Opinião:
Gosto de histórias passadas em tempos de guerra, revoluções, não resisto a ler sempre que tenho oportunidade livros baseados nessas épocas que marcaram e tem tanto para contar. Desta autora li há alguns anos A Valsa Inacabada, O Último Encontro.
Gosto de histórias passadas em tempos de guerra, revoluções, não resisto a ler sempre que tenho oportunidade livros baseados nessas épocas que marcaram e tem tanto para contar. Desta autora li há alguns anos A Valsa Inacabada, O Último Encontro.
Amemo-nos
uns aos outros, conta-nos o que aconteceu em França no
período de 1871, quando se deu a revolução que ficou conhecida no mundo pela
Comuna de Paris, organizada pela
classe operária, pequena burguesia, republicanos, um grupo heterogéneo
de revolucionários, mas nem todos eram franceses aqueles que se rebelaram conta o domínio de
Napoleão, viveram-se dias trágicos, e sangrentos nas ruas.
A autora apresenta-nos uma
panóplia de personagens, pessoas que tinham ideais de vida e que lutavam para ser livres. Pessoas que não se conformavam em
viver segundo o regime de uma ditadura. São mencionadas personalidades históricas como Karl Marx, Victor Hugo ou Louise Michel. Mas devido ao vasto leque de personagens ficcionais,
fez com que
de inicio ficasse um pouco confusa, perdida na narrativa.
O protagonista e narrador principal, é um jovem, Abel Gornick, cuja origem é ucraniana,
juntamente com o amigo Leo Frankel, de origem húngara, partilhavam opiniões diferentes, mas nada impediu a sua amizade e
lealdade, e apesar de não serem franceses participaram de forma activa nessa revolução
que encheu a ruas de pessoas em que muitos perderam a vida, incluindo amigos de ambos.
Achei a segunda parte do
livro muito mais interessante, no seu desenvolvimento quer a nível da
história, quer a nível dos personagens, através das memórias de Élisabeth
Dmitrieff e de Léo Frankel e em especial do ponto de vista de Abel, que
demonstra os sentimentos que nutre pelos amigos, na sua preocupação constante, e por incrível que pareça, o
facto de que mesmo no meio da tragédia ainda havia lugar para o amor, a amizade, os sonhos, as esperanças. No fim de toda a turbulência a autora conta-nos ainda o rumo de cada um destes
personagens principais, cada qual seguindo o seu
caminho,vivendo por várias cidades de países diferentes.
Amemo-nos
uns aos outros, é um livro que nos dá uma visão sobre uma página marcante e sangrenta da história de
França, em que autora soube contar com realismo, de forma directa, mas
cativante, todo o ambiente vivido pela Comuna de Paris.
0 comentários:
Enviar um comentário