Confesso que já tinha
saudades de ler este autor, gosto muito, li todos os seus livros, e gostei em especial de “A Sombra do Vento” e do “O
Jogo do Anjo”.
Neste livro voltamos a
Barcelona, devastada pela Guerra Civil Espanhola, sob um regime fascista, onde encontramos
de novo personagens como Fermín Romero de
Torres e também Daniel Sempere .
A história centra-se no
passado nebuloso e misterioso de Fermin
que está prestes a casar, mas há algo que o está a incomodar a cada dia que se
aproxima do seu matrimónio.
E ainda fica pior
quando sabe que um visitante, um fantasma de seu passado lhe deixa um livro “ O
Conde de Monte Cristo” na livraria Sempere, com uma dedicatória: “Para Fermin
Romero de Torres, que regressou de entre os mortos e possui a chave do futuro.”
Temos uma parte narrada
por Fermin sobre o seu passado e presente, e uma parte narrada por Daniel.
Fermin conta que
durante a guerra civil espanhola esteve preso, e que nessa prisão, eram torturados de uma maneira violenta e
cruel, foi lá que conheceu o escritor David Martin e foi através dele com base no
livro “O conde de Monte Cristo” de Alexandre Dumas que engendraram um plano para a fuga de Fermin,
que foi bem sucedida, em que o director da prisão o deu como morto, por
questões de honra e politica, não covinha saberem que tinha sido fuga.
Mas não é só o facto de
estar dado como morto que o preocupa, são segredos que guarda consigo, sobre o
tal escritor David Martin, e também sobre Isabella a mãe de Daniel, que o estão
a fazer definhar dia a dia, e mais não posso dizer.
Amizade dos dois é de salientar, é tocante o
quanto gostam um do outro, apesar das dificuldades em que vivem, Daniel e
Fermin arranjam sempre uma maneira de partilhar pequenas alegrias e de se
ajudar mutuamente.
Acho que o autor podia
ter dado mais brilho, magia, aventura e
mistério a este livro.
O fim parece-me em
aberto, voltará com mais aventuras à
volta do Cemitério dos Livros Esquecidos que foi pouco falado, acredito que tem
continuação.
Não deixou de ser uma
leitura viciante, Zafón escreve com inteligência, por isso agarra-nos às
páginas do livro, com personagens únicos e cativantes, com aventura, drama,
mistério e até com humor, mas eu queria
mais, soube-me a pouco.
Apesar disso gostei muito.
Pode ver o livro aqui
4 comentários:
Olá Odete, também achei que efectivamente este livro poderia ter ido mais longe, quando comparado com os seus antecessores e é de facto inevitável fazer comparações, não há como fugir.
Espero que o próximo volume desta saga (em príncipio o último) nos traga grandes surpresas e nos volte a fazer sonhar como fez a sombra do vento.
Entretanto deixo-te aqui o link com a minha opinião:
http://nososlivros.wordpress.com/2012/08/29/o-prisioneiro-do-ceu-carlos-ruiz-zafon/
Boas Leituras!
Nunca li nada do autor, mas tenho muita curiosidade sobre este livro.
Foi exatamente isso que eu senti: soube a pouco.
Desta vez Zafón ficou demasiado "light"
É verdade, com o livro A sombra do vento, fomos contemplados com uma narrativa tão rica e grandiosa, e porque gosto da escrita do Zafón gostei deste livro, mas eu queria mais. Vou ler a opinião Nuno :)
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