09/04/2013

A Filha do Conspirador" de Philippa Gregory



Opinião:
Romances históricos são um dos meus géneros favoritos, e a autora Philippa Gregory já me conquistou há um tempo atrás quando li “Duas Irmãs e um Rei”, também já li a “A Rainha Branca”, “A Rainha Vermelha” e “A Senhora dos Rios”.

“A Filha do Conspirador” pertencente à série "Guerra dos Primos", e desta vez a autora centra-se na personagem Ana Neville, uma das duas filhas de Ricardo Neville, Conde de Warwick.

Ana tem apenas oito anos de idade e a sua irmã Isabel 13 anos. O objectivo de seu pai é que uma delas chegue ao trono de Inglaterra, tornando-se Rainha, já que não tem filhos varões, Warwick é muito poderoso e torna-se  conhecido como"O Fazedor de Reis", e  é muito bom naquilo que faz, até que o Rei Eduardo contrariando tudo e todos casa e coloca no trono a lindíssima, viúva e plebeia Isabel Woodville, e ai Warwick começa a perder o poder que tem, pois esta mulher tem o Rei na sua mão, que lhe satisfaz todos os seus pedidos e caprichos. Ficando o reino minado pela família Woodville. Mas como o Rei Eduardo tem mais dois irmãos Jorge e Ricardo, Jorge casa com Isabel a irmã de Ana, pensando-se que poderá ter alguma influência. Só que isso não ajuda nada em tirar poder à Rainha, ela não permite. Ana está longe de imaginar o papel que vai ainda representar em tudo isto. O pai casa Ana com Edward, o príncipe de Gales, o filho de Margarida de Anjou, uma das mais antigas inimigas, com o objectivo de unirem forças, mas ambos acabam mortos. Mais uma vez a Rainha venceu. Ana vê-se viúva, sozinha, abandonada até pela própria mãe, aparece então Ricardo amigo de infância, que a pede em casamento, são ambos felizes porque se amam. Mas, muitas voltas e reviravoltas vamos ter nesta narrativa até Ana se tornar Rainha como o pai tanto desejava.

E o interessante é que no livro “A Rainha Branca”, Isabel Woodville foi a personagem central, neste livro é retratada e vista de outra maneira, como alguém que deseja o mal a todos que estejam contra ela, que não sejam da sua família, nesta narrativa ela é má e acusada de usar bruxaria. É interessante estar a ler o outro lado, da mesma pessoa sobre qual já lemos, mas vista de maneira totalmente diferente.

A autora brinda-nos com um enredo cheio de intrigas, conspirações, mortes, bruxaria, maquinações, é brilhante como ela descreve as relações humanas que compõe toda esta história. Adoro ler e saber como eles viviam nas cortes, o que comiam, as festas que davam, a atenção que colocavam no vestuário e nos penteados, a maneira como se isolavam para ter os filhos, a importância da fertilidade, com o objectivo de ter um filho varão para subir ao trono.

Em suma um livro fascinante, mas também muito trágico, cheio de detalhes históricos,  que nos trás a visão de outras personagens envolvidas nesta série "Guerra dos Primos". Um livro que gostei imenso de ler, prendeu-me logo de inicio nas primeiras páginas, e que recomendo sem dúvida alguma, muito bom
Ansiosa por ler o último da série : “A Princesa Branca”.

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