É o segundo livro que
leio do autor e mais uma vez fiquei rendida à sua escrita, com este policial
psicológico bastante forte.
A trama desta narrativa
baseia-se num assassino em série que amarra as suas vitimas a uma cama,
abandonando-as depois para morrerem à sede.
O caso é entregue ao detetive da policia Sam Currie, o qual tem as
suas próprias feridas por tratar, dedicando-se ao caso de uma maneira mais intensa.
Dave Lewis, sócio e
autor da revista Anonymous Sceptic, é envolvido, quando as suas ex-namoradas
começam aparecer mortas. E quando se apercebe que uma em especial desaparece de
repente, Tori Edmonds por quem ele ainda nutre alguns sentimentos, tenta falar
com ela sem êxito. É quando subitamente o assassino o contacta fazendo um jogo
psicológico, usando pressão para fazer
exactamente o que ele lhe manda se não quer que a ex namorada morra, frisando
que se tal acontecer a culpa é de Dave, e ele obedece não podendo contactar
nunca a policia, está a ser manipulado. Consegue sempre estar a um passo à
frente da policia chegando aos locais antes deles, na busca desenfreada da
rapariga, e tentando cumprir a directivas, e as pistas do assassino, para que
ela não morra, deixando as suas impressões digitais nos locais que o podem
incriminar.
Mas é muito mais
complexo do que possa parecer, porque no fundo o assassino não mata logo as
suas vitimas, abandonas para morrerem, e Dave sabe e a policia também, por isso
como podem eles descobrir onde se encontra a rapariga antes desta morrer? é uma corrida contra o tempo. Houve
uma altura que desconfiei de quem se tratava entre duas personagens, isto deve
ser por ler tantos policiais que acabo por conseguir às vezes desvendar quem é
o assassino.
É um bom policial cheio
de voltas e reviravoltas, pois realmente consegue agarrar-nos desde a primeira
página pelo suspense e descrições que o autor faz, com personagens bem
construídas, cheio de pormenores e emoções fortes que nos baralham.
“Um grito de ajuda” foi
um livro que me agradou bastante pelo suspense em aberto até ao fim e tenho a certeza que os amantes
de policiais vão gostar também. Recomendo.
Espero ler me breve “Mar
de Sangue”.
Steve
Mosby foi galardoado com o "CWA Dagger in the Library" um prémio
literário atribuído pela Crime Writer's Association, uma associação que reúne
escritores ingleses na área policial/mistério.Este prémio foi atribuído ao
escritor pelo conjunto dos seus livros, tramas sombrias mas cuja a simplicidade
das histórias e a humanidade das personagens conseguem ser revigorantes.
Na
colecção «Crime Perfeito» já foram publicados os seguintes títulos do autor: O
Assassino 50/50, Um Grito de Ajuda e Mar de Sangue.O último livro do escritor
Black Flowers, brevemente em Portugal, foi também nomeado para o prémio
Theakston's Peculiar Crime.
Pode ver o livro aqui
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