“Nada é mais importante
na vida de todos nós do que o afecto”
No livro O Tempo e os
Afectos o leitor encontra a verdadeira Helena Sacadura Cabral, uma mulher
especial para quem a família está à frente de qualquer outra coisa.
Opinião:
Li este livro num
fim-de-semana, e deu-me muito gosto ler,
porque Helena Sacadura Cabral transmite-nos uma energia positiva e uma maneira
de enfrentar a vida com um olhar diferente do habitual, com um optimismo enorme.
Uma mulher com uma personalidade muito forte e convicções muito bem vincadas,
com uma visão sobre o mundo diferente do habitual.
Fala-nos sem problemas
sobre a saudade, a importância de ter as rugas, da intimidade, da importância
da família, dos amigos, da morte, da
autenticidade, da gratidão, do direito à diferença, da mediocridade, do nosso
País, da Europa, de viver em Portugal, da opção de divórcio, da busca da
felicidade, do civismo e tantos outros temas que aborda.
Uma pessoa que sabe
estar e respeita os outros: “pensar é um privilégio que assiste a todos, independentemente da sua cor, raça, credo, posição politica ou clube de futebol”
Sendo de uma família de
«opinantes» sempre foi livre de dar as suas opiniões. “Opiniões que não podem
ser sentenças, quando muito, ser presunções, que carecem de provas, para serem justificadas”. Nunca interferiu na vida dos outros, nem da dos próprios filhos, mas,
também não admite que interfiram na sua.
Depois de lermos este
livro ficamos mais alegres e felizes por sabermos que existem pessoas tão
especiais, a sua simplicidade faz com que se destaquem dos outros, pela maneira como
optaram viver a vida tentando ser felizes apesar de todas as amarguras e
vicissitudes que ela nos pode trazer. Recomendo.
Um pequeno excerto da Prosa
poética de Miguel Fallabella:
«Dói torcer um tornozelo, bater com a cabeça
na esquina de uma mesa, dói morder a língua, dói pedra no rim...
Mas o que mais dói é a
SAUDADE
Saudade de quem se
ama, da infância, do
irmão, do pai que já morreu, de quem se ama, saudade da pele, do cheiro, dos
beijos. Saudade da presença e até da ausência consentida.
Saudade é basicamente
não saber...»
Excertos do livro:
Tempo para os afectos
«Ser avó é outra forma
de maternidade.»
Tempo para pensar
«Não é saudável
continuarmos a lamentar-nos de um destino que muitos quereriam que tivesse sido
diferente, mas não foi.»
Tempo para intervir
«Alguma coisa tem de
ser feita para nos devolver a alegria de viver aqui e o orgulho de pertencermos
a esta terra.»
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