A poucos dias de deixar a Casa Branca, Barack Obama revelou
ao New
York Times o segredo do seu equilíbrio ao longo dos oito
anos de presidência: os livros.
Para o ainda Presidente dos EUA, os livros permitiram-lhe
muitas vezes abrandar e ganhar novas perspetivas e diferentes
apreciações sobre as complexidades e ambiguidades da
condição humana. Uns foram a maneira de mudar o registo da
documentação política que tinha que estudar; outros
serviram para melhor compreender a vida de outras pessoas noutros lugares;
outros ainda para resistir e combater visões do mundo mais
cínicas e realistas – exemplo destes é «A Curva
do Rio», de V.S. Naipaul, publicado pela Quetzal em
2011.
Saul Bellow, também autor da Quetzal, mereceu
igualmente uma menção de Obama. Como um dos temas centrais da
escrita de Bellow – de grande parte da Literatura Americana,
aliás –, o Presidente referiu as histórias dos que se
sentem à margem e buscam um lugar a que possam pertencer, sem
saberem bem o que estão a perder pelo caminho.
E acrescentou: «Num tempo em que a maior parte das
nossas políticas tenta lidar com o choque de culturas provocado pela
globalização, tecnologia e migração, o papel
unificador das histórias – por oposição à
divisão, que envolve em vez de marginalizar – é mais
importante do que nunca.»
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