19/02/2014

Um Gato, Um Chapéu e Um Pedação de Cordel, de Joanne Harris (opinião)



Opinião:
Sou fã de Joanne Harris desde que li o seu romance, “Chocolate”, tenho os seus livros todos e já os li como é óbvio, e apesar de não ser apreciadora de contos, ler esta autora para mim é um deleite, a sua maneira de escrever e contar histórias é única.
Para já a capa é linda, eu acho, e depois com a sua escrita fluída, li em dois dias este livro, deliciei-me com este leque de contos desta narrativa.
Cada conto tem uma pequena introdução da autora, para nos preparar para a história que se vai desenrolar, o que tem a sua lógica, ou porque se lembrou de um lugar por onde passou, uma viagem que fez, uma pessoa que conheceu, enfim, no fundo dá-nos a conhecer um pouco qual foi a sua fonte de inspiração para o escrever.
E assim somos transportados através destes contos a vários lugares e até mesmo personagens de outros livros, como é o caso de Faith e Hope duas velhotas adoráveis que vivem num lar e que são aqui relembradas, do livro "Danças & Contradanças", e com elas é impossível ficarmos indiferentes, a amizade que as une é única, ainda me fizeram arrancar umas boas gargalhadas.
Este livro vem  mais uma vez  comprovar o talento de Joanne Harris, a sua grande  imaginação para escrever e para criar personagens únicos, que facilmente criamos empatia,  uma narrativa diferente, mas muito divertida, com um leque de personagens e de contos diversificados.
Fiquei mais uma vez fascinada com a maneira da autora nos envolver num livro com mini histórias que de inicio pensamos que não tem ligação, mas que no final concluímos que estão ligadas entre si e até a outros livros da autora, contos esses variados, alguns bizarros, mas todos cheios de criatividade. Uma autora que recomendo sempre pela sua originalidade e peculiaridade, gostei imenso, deu para matar saudades das suas histórias, e da sua maneira única de as contar. Espero que publique mais livros em breve.

(...) os contos nem sempre me ocorrem com facilidade. Por vezes, vêm dar à costa como os destroços às praias daquela ilha deserta; noutras ocasiões, trago-os para casa das minhas viagens pelo mundo; ou por vezes chocalham dentro da minha cabeça durante meses a fio – e até anos – como moedas presas dentro de um aspirador à espera de que eu as liberte. (Joanne Harris)

Pode ver o livro aqui


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