Opinião:
Não
Digas Nada, trata-se de um thriller psicológico envolvente, um
género literário que gosto imenso, com um enredo que nos agarra do principio ao
fim, e que nos deixa completamente
surpreendidos.
Este thriller gira em
torno de um rapto, de Mia Dennett. Os Dennett são uma família disfuncional, que
vivem de aparências, o pai sendo Juiz coloca o trabalho em primeiro lugar, Mia, a filha mais nova, que não se
identifica nada com a família, nem quer seguir as pisadas do pai, resolveu
viver sozinha já há alguns anos, sem qualquer apoio dos progenitores.
O contacto com os pais é
esporádico, eles sabem muito pouco sobre a vida da filha. Por isso no dia em que são informados que Mia
desapareceu, primeiro não ficam preocupados, pois é normal não ter noticias suas, até que Eve a mãe de Mia sente através do seu instinto maternal que algo
não está bem.
E é através de três personagens
que este thriller vai ser narrado: Eve
Dennett, a mãe de Mia, Gabe Hoffman o inspector encarregue do caso e por Colin
Thatcher o raptor. Feito em capítulos alternados entre o passado e o presente
de forma a que o leitor tenha uma percepção de como era Mia antes e depois do rapto, isto através do ponto de vista da mãe e de Colin,
explorando a vida destes personagens, o que torna a história ainda mais
absorvente.
Essas memórias da infância de Mia, de como era antes do rapto, são importantes, pois ajudam a
explicar muita coisa da sua vida, e também servem para que as peças deste
quebra-cabeças psicológico se encaixem todas ao chegarmos ao final do
livro.
A autora dá-nos a
conhecer também a vida do raptor, Colin Thatcher, pelo qual é impossível não
criar empatia, um personagem que nos vai surpreender ao longo da narrativa.
Mia e Colin vão protagonizar
momentos de tensão, onde a carga psicológica vivida durante o rapto é intensa,
o que vai provocar uma transformação nas personalidades tão distintas destes dois protagonistas, também devido ao
meio social de onde vem ser tão diferente, o que faz com que a interacção
entre ambos seja complicada, tudo isto aliado a um meio
ambiente inóspito onde se encontram, intensifica e mantém o suspense no leitor.
Em suma com uma escrita fluída, a autora criou um
thriller psicológico intenso, com um enredo cheio de suspense e mistério, tornando-o viciante, onde as personagens são complexas, tudo isto em torno de um rapto, e o impacto o que mesmo teve, em que as suas consequências vão afectar a vida de todos para sempre, provoca no leitor dúvidas e incertezas durante a leitura, faz com que se fique a pensar que realmente nem tudo é o que parece ser.
E quando pensamos que
está tudo esclarecido, nas últimas páginas, a autora ainda consegue trazer mais
uma revelação surpreendente através do Epilogo, o que torna o final perfeito,
mas que deixará alguns leitores de queixo caído. Um livro de estreia sem dúvida muito bom.Pode ler mais sobre o livro aqui
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