14/10/2013

Cartas da Nossa Paixão de Karen Kingsbury (opinião)



Opinião:
Ellie Tucker e Nolan Cook dois jovens de quinze anos, amigos inseparáveis, nada os faria supor que a sua vida iria mudar de repente numa noite, quando o pai de Ellie descobre que a sua mulher o trai, resolve separar-se e recomeçar a vida noutro sitio bem distante com a filha adolescente. Nessa noite Ellie e Nolan fazem uma promessa de se encontrarem de novo passados onze anos, debaixo da “sua” árvore, onde deixam duas cartas escritas por ambos, dentro de uma caixa,  para as lerem nesse dia, mas será possível tal reencontro?
As suas vidas nunca mais serão as mesmas um sem o outro, Ellie não consegue ser feliz com o pai, um homem muito religioso, rígido, com regras e uma educação demasiado duras para uma adolescente, que só quer viver a vida, ela precisa de se libertar da opressão em que vive, e por isso faz escolhas que não são as melhores.
Onze anos muda muita coisa, Ellie e Nolan, já não são aqueles adolescentes cheios de sonhos, alegria, e esperança no futuro. Enquanto Ellie é obrigada a crescer devido às circunstâncias, durante anos não tem qualquer contacto com a mãe e deixa a casa do pai muito nova, passando a viver sozinha, cheia de responsabilidades e com alguém a seu cargo, deixou para trás todos os seus sonhos, e as vicissitudes da vida fazem com que inclusive perca a sua fé em Deus.
Já Nolan consegue realizar-se profissionalmente como jogador da NBA, tornando-se uma estrela de grande o sucesso, mas sempre focado na sua forte fé em Deus, no entanto existe um vazio na sua vida, no seu coração, pois na sua mente está sempre presente Ellie, não a consegue esquecer. Aproxima-se o dia do reencontro e ambos estão apreensivos com essa data. Ellie consegue a através da TV ter um vislumbre da vida de Nolan e naquilo que ele se tornou, mas Nolan não sabe nada sobre Ellie, todas a suas tentativas de a encontrar foram infrutíferas. Será que algum vai estar presente na data combinada?
Como no livro anterior, um aspecto a referir neste romance é a importância da religião para a autora, a fé, a crença em Deus está mais uma vez bem patente neste livro, as citações bíblicas são uma constante, a meu ver podia ter um pouco menos esta componente religiosa inserida no livro, pois tornava a história ainda mais atractiva.
Em suma é uma narrativa onde sentimentos como a revolta, amargura, o ressentimento, mas também o arrependimento, fazem parte do dia a dia de certos personagens, mas mostra-nos que nunca é tarde para se recomeçar, para aqueles que procuram ser felizes. A vida é feita de desencontros, de mágoas, por isso é importante que a verdade venha ao de cima, para que todas as dúvidas, todos os mal entendidos, possam ser esclarecidos, sendo o perdão fundamental, talvez assim todos possam seguir em frente...
Mais uma vez a autora demonstra ter uma escrita bastante fluída, remete-nos para uma história cativante e comovente, com personagens envolventes, pelos quais sentimos empatia, tornando a leitura deste livro muito agradável sem dúvida alguma.




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