23/06/2012

"A Senhora dos Rios" de Philippa Gregory

Opinião:

Gosto imenso desta autora porque adoro romances históricos, e os que relatam a época Tudor ainda mais, o primeiro livro que li foi "Duas Irmãs, Um Rei" , que me conquistou logo com a sua escrita. Assim que saiu o primeiro da trilogia "A Rainha Branca" fui logo ler, a seguir "A Rainha Vermelha" e agora este "A Senhora dos Rios", desconhecia que a editora não ia publicar pela ordem , então li este último que devia ter sido o primeiro a ler, mas adiante.


Esta autora tem a capacidade de nos agarrar e prender logo nas primeiras páginas, o seu trabalho de pesquisa sobre a época é fabuloso, e o interessante é que destaca as mulheres que não eram nada valorizadas na altura, mas no fundo faziam muito trabalho de bastidores, somos transportados para os cenários de uma França e Inglaterra no ano de 1430.

Temos descrições magnificas de como viviam naquele tempo o Rei e a sua corte, mas também o povo que os rodeava, os cenários das guerras que eram travadas, descritos pelos mensageiros são tão reais que é como se estivéssemos lá.

Neste livro a autora destaca uma mulher muito forte, Jacquetta descendente da linhagem de Melusina, possui fortes poderes e visões, depois de ficar viúva do Duque de  Bedford regente inglês da França, casa com Ricardo escudeiro do marido, que a adora e ela também o adora, são ambos fiéis ao Rei jovem monarca Henrique VI e à  Rainha, na época Tudor, tendo que abdicar de estar com os filhos para os servir e serem leais.

Fala-nos da religião tão importante, de magia e bruxaria que muitos achavam só o facto de misturar ervas para tratar de enfermidades já era algo para ser considerado magia, o que era condenável na altura.
 
É através de Jacquetta a protagonista principal que vamos conhecer todos os personagens, as intrigas na corte do Rei, as loucuras da Rainha Margarida, que quer dominar Inglaterra a todo o custo e sem olhar a meios para atingir os seus objectivos, lutadora e ao mesmo tempo instigadora de disputas com o inimigo Iorque que queria o trono, é a Rainha que toma a maior parte das decisões devido apatia do Rei.
De quem Jacquetta se torna amiga pessoal, mas nunca se deixando anular pela Rainha, era uma mulher que para a  época era corajosa, com uma personalidade muito forte que luta sempre em prole do amor, o que não era fácil.

Um livro que está cheio de intrigas políticas, traições, paixões, ganancia, que lemos num ritmo acelerado, mesmo ao estilo da Philippa Gregory, que aborda o período que ficou conhecido como a Guerra das Rosas.
Existem escritores que tem este dom da escrita, sem  duvida alguma.
Muito muito bom!

4 comentários:

Unknown disse...

Adorei a opinião Odete, também sou fã de romances históricos, tenho que ler esta autora.

Unknown disse...

Também já li "Duas Irmãs, Um Rei" e tenho "A Rainha Branca" na estante à espera… o problema é sempre o mesmo TEMPO! :)

Luís Miguel disse...

Também acho a época dos Tudor muito interessante, sobretudo o reinado de Henrique VIII. Li "Duas irmãs, um Rei" e gostei bastante. Sobre esta época também li C. J. Sansom com os livros "Dissolução" e "Intriga na corte", o primeiro ao estilo de "Em nome da rosa", de Humberto Eco.

Odete Silva disse...

Obrigada,

Luís Miguel também tenho cá um livro do C.J Sansom - Revelação, por ler, falam bem do autor.