06/04/2015

Uma Nova Esperança (Hope), de Colleen Hoover (opinião)



Opinião:
Nunca pensei gostar tanto de ler Um Caso Perdido, por isso não queria criar grandes expectativas em relação Uma Nova Esperança, entrei na leitura a pensar: "vou ler a outra versão da história, outro ponto de vista, que provavelmente vai ser igual", mas enganei-me, o facto é que a autora voltou a surpreender-me.
É a mesma história, mas o narrador desta vez é o Holder, aquele rapaz enigmático, de temperamento instável, misterioso, que escondia segredos, são as suas emoções que transbordam nas páginas do livro, ler o seu ponto de vista foi viver de novo toda a história  destes jovens, e consegue-se por fim obter respostas de questões deixadas em aberto e entender o seu lado.
Ao longo dos dois livros certas vezes esqueci-me que estava a ler sobre dois jovens adultos, um com dezassete e outro com dezoito anos, tal como disse sobre o livro anterior, senti a maturidade destes dois personagens, são tão adultos nas suas acções, que demonstra bem o quanto foram obrigados a crescer mentalmente, com todos os segredos que guardavam, de todo o sofrimentos a que foram infligidos.
Conhecemos a versão de Sky de uma forma arrebatadora, mas não menos arrebatadora é a versão de Holder, que nos transmite o que sente de maneira profunda, a sua enorme perda, a da sua irmã, e é através das páginas em branco do diário de Less que Holder vai transcrevendo todos os seus sentimentos e frustrações, assim como o seu envolvimento com Sky, a sua emocionante história de amor, que é muito mais do que um primeiro amor intenso, é todo o drama que os acompanha, envolve e consome que não nos deixa indiferentes.
Durante a leitura confesso que pensei que ia fazer comparações, mas não o fiz, pois a pessoa acaba por se embrenhar na história de Holder de uma forma diferente, tudo o que ocorreu, os momentos trágicos que marcaram a vida de ambos, as suas emoções é nos relembrado de outra maneira.
E apesar de já sabermos praticamente todos os segredos, e que o passado fez a ambos os protagonistas, o impacto de se ler é novamente bastante forte, choca de novo e revolta.
É preciso ter uma excelente imaginação para contar a mesma história duas vezes sem se tornar entediante, maçuda, mas pelo contrário, surpreendente, pois foi viver quase tudo como se fosse a primeira vez.
A autora imprime através da sua escrita tanto realismo que nos absorve totalmente, tornando esta narrativa intensa, demonstrando a sua enorme sensibilidade em trazer assuntos profundos, com uma carga emocional que nos mantém presos numa leitura tocante e perturbadora.
Fiquei de novo rendida.

(Pergunto-me - Será que os seus livros são todos assim tão intensos?)

Pode ler mais sobre o livro aqui




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