Opinião:
É o primeiro livro que
leio do autor Pedro Garcia Rosado e não podia ter começado da melhor maneira, pensei logo o que eu tenho andado a perder. Gosto imenso de um bom policial que me envolva
do principio ao fim, e Morte na Arena foi
daqueles livros que me encheram as medidas, devo dizer que o li
em dois dias e não me apetecia largá-lo quando precisava de fazer alguma coisa.
Assim que iniciamos a
leitura deste livro ficamos logo envolvidos, pois o cenário que nos é
apresentado tem contornos macabros, aparecem quatro cadáveres num prédio
devoluto e para piorar ao lado está um braço. Mas não fica por
aqui, pois nos dias que se seguem outros membros do cadáver vão aparecendo
espalhados pela cidade de Lisboa, a policia descobre que se trata do corpo de
uma jovem, mas que crime hediondo é este? Temos assim montado o cenário
perfeito para a duas investigações de homicídios que decorrerem durante esta
narrativa.
Gabriel Ponte reformado,
é um ex-inspector da Judiciária, que vem até Lisboa para jantar com o seu amigo
Jorge Orta, quando se vê envolvido na investigação destes crimes, a sua
ex-mulher Patrícia Ponte a inspectora-coordenadora da PJ é a responsável, mas eles não tem uma relação muito amigável.
Apesar de não se querer
meter no caso, é mais forte do que Gabriel,
o bichinho da investigação está dentro dele, e além disso pois mesmo que não queira ver-se
envolvido, acaba por descobrir que um
dos cadáveres é de alguém que conhece.
Temos a jornalista
Filomena Coutinho, com quem Gabriel teve um caso, que devido
ao seu trabalho de repórter entra nas cenas dos crimes para fotografar e
relatar a evolução da mesma, assim actualizado os seus leitores.
Gabriel e Filomena resolvem secretamente por sua conta e risco, introduzir-se no
prédio devoluto onde apareceram os cadáveres e Gabriel vai descobrir nas
profundezas do mesmo que algo se passa de muito estranho e da pior maneira,
pois nos túneis existe uma arena onde lutam corpo a corpo e onde massacram
homens e mulheres, quem estará por detrás deste cenário horripilante? Quem pode
gostar deste género de lutas, iguais aos dos gladiadores romanos? Alguém encena espectáculos escondidos para um público
muito restrito e especial, só uma mente perversa pode estar por detrás disto
tudo. Quem matou os quatros homens? Quem matou a jovem e porque?
Gostei de Gabriel
Pontes apesar de ser um personagem que anda meio perdido, sem rumo, no fundo não se percebe se quer levar uma
vida calma e pacata ou se quer levar uma vida mais agitada.
O personagem Diabo fascinou-me,
um andrajoso que nos marca, um ser humano misterioso, do qual gostava de saber
mais sobre a sua pessoa, de quem se trata, consegue-se imaginar e visualizar a sua figura que me causou arrepios.
Toda a acção vai ter
como cenário as profundezas da cidade de Lisboa, onde se vai desenrolar toda a
trama desta narrativa que o autor tão bem soube aproveitar para recriar cenas
que podem eventualmente chocar mentes mais susceptíveis, mas que eu apreciei e gostei da escrita directa, sem floreados,
violenta nas descrições mas que os amantes de policiais como eu vão adorar.
Trata-se portanto de um
livro cheio de ritmo e adrenalina, é viciante, com mistério, com cenários fabulosos que se
enquadram na perfeição no enredo, muito bem escrito, com personagens credíveis,
é arrebatador, com partes arrepiantes. Na minha modesta opinião é realmente um excelente
thriller com todos os ingredientes certos, quando começarem a ler não vão querer largar o
livro como eu, lê-se num ápice. Muito, muito bom.
Vou quer ler os outros
livros do autor em especial a Morte com
Vista Para o Mar.
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