24/03/2015

Amar Não é Pecado, de Flávio Capuleto (opinião)



 Opinião:
“Amar Não é Pecado” tal como no romance anterior, o autor aborda temas controversos, mas sobre os quais gosto de ler e que sem dúvida podem dar um bom enredo para qualquer livro.
Temos novamente como protagonistas o inspector Luís Borges e a simbologista Valéria Del Bosque, que se conheceram e envolveram no romance“Inferno no Vaticano”, e se nesse livro nos levaram a entrar no complexo mundo do Vaticano, desta vez o assunto é em volta de uma questão pertinente que se coloca no seio da igreja - os padres podem ou não podem casar?
Não professo nenhuma religião, mas confesso que a Bíblia atrai-me, não as religiões, mas o livro que foi escrito por homens inspirados em Deus, e toda a controversa que a mesma tem trazido até aos dias de hoje. Em que cada religião interpreta à sua maneira, e realmente o celibato foi sempre uma questão que me fez alguma confusão, pois não concordo com o facto dos padres não poderem casar.
O autor arranjou um enredo interessante e envolvente que nos cativa, a descoberta de um manuscrito que põe em causa a veracidade daquilo que a igreja considera correcto há milhares de anos, esse manuscrito vai gerar polémica, pois coloca em causa o celibato. O que pessoas poderosas e influentes na igreja não querem ver divulgado.
Luís Borges e Valéria Del Bosque são incumbidos de recuperar esse manuscrito, que muitos querem, mas como talvez são mais os que não querem, ambos os protagonistas vão enredar numa aventura alucinante na procura de pistas desse manuscrito, por países  dos quais podem não voltar com vida. Apesar de estarem juntos nesta odisseia a química entre os dois protagonistas que houve no livro anterior, neste não se sentiu. 
“Amar Não é Pecado” tem os ingredientes certos em que não falta algum suspense, mortes, perigo, erotismo, tudo para resultar num excelente romance, mas faltou algo, confesso que gostava que a história tivesse sido mais explorada, com um ritmo demasiado acelerado, por vezes os capítulos acabam demasiado depressa, o que não trás consistência à história, pois fica sempre algo que podia ter sido melhor explicado.
O autor apresenta-nos novamente um romance com uma escrita simples, fluída, capítulos curtos, com bastante acção, um livro que se lê num ápice.

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