Opinião:
Este é um daqueles
livros que quando terminamos de ler já estamos com saudades da sua história e
dos seus personagens.
.
.
O romance é narrado na
primeira pessoa por Elise Landau, a protagonista uma jovem de dezanove anos, cresceu com todos
os confortos num lar em que é mimada pelos pais, com todas as regalias, vê-se
de repente obrigada abandonar o seu país a Áustria, a sua cidade Viena, devido a um único problema, ser judia vienense,
e a única maneira que têm para a protegerem
e conseguirem que escape ao Nazismo em 1938 é arranjar um trabalho como
criada em Inglaterra. E assim Elise vai nos contando tudo o que lhe aconteceu
desde menina intercalando a sua história de uma maneira magnifica, com
recordações, contando situações e cenas com a irmã e os pais, mantendo-a assim
agarrada à vida para suportar tudo o que vai ter que passar como criada numa
casa Inglesa. Em que não é fluente na língua e não consegue transmitir o que
sente.Vê-se assim obrigada a começar uma vida nova, numa mansão, a Casa de
Tyneford, longe de todos os que ama e a amam
a ela, tornando-se noutra pessoa, e ai vai viver os momentos mais tristes e
felizes da sua vida. Vai ter que
trabalhar e muito como nunca o tinha feito na vida, pois estava a habituada a
que a servisse e não a servir os outros. Mas no fundo tem sorte, pois vai viver
num sitio lindíssimo junto ao mar, o Sr. Rivers que repara desde o inicio que Elise é diferente
das outras criadas, também a trata de maneira diferente dando-lhe mais atenção.
Vai apaixonar-se pelo filho do dono da casa, Kit. Faz amizades com pessoas
que vivem perto.
.
.
É um relato cheio de
profundidade, pois Elise quer muito estar com os pais e com a irmã mais velha
Margot, que consegue o visto e parte
para América, mas os pais Julian e Anna ficam à espera dos vistos americanos
para partirem, Elise sofre muito com o afastamento a que são obrigados,
mas também com a expectativa dos pais
conseguirem sair a salvo de Viena. Agarra-se às únicas recordações que trouxe escondidas
um colar que a mãe lhe deu e um violino, conseguindo assim sobreviver no dia a
dia, e conquistando devagar o dono da casa e os empregados mais velhos e
responsáveis por gerir a mansão ao pormenor, Sr. Wrexham o mordomo e a Srª
Ellsworth, lentamente vai-se adaptando.
.
.
Com o aproximar da
segunda Guerra Mundial tudo se vai alterar, pois Kit parte para a guerra, a
casa fica com um enorme vazio sem a sua presença. E a partir dai muita coisa
muda para sempre. Há tanto para dizer deste livro, gostava de escrever mais, mas não posso contar, têm
que ler.
.
.
Achei que a autora
consegue transportar-nos magistralmente para as situações, para os locais,
recria tão bem o ambiente de tudo o que rodeia as personagens, o dia a dia na
mansão está tão bem retratado, a
atmosfera entre os criados, os costumes, a educação Inglesa. Cada lugar, os cenários desde as florestas,
as flores no jardim, as praias, as falésias.
Com uma escrita tão fluída, fiquei logo agarrada nas primeiras páginas deste livro e não queria
largar enquanto não terminasse, mas também não que queria que acabasse, de tão bom que é. Sorri
muitas vezes em certas passagens do livro, inspirou-me ternura, fiquei comovida.
Pois as personagens são muito profundas, fala-nos da família, amor, de perda,
sentimentos, de felicidade, enfim uma história fabulosa. Gostei
muito.
1 comentários:
Olá. A história tem romance?
Enviar um comentário