18/01/2013

Fahrenheit 451, Ray Bradbury

A Minha opinião: 
Ray Bradbury apresenta-nos uma sociedade cuja reflexão, pensamento e crítica não é permitida ou autorizada. Tudo é dado aos membros da sociedade de forma a que se sintam felizes e não tenham tempo para questionar!

É proibido ler e possuir livros sob pena de morte e é aqui que entra Guy Montag, o personagem principal da história cuja profissão é ser bombeiro.

Com o progresso, as casas tornaram-se à prova de fogo, assim Guy vê a sua profissão adaptada. Não tem de apagar os fogos nas casas das pessoas, tem sim de lhe deitar fogo, às casas e aos seus moradores, se estes forem possuidores de livros.


O livro é visto como um mal à sociedade! Um mal que provoca ansiedade, que causa sofrimento, que faz pensar e impor ideias e ideais. Se as pessoas não pensarem é tudo mais simples e a educação prossegue sem problemas de mais. Tudo é incutido nos alunos como verdade suprema. As pessoas, apesar de parecerem aparentemente felizes são muito infelizes. Todas as noites existe um número elevado de suicídios.

Há ainda quem oculte a sua biblioteca como um tesouro raro que é, mas existem listas dos suspeitos detentores dos livros que são perseguidos até à morte!

Após reflectir sobre a sua profissão e depois de vislumbrar o rosto de uma mulher que faz questão de ser queimada com os seus livros, Guy Montag encarrega-se de uma missão que põe em risco a sua própria vida.

Este livro leva-nos a reflectir sobre muitas questões e uma delas é a nossa sociedade. Uma sociedade livre de pensamento e palavra, detentora de livros e que nem sempre se faz ouvir ou impor! Uma leitura que aconselho.


Sinopse: «Fahrenheit 451, a temperatura a que o papel do livro se incendeia e arde…Guy Montag era um bombeiro cuja tarefa consistia em atear fogos e não apagar fogos, ao contrário do que a sua profissão possa sugerir.O sistema era simples. Os livros deviam ser queimados, juntamente com as casas onde estavam escondidos, os seus proprietários presos e executados.O sucesso deste estado de obediência e paz social devia-se sobretudo ao cuidado com a educação. As crianças iam à escola mas não aprendiam a ler.Tudo corria bem a Montag, que nunca questionara fosse o que fosse, até conhecer uma jovem de 17 anos que lhe falou de um passado em que as pessoas não tinham medo. E depois conheceu um professor que lhe falou de um futuro em que as pessoas podiam ler e pensar. E Guy Montag apercebeu-se subitamente daquilo que tinha de fazer…»

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