Opinião:
A sinopse desperta a curiosidade de qualquer amante de um bom thriller psicológico, claro está que
eu não podia deixar de ler.
E apesar de saber que existem
pessoas doentias, com certas obsessões não posso deixar de mencionar que este
livro me perturbou e muito ao longo da sua leitura, com um personagem que além
de ter uma psicose mental, também tem um sadismo sem paralelos.
O certo é que ler este
livro fez despoletar um misto de sensações e sentimentos estranhos.
Trata-se de um intenso thriller psicológico sobre
invasão de privacidade, e apesar de ser mórbido
o que estamos a ler e assustador, o facto é que não querermos parar, pois se por
um lado desperta curiosidade, por outro desperta repugnância, sentimentos distintos e opostos, que nos fazem quer ler pelo grau de malvadez, somos
apanhados e enredados nesse mesmo enredo de horrores que nos apresenta.
Imagine (e isto é
arrepiante) que alguém invade a sua privacidade, o seu lar que pensa ser
seguro, mexe nas suas coisas, e enquanto dorme, alguém lhe pode fazer mal,
fazer-lhe coisas inimagináveis, e é isto que acontece neste livro, um porteiro
chamado Cillian, com cerca de trinta anos, tem em sua posse as chaves de casa
de todos os inquilinos de um prédio, até
aqui nada que não seja óbvio, não fosse o facto de que este homem não ser normal,
e a invasão que ele faz nos apartamentos de cada inquilino deixa-nos a pensar
que bom é não ter porteiro, porque chega
a ser assustador.
O autor consegue
transcrever tão bem o dia a dia deste homem, e da sua rotina, que por vezes
ficava arrepiada, e a verdade é que existem pessoas sádicas que ficam felizes
com o sofrimento dos outros, este homem sabe ao pormenor a vida de cada
inquilino, os seus hábitos, os seus horários, os seus segredos, e onde está o
ponto fraco de cada um deles, tudo está anotado num bloco.
Ele quer tirar o
sorriso das suas vitimas, a felicidade dos outros mexe com o seu intimo, o
sofrimento dos outros é o grande impulsionador para que continue vivo, todos os
dias precisa de um motivo para continuar a viver.
A sua maior vitima ao
longo do livro é Clara, a inquilina do 8º B, ele está verdadeiramente obcecado
por esta jovem mulher que se apresenta com um sorriso todos os dias, o seu erro,
mostrar-se feliz a Cillian.
Houve partes do livro
que são completamente surreais, que nos
deixam abismados com o nível de malvadez.
Trata-se de um thriller
que roça o mórbido, é arrepiante e perturbador, não ficamos indiferentes a esta
mente doente, a este psicopata, e à sua
capacidade de fazer mal aos outros, acho que mesmo para quem lê este género
literário não deixará de ficar chocado com todas as descrições narradas, mas nem isso nos consegue fazer parar de ler. Mais um excelente livro da Planeta.
Pode ler mais sobre o livro Enquanto dormes aqui
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