15/06/2011

A Idade da Inocência - Edith Wharton

Opinião:
A história passa-se no início dos anos 70, numa Nova Iorque rígida e inflexível nos seus costumes.
Newland Archer, é um jovem perfeitamente integrado nesta sociedade exigente de boas aparências (assim pensava ele), noivo da bela May Welland, uma mulher bem educada, pela velha tradição, educada para acatar todos os sacrifícios estoicamente. Ambos, partilham os mesmos gostos, os mesmos feitios, as mesmas ideias, os mesmos pensamentos, até a chegada da prima de May – a Condessa Olenska.
Olenska, é uma mulher viajada, divertida, culta e separada. Situação esta, que faz com que seja muito falada na sociedade e entre os seus mais chegados. A sociedade em causa, tolera uma separação, mas jamais um divórcio!
Newland, que era um homem tão seguro dos seus gostos, costumes e tradições inicia um sem número de dúvidas em relação à sua noiva, de repente, começa a “reparar nas coisas que não apreciava nela”, pois admira a mulher que opina e diz o que pensa, algo que a sua noiva foi cuidadosamente treinada para nunca fazer. Assim, Archer, inicia uma paixão pela prima de sua noiva, quando é solicitado pela família da mesma para fazer Olenska mudar de ideias em relação ao divórcio.
À primeira vista, esta é uma história igual a tantas outras e não tem nada de extraordinário. No entanto, esta narrativa tem um factor singular, que é o facto de Edith Wharton ter vivido o drama da sua personagem Olenska, pois casou-se em 1885 e divorciou-se em 1913 e certamente recebeu todas as críticas que exprimiu no seu personagem a “Condessa Olenska”, todas as reflexões/dúvidas de Archer são também as da autora.
Este livro, foi um meio através do qual Edith Warthon encontrou para fazer uma crítica a toda a sociedade de Nova Iorque, onde nasceu, cresceu e depois a viu partir rumo a França. Em 1920, “A Idade da Inocência” recebeu o prémio Pulitzer.
Aconselho a leitura!

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