Opinião:
Devo dizer que o género
literário fantástico não me atrai, mas quando me ofereceram o 1º livro desta
trilogia O Braço Esquerdo de Deus, foi uma agradável surpresa, um livro
que se lê com fluidez, e admito que
gostei, quando saiu 2º livro As
Quatro últimas coisas, quis continuar a ler e fiquei decepcionada, não
me cativou e foi uma leitura forçada tanto que nem esperava ler o 3º O
Anjo Negro, se não fosse uma oferta inesperada, e o autor voltou a
cativar-me.
Esta trilogia passa-se
numa época medieval, onde se praticavam actos de crueldade em nome dos chamados
Redentores, cujo o objectivo era exterminar a humanidade, muitas batalhas
sangrentas foram levadas a cabo, onde um acólito chamado Thomas Cale teve um papel
fundamental, criado e treinado num Santuário testemunhou actos bárbaros da
parte do seu maior inimigo o papa Redentor Bosco até conseguir fugir do mesmo.
Referente a este livro
O Anjo Negro, vamos continuar acompanhar o jovem protagonista Thomas Cale e os
seus amigos de sempre Kleist e Henri Vago. Temos um Cale fragilizado, depois de
se tornar famoso por lutar como o Braço Esquerdo de Deus, e de ter feito por
onde passou admiradores, mas também muitos inimigos, são muitos os que o temem
devido à sua fama, mas Cale está doente sem forças, não só fisicamente, como o
seu estado psicológico está totalmente em baixo.
Para continuar a sua
luta Cale precisa de ajuda para sair do sitio onde está, além disso corre risco
de vida, mas a sua energia está tão baixo, que sozinho não é capaz, só mesmo a
sede de vingança o move. E com ajuda daqueles que conquistou que e que se vão
colocar do seu lado no tempo e na hora certa quando mais precisar, Cale vai
agir e tomar uma decisão. Muitos que o querem ver morto não vão desperdiçar a
primeira oportunidade que tiverem para o fazer.
Nesta narrativa Cale
continua a demonstrar ser uma personagem enigmática, com dois lados tão opostos
na sua personalidade, consegue ser impiedoso e cruel contra aqueles que oprimem
e fazem mal, e ao mesmo tempo demonstra também o seu outro lado humano perante
aqueles que são seus amigos e de quem gosta, por vezes tendo de enfrentar personagens estranhos, obscuros, bizarros
mesmo.
Muito doente e sem
forças, precisa tomar uma decisão, a sua motivação centra-se no espírito de
vingança, e no seu grande objectivo chegar ao Santuário dos Redentores, o destino da
humanidade depende de si, mesmo que não tenha forças para lutar fisicamente,
precisam da sua presença, da sua mente, da sua inteligência, mas são tantas as intrigas e obstáculos que se
colocam no seu caminho...
Este último livro mais esclarecedor, revelou algumas coisas que faltavam saber sobre os
protagonistas, revelações que nos ajudam a perceber e a juntar as peças sobre o
passado de Cale, Kleist e Henri Vago que ficou por dizer nos livros anteriores,
assim como de outros personagens chave.
Com outro ritmo e uma
história mais envolvente o autor conseguiu um bom desfecho para esta trilogia,
recomendo a sua leitura a quem como eu ficou decepcionado com o segundo livro, a
dar uma oportunidade ao autor e ler O Anjo Negro.
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