08/03/2016

Assírio & Alvim - Poesia - Novos livros de Kabir e Helder Moura Pereira

O Nome Daquele que não tem Nome 
Kabir 
Versões de: Jorge Sousa   Braga 
N.º de Páginas: 96 
PVP: 7,70 € 
Coleção: Gato Maltês 
 
Uma magnífica antologia de Kabir
Jorge Sousa Braga reúne 63 poemas do poeta indiano medieval 
 
A Assírio & Alvim publica a 10 de março O Nome Daquele que Não Tem Nome, uma antologia de poemas de Kabir, selecionados e traduzidos por Jorge Sousa Braga. Poeta místico da época medieval, foi traduzido pela primeira vez para uma língua ocidental só em 1914, por Tagore, e muitas das traduções destes poemas surgem precisamente dessas versões. Como diz Sousa Braga na introdução: «Essa tradução encontrou eco de imediato em Yeats e em muitos outros poetas. Não será alheio ao sucesso que esses poemas encontraram no ocidente, o facto de terem sido traduzidos por um poeta com a qualidade de Tagore. As Songs of Kabir serviram de base (e continuam a servir) para outras traduções e recriações nas mais diversas línguas (entre elas as de Robert Bly, André Gide e Czeslaw Milosz). Também Ezra Pound sucumbiu ao encanto de Kabir.»
 
Essa palavra secreta
alguma vez poderei pronunciá-la?
Se digo que está em mim
é o escândalo
Minto
se digo que está fora de mim
Ele não se revela nem deixa de se revelar
Não há palavras para o definir
 
Sobre o Autor:
Pouco se sabe sobre a vida de Kabir, para além do que deixam adivinhar os seus poemas, as hagiografias e as lendas. Terá vivido em Varanasi (Benares), o mais sagrado dos lugares sagrados hindus e simultaneamente um centro de comércio e peregrinação, na primeira metade do século XV. Nascido de uma viúva brâmane e adotado por uma família da casta dos tecelões, convertida à fé islâmica, Kabir revela nos seus poemas um profundo conhecimento quer do hinduísmo quer do islamismo (e dentro deste do sufismo). De Varanasi, uma cidade que prometia a salvação a todos os que nela morressem, ter-se-á retirado no fim da vida para uma obscura cidade chamada Magahar. A vida de Kabir confunde-se com a lenda. Desses episódios lendários da vida de Kabir há especialmente dois que gostaria que tivessem sido reais: o primeiro é o do encontro entre Kabir e Mirabai. O segundo tem a ver com a sua morte: hindus e muçulmanos teriam disputado o seu corpo, uns para cremá-lo, outros para enterrá-lo. Quando abriram o caixão, o que restava de Kabir era uma coroa de flores, que hindus e muçulmanos dividiram entre si.

 
 
Golpe de Teatro
Helder Moura Pereira
N.º de Páginas: 72 
PVP: 11,00 €  

Golpe de Teatro é o mais recente livro de poesia de Helder Moura Pereira

Depois de Pela Parte que Me Toca, lançado em 2013, a Assírio & Alvim publica no dia 10 de março Golpe de Teatro, o mais recente livro de poesia de Helder Moura Pereira. Este é já o décimo livro do autor na Assírio & Alvim.
Deu-se um golpe de teatro, a vida, afinal, tinha outras coisas para mostrar. Estava tudo quieto (não falávamos) e quando mais a burocracia dos dias se eternizava nos próprios dias, mais machadadas dávamos no amor, outrora fatal. Fui a correr dar um mergulho no rio da boa vontade, de boa vontade regressei, cãozinho amestrado de circo a saltar de um banco para outro, e depois a grande sensação, por dentro de um aro de fogo. O golpe de teatro foi voltar ao mesmo, só que a minha vida passou a ser uma violência prática, como as funerárias junto aos hospitais. 

Sobre o Autor:
Helder Moura Pereira nasceu em Setúbal em 1949. Foi professor no Ensino Secundário e Assistente da Faculdade de Letras de Lisboa (Departamento de Estudos Anglo-Americanos). No King's College da Universidade de Londres, como Leitor, ensinou Literatura Portuguesa. O seu trabalho poético tem vindo a ser publicado regularmente pela Assírio & Alvim, obtendo o reconhecimento do público e da crítica. É disso exemplo a atribuição de diversos prémios literários, entre eles o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Prémio de Literatura Casa da América Latina/Banif, este último pela sua tradução do livro «O Inútil da Família», de Jorge Edwards. Tem traduzido regularmente autores como Ernest Hemingway, Jorge Luis Borges, Sylvia Plath, Sade, Guy Debord entre muitos outros.
 
 

0 comentários: