10/02/2014

Primeiro Amor, de James Patterson (opinião)



Opinião:
Ler James Patterson noutro registo sem ser policial, foi uma agradável surpresa, aliado ao facto de se tratar de uma história baseada em factos reais numa determinada altura da vida do autor.
Conhecer estes dois jovens Axi Moore e Robinson foi relembrar como é bom estar apaixonados nestas idades, época de inocência, onde se acredita que se pode concretizar todos os sonhos do mundo, são jovens com 16 e 17 anos. Aplica tão bem a frase do nosso querido Fernando Pessoa “tenho em mim todos os sonhos do mundo”.
Axi e Robinson são o oposto um do outro, ela é uma menina toda certinha, gosta de ler, de recitar frases de livros, fala palavras “complicadas” que por vezes Robinson não entende e tem que procurar no dicionário, mas é isso que a torna interessante aos olhos de Robinson, conheceram-se no pior cenário imaginável, ambos estavam internados num hospital. Axi apaixona-se por Robinson mas não tem coragem de lhe dizer, enquanto a vida de Axi é um livro aberto, a de Robinson é um mistério, nada se sabe sobre ele e a sua família, é um rapaz muito atraente e agradável que faz com que qualquer pessoa goste dele, é divertido, engraçado, eles entendem-se como ninguém, os seus trocadilhos fizeram-me sorrir várias vezes.
Depois de terem deixado o hospital passado algum tempo, decidem partir numa aventura, talvez a única na sua vida e tal como eles mencionam vão tentar imitar as aventuras do conhecido casal “Bonnie e Clyde”. Tem aquela idade em que não se tem completamente a consciência do perigo, e isso faz com que passem por experiências que os enche de adrenalina, arriscam e fazem coisas que à Axi nunca lhe passou pela cabeça.
Esta viagem que se propõem fazer será inesquecível pelas mais variadas razões, vão conhecer lugares que nunca viram, vão fazer disparates que nunca fizeram, será uma jornada única partilhada por ambos, e mais vão descobrir o amor na forma mais bela da palavra, pois ambos são capazes de fazer tudo um pelo outro. Arriscam tudo para se surpreender e ver o outro feliz, será uma preparação antecipada para enfrentar o maior teste das suas vidas.
O autor conseguiu implantar nesta narrativa muito emotividade é impossível ficar indiferente a estes dois jovens, sentimos empatia por ambos, pois transmitem-nos de uma maneira simples que a vida deve ser vivida, na sua plenitude, pois afinal só se vive uma vez, não desrespeitando regras é claro, mas no caso deles até se entende.
Mais uma vez o autor mostrou a sua mestria em escrever de uma forma que nos envolve, é impossível ficarmos indiferentes, uma lição de vida que nos é transmitida através destes jovens até ao fim do livro, demonstrando-nos com todas as suas vivências e vicissitudes da vida que não deixaram de viver uma bonita história de amor. Uma narrativa inspiradora para todos, um hino à vida, que me fez sentir um misto de emoções desde o inicio até ao fim, gostei muito, fez-me rir mas também chorar, um livro que vai ficar-me na memória sem dúvida alguma. Leiam vão gostar.

(Uma excelente oferta como prenda no dia dos namorados que se aproxima

Gostei imenso do Post-it na contracapa, no fundo eles conseguiram :)






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