Opinião:
Este livro de
poesia é um grande tesouro de sentimentos e é, sem dúvida, “Pedaços de uma
mulher” que colocou no papel o que ama e o que a
atormenta.
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O papel é
como alguém.
a quem conto meus segredos
onde exponho o que a minha alma tem,
alegrias… angustias e medos!*
.
Ao ler, senti
que os poemas foram escritos de forma fluída, onde a emoção transborda. É
perceptível que o papel funciona para a poetisa como um calmante, no qual as
linhas escritas apaziguam os sentimentos. Poemas, que não só reflectem as
emoções de quem escreve, mas também de quem lê. Senti-me envolvida nesta escrita
simples e forte.
Saliento um
pormenor da capa que achei muito significativo para a presente obra. Na capa
está a pintura de uma mulher e existe um relevo na zona do coração e do cérebro.
Ora, este relevo não está lá por acaso, está lá porque são estes dois elementos
que nos fazem viver, crescer, amadurecer...fazem-nos ser poetas da vida com
ilusões, desilusões, sucessos e derrotas. Muitas vezes, o que um dita o outro
não segue, um é sentimento, o outro razão, mas ambos são o esplendor do nosso
viver!
Recomendo!
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Meu
Corpo…Teu Cais
P’ra ti,
transformei-me marina,
abriguei tuas
caravelas…tuas naus,navegas e fico sozinha,
deixas meu corpo num caos!
Imóvel…espero!
Regressa…
navega-me…
prende tuas amarras a mim,visto que meu corpo não tem pressa
que tua viagem chegue a ter fim!
Sou a tua
terra, o teu cais,
a vela, quando
navegas à deriva,quem sabe até se não sou mais,
se não serei tua esperança viva!?
Milhas e milhas percorres,
vivo a escutar teu socorro,
mas é nas minhas velas que morres,
e eu nos teus mastros… morro…*
Nascida a 9 de Maio de 1979 na cidade de Angra
do Heroísmo, Sandra de Fátima Fernandes da Silva, vive actualmente na ilha de
São Miguel. Presentemente frequenta o curso de Psicologia na Universidade dos
Açores, com o estatuto de trabalhador estudante. É a autora do blogue Poesias de Terra e de Mar.
Entre a maternidade, o amor, o emprego e o
estudo, encontra ainda um espaço para escrever. Na sua escrita deposita sua
poesia, seus pensamentos e seu sentir.
Defende que cada qual deve sempre seguir aquilo
que sente e que o amor, seja qual for a sua forma, é o mais valioso bem que o
ser humano pode dar e receber.
"Sou aquilo que sinto: natural como a terra,
infinita como o mar!"
Opinião também publicada no blogue ...Viajar pela leitura...
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