Opinião:
Quando descobrem o
cadáver de uma jovem dentro da Catedral de Santiago de Compostela, ninguém está
à espera que tal aconteça num local sagrado. O comissário Castro não tem nada
onde se agarrar, não há vestígios de algo que o possam ajudar, nem conseguem saber que arma é que foi usada para
a matar, não existe uma única pista. Ao
mesmo tempo longe deste local numa Biblioteca de uma Universidade desaparece um
manuscrito de Prisciliano, o herege grande galego, mais dúvidas e incertezas surgem, será que estão relacionados
os casos? Onde está o namorado da jovem? Ninguém o descobre.
Muito lentamente vai-se
descobrindo coisas sobre a jovem assassinada, Patrícia
Pálmer, estava ligada a um grupo de ecologistas preocupados com o meio ambiente,
já tinha estado envolvida em sarilhos por causa de um derrame de uma fábrica.
Mas será que foi por isso que assassinaram?
Vamos ter de um lado o
comissário Castro a investigar, e de outro Villamil um jornalista veterano, que
resolve em conjunto com a estagiária Laura Marquez, uma jovem com um
temperamento que não a deixa ficar quieta, mas, que ao mesmo tempo foge dos seus próprios
fantasmas. Vão ambos tentar descobrir o que aconteceu. Existe uma empatia entre
os dois jornalistas, que faz com que funcionem bem a trabalhar.
A mistura de temas
neste livro agradou-me, leva-nos a querer descobrir cada vez mais quem tinha
interesse em matar a jovem, pois além de estar envolvida com os ecologistas
também se interessava por teoria dos mitos, dos símbolos, em descobrir crenças
e heresias religiosas, que certas pessoas queriam esconder a todo o custo,
envolve um professor universitário, sacerdotes, padres e outros, mas o que está
por detrás disto tudo, o que fazia uma jovem envolver-se nestas coisas??? Muitas
perguntas passam pela mente do Comissário Castro, tem muitas pontas soltas que
não sabe como juntá-las.
Vamos ficar em suspense
e perto do final quando a jornalista Laura resolve por conta própria investigar, vê-se metida em sérios sarilhos, e a partir dai tudo se desencadeia.
Com uma escrita
eficiente, com personagens interessantes,
à medida que avançamos na narrativa do livro, vamos juntando as peças umas nas
outras descobrindo lentamente todo o mistério deste enredo envolvente, mas
pausado, não é uma leitura compulsiva, mas é um thriller que nos envolve e nos
faz ficar agarrados ao livro como foi o meu caso que o li no fim de semana, querendo
saber quem foi o assassino, achei o final muito bom, fiquei fã da autora. Gostei de ler e recomendo.
1 comentários:
Adorei a sinopse e a resenha. Acho que a Porto devia publicar seus titulos no Brasil, adoro os livros deles, principalmente os destes gênero.
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