18/02/2013

“Ossos” de Stephen Booth



Opinião:
Já há muito tempo que queria ler Stephen Booth,  portanto foi a minha estreia neste autor.  Devo dizer que apesar das 504 páginas não temos momentos mortos, pois o autor consegue sempre captar a nossa atenção.
Numa pequena aldeia chamada Withens estão acontecer roubos e vandalismo, e para agravar a situação aparece morto o jovem  Neil Granger, sem motivo aparente, mas como todos na aldeia são pessoas estranhas com hábitos pouco sociáveis, existe a suspeita que possa ter sido um dos habitantes a assassina-lo.
O detective Ben Cooper e Tracy Udell agente da Brigada do Crime Rural, começam a investigar, mas não são nada bem recebidos principalmente pela família dos Oxleys, que são numerosos e nada comunicativos, são pessoas reservadas, desconfiadas que selam uns pelos outros ocultando os seus segredos. Ben Cooper vai sentir uma enorme dificuldade em investigar pois não colaboram com a policia, recusam-se a falar com eles.
Noutro local não muito longe, temos os detectives Diane Fry e Gavin Murfin que estão analisar  o estranho desaparecimento de Emma Renshaw há dois anos do sitio onde estava a estudar,  saiu da casa que partilhava com colegas e amigos, Alex Dearden, Debbie Stark, e Neil Granger,  para ir visitar os pais e nunca mais foi vista, nem o seu corpo apareceu, sendo ambos da mesma aldeia. O caso vai ser revisto de novo, surgiram novos dados. Mas será que a morte de Neil está relacionada com o desaparecimento de Emma?
Se por um lado temos Ben Cooper a tentar lidar com a família dos Oxleys, também Diane se vê a braços com a difícil tarefa de lidar com os Renshaws que não aceitam de maneira alguma que a filha tenha desaparecido durante os dois anos, e mantém tudo como se ela fosse regressar a qualquer momento.
Ben Cooper e Diane Fry são os detectives principais deste enredo pois as investigações de ambos estão relacionadas.
Diane Fry lida com o seu passado foi criada numa casa de acolhimento, e também uma pessoa da sua família muito chegada desapareceu há quinze anos sem deixar rasto, algo que Diane tenta a todo o custo resolver e saber o que lhe aconteceu.
Ben Cooper é uma pessoa bastante calma, que gosta de estar no seu espaço com os gatos e um jardim que não é seu mas que gostava de ver cuidado, esta dupla consegue trabalhar e cruzar informações, muito bem um com o outro na descoberta desta morte e do desaparecimento da jovem porque sente-se que tem uma empatia um pelo outro, mesmo que não o demonstrem, pois nota-se que já se conhecem há algum tempo.
Os cenários da Cornualha com a chuva e a terra muito húmida, ajudam a criar um enredo com mais suspense em todo o ambiente que se vive, mais mistério, em que o "sobrenatural" ligado às tradições e folclore da Inglaterra rural, nas danças praticadas nessa aldeia são algo de muito estranho, mas que faz parte da sua cultura pois já vem dos seus antepassados.
Como mencionei acima apesar do número de páginas não pesa na leitura, o autor tem uma escrita fluída que nos faz ficar agarrados, com um boa história, onde  tudo é  bem descrito, com bastantes detalhes, envolvente, um bom policial com mistério q.b., que recomendo.

Pode ver o livro aqui 
 


4 comentários:

Unknown disse...

Boa tarde, Odete.
Como te tinha dito no Facebook tenho esse livro na prateleira há uns anos. Depois da tua opinião (da qual só li o início porque gosto de saber o MÍNIMO sobre os livros que irei ler) acho que vou "tirar o esqueleto do armário".
Quando o tiver lido venho aqui partilhar a opinião.
Boas leituras!

Odete Silva disse...

Olá Nuno, eu também nunca leio na integra as opiniões, só a parte que diz é bom ou é assim, etc, porque depois tenho que escrever a opinião e não gosto de ser influenciada. Mas a Vera Brandão diz que Um Último Suspiro do autor ainda é melhor, este Ossos lê-se muito bem e gostei, mas não é aquele policial arrebatador :)

Unknown disse...

Olá Odete. :)
Como prometido cá estou e já li a tua opinião. Devo dizer que reconheço base para que afirmes tudo o que colocas na opinião. O livro tem tudo aquilo que evocas. Lamentavelmente eu não gostei tanto quanto tu... Não sei, nunca consegui ligar-me com a história. Como já comentei noutros blogues - gosto sempre de fazer uma ronda pelas opiniões dadas pelos colegas aos livros que leio - não me custou nada ler o livro mas também não senti prazer nenhum.
Para que os meus leitores não fiquem demasiado focados no meu negativismo tomei a liberdade de colocar o link para a tua opinião no meu blogue.

Boas leituras!!

Odete Silva disse...

Olá Nuno :)

Isto é mesmo assim o que uns gostam ou adoram, a outros simplesmente não lhes diz nada ou detestam, eu entendo perfeitamente o teu ponto de vista. Já me aconteceu o mesmo ler algo que certas pessoas gostaram imenso e eu simplesmente não gostei ou não me disse nada aquele livro, enfim...
Obrigada e boas leituras :)))