28/08/2013

Cidades de Papel de John Green



Opinião:
Comprei este livro para oferecer, mas acabei por o ler primeiro, e num fim-de-semana de piscina resolvi que era precisamente este pequeno livro que iria fazer-me companhia.  É o terceiro romance que leio do autor John Green, que gosta de escrever histórias sobre adolescentes, e mais uma vez levou-me ao  passado e despertou momentos e recordações da minha adolescência que estavam adormecidos.
Esta narrativa é sobre dois jovens adultos que vão em breve entrar na universidade, Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman, são vizinhos desde crianças,  brincavam e  divertiam-se  juntos, mas a dada altura da suas vidas separam-se, e cada um vai para o seu lado, onde fazem novas amizades na escola. Mas para Quentin, a Margo foi sempre mais que uma amiga ele nutre uma secreta paixão por ela. Quando de repente, numa noite Margo procura Quentin para a ajudar numas partidas que ela quer pregar a umas certas pessoas, ele não sabe como lhe dizer que não, e embarca com Margo nessa aventura nocturna, tentando agradar-lhe na esperança que ela olhe para ele com outros olhos,  só que nessa madrugada Margo desaparece misteriosamente.
Nesta narrativa temos por um lado Quentin um jovem timido, reservado, pacato, inseguro que se dá com  os amigos Ben e Radar, com os quais joga consola, isolam-se na escola, por ser alvo dos colegas,  por outro lado temos Margo que é o oposto, é uma jovem bonita popular entre os colegas, inteligente, segura de si com quem todos se querem dar, mas será que é a verdadeira Margo ou será só fachada?
Quando Margo desaparece, Quentin tem a certeza de que ela lhe deixou pistas para ser encontrada, pois ela gosta de enigmas, e quer ver um Quentin mais activo, por isso ele começa a seguir as supostas pistas que acha que ela lhe deixou para ser encontrada por Quentin. Mas será que ela  quer ser encontrada? Será que ainda está viva? São perguntas que passam pela mente do amigo. Ele e os seus amigos vão seguindo as pistas até terem quase a certeza do local onde a podem encontrar, e é aí que Quentin embarca numa aventura juntamente com Ben, Radar e Lacey uma amiga de Margo, vão percorrer quilómetros para a encontrar viva ou morta. Trata-se de uma viagem que será a aventura das suas vidas, cheia de peripécias. Mas mais importante será uma viagem onde o jovem Quentin também se vai descobrir a si próprio.
Um livro que nos deixa a reflectir sobre o poder da amizade,  com momentos muito divertidos, com personagens cativantes,  jovens que estão no inicio da sua vida adulta e que começam a aprender com as vicissitudes da vida, gostei, portanto recomendo.

"Margo sempre adorou mistérios. E em tudo o que se seguiu nunca consegui deixar de pensar que se calhar ela adorava tanto os mistérios que acabou por se tornar ela própria num mistério."


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