19/11/2014

Eu, Alex Cross, de James Patterson (opinião)



Opinião:
Sou fã há vários anos do personagem Alex Cross, que o autor James Patterson criou. Alex além de psicólogo, é detective, mas antes disso ele é um ser humano comum, chefe de família, que adora e da qual precisa para a sua estabilidade, com todas as suas imperfeições e os problemas normais que tudo isso acarreta, é por isso que se destaca dos outros colegas de profissão, pela humildade enquanto profissional.
Ao celebrar o aniversário em família Alex não podia receber pior noticia, foi encontrada uma vitima, cujo o cadáver foi identificado como sendo a sua sobrinha que não via há mais de vinte anos, Caroline Cross, cuja a morte assume contornos macabros e arrepiantes. Claro que Alex vai querer assumir o caso e investigar quem está por detrás deste crime.
Mas longe de saber que vai mexer e entrar por caminhos que podem colocar a sua vida em perigo, pois o que descobre é que pessoas influentes, pessoas poderosas ligadas à politica, cargos importantes que ocupam na América, podem estar envolvidas numa teia sem paralelos, e por si só não querem o seu nome a descoberto.
Em paralelo com o caso da sobrinha, Alex fica de repente com a sua vida familiar fragilizada, alguém que lhe é muito querido, também se encontra em perigo, sendo hospitalizada, o que faz com que se desdobre entre a família e o caso que tem em mãos.
Quanto mais fundo entra na investigação, mais factos descobre sobre o envolvimento e quem poderá estar por detrás também de outras  mortes, e o que fazem aos corpos é hediondo, por isso alguém o quer travar de continuar, pois não convém que se saiba quem esteve envolvido nestes crimes. Mas será que conseguem demover Alex de continuar a investigar, mesmo correndo perigo de vida?
A investigação da morte da sobrinha é sem dúvida o pior e o mais sombrio caso na sua carreira profissional, mas também é o que faz querer continuar até ás últimas consequências.
E como já nos habituou o autor consegue mais uma vez agarrar o leitor numa leitura vertiginosa, pois os seus enredos são criativos, intensos, a escrita fluída, com os tais capítulos curtos que fazem com que quem está a ler pense é só mais um capitulo, e o facto é que acaba por ler mais seis ou sete capítulos sem dar por isso, porque de repente queremos descobrir quem é o criminoso, ou se o familiar de Alex fica bem e por isso continuamos a ler sem vontade de parar.
Eu, Alex Cross, prende-nos do principio até o fim, o seu desfecho é muito bom, a forma como o criminoso é apanhado, foi muito bem conseguido, bem à maneira de Patterson, e o final deixa em aberto algo arrepiante, parece que o pior pesadelo de Alex está de volta. Será? Temos que aguardar pelo próximo livro com o “herói” Alex Cross que nunca desilude. 
Muito bom, recomendo.

Pode ler mais sobre o livro aqui 


 

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