09/01/2013

O Tempo e os Afectos de Helena Sacadura Cabral



“Nada é mais importante na vida de todos nós do que o afecto”

No livro O Tempo e os Afectos o leitor encontra a verdadeira Helena Sacadura Cabral, uma mulher especial para quem a família está à frente de qualquer outra coisa.

Opinião:
Li este livro num fim-de-semana, e deu-me  muito gosto ler, porque Helena Sacadura Cabral transmite-nos uma energia positiva e uma maneira de enfrentar a vida com um olhar diferente do habitual, com um optimismo enorme. Uma mulher com uma personalidade muito forte e convicções muito bem vincadas, com uma visão sobre o mundo diferente do habitual.

Fala-nos sem problemas sobre a saudade, a importância de ter as rugas, da intimidade, da importância da família, dos amigos,  da morte, da autenticidade, da gratidão, do direito à diferença, da mediocridade, do nosso País, da Europa, de viver em Portugal, da opção de divórcio, da busca da felicidade, do civismo e tantos outros temas que aborda. 

Uma pessoa que sabe estar e respeita os outros: “pensar é um privilégio que assiste a todos, independentemente da sua cor, raça, credo, posição politica ou clube de futebol”
Sendo de uma família de «opinantes» sempre foi livre de dar as suas opiniões. “Opiniões que não podem ser sentenças, quando muito, ser presunções, que carecem de provas, para serem justificadas”. Nunca interferiu na vida dos outros, nem da dos próprios filhos, mas, também não admite que interfiram na sua. 

Depois de lermos este livro ficamos mais alegres e felizes por sabermos que existem pessoas tão especiais, a sua simplicidade faz com que se destaquem dos outros, pela maneira como optaram viver a vida tentando ser felizes apesar de todas as amarguras e vicissitudes que ela nos pode trazer. Recomendo.

Um pequeno excerto da Prosa poética de Miguel Fallabella:

«Dói torcer um tornozelo, bater com a cabeça na esquina de uma mesa, dói morder a língua, dói pedra no rim...
Mas o que mais dói é a SAUDADE
Saudade de quem se ama, da infância, do irmão, do pai que já morreu, de quem se ama, saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença e até da ausência consentida.
Saudade é basicamente não saber...»

Excertos do livro:

Tempo para os afectos
«Ser avó é outra forma de maternidade.»

Tempo para pensar
«Não é saudável continuarmos a lamentar-nos de um destino que muitos quereriam que tivesse sido diferente, mas não foi.»

Tempo para intervir
«Alguma coisa tem de ser feita para nos devolver a alegria de viver aqui e o orgulho de pertencermos a esta terra.»


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