que deveria ser mais explorado seria o merchandising do evento, uma "barraquinha" mesmo à entrada da "toca do lobo" não faz sentido, quem algum produto quisesse adquirir haveria de levar tanta cotovelada (parafraseando Sancho levava tanta bordoada) que o melhor seria desistir para não ficar semelhante aos gladiadores de wrestling que presenteavam a assistência com espectáculos contínuos de um teatro amador tolerável.
De lamentar é com a maturidade que este evento já demonstra ainda não haja um espaço cultural do evento. Não um espaço físico mas uma componente cultural forte que informe, que forme o cidadão dessa cultura romana que tão fortemente nos influenciou como cidade, como cidadãos.
É de lamentar ter de assistir, ver alguns visitantes tentado adivinhar o significado daquilo que observavam e no final acabavam por ficar na mesma, inócuos, ou com uma ideia errada daquilo que viam.
Será que é um mal geral deste país ou será um mal menor só da "minha" milenar Brácara Augusta?

1 comentários:

Unknown disse...

Olá Ângelo
eu também fui ver as "barraquinhas". Embora concorde com a maioria das tuas afirmações, tenho uma opinião um bocadinho mais acintosa que a tua; acintosa no sentido de ácida, se bem me entendes :)
Mas acho que dá uma nova mensagem. Logo mais ou amanhã...