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07/05/2018

«O Paraíso e Outros Infernos»: novo livro de José Eduardo Agualusa

Título: O Paraíso e outros Infernos
Autor: José Eduardo Agualusa
Género: Literatura / Ensaio 
N.º de páginas: 336 
PVP: € 17,70

«O Paraíso e Outros Infernos», um mapa do conhecimento do presente no estilo sábio e declarativo de José Eduardo Agualusa.

Da literatura portuguesa ou de uma frase de Borges à situação política em Angola; de uma navalha sul-africana à teoria dos sonhos e ao cabelo da sua filha; da lista de inspirações para a sua obra até à beleza da Ilha de Moçambique, os textos de «O Paraíso e Outros Infernos» são o ponto de partida de um tecido complexo, misturando fragmentos do seu diário com crónicas publicadas na imprensa. Um «mapa do conhecimento do presente» que ultrapassa a fronteira do tempo e da sua contingência.

«Embora o seu estilo seja descaradamente devedor de Gabriel García Marquez e de Jorge Luis Borges, a sua sensibilidade também se faz eco de escritores lusófonos, num estilo sábio e declarativo.» TEJU COLE

Sobre o autor:
José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Os seus romances têm sido distinguidos com os mais prestigiados prémios nacionais e estrangeiros, como, por exemplo, o Grande Prémio de Literatura RTP (atribuído a Nação Crioula, 1998) e o Independent Foreign Fiction Prize (para O Vendedor de Passados, 2004). Mais recentemente, o romance Teoria Geral do Esquecimento foi finalista do Man Booker International e do International Dublin Literary Award (antigo IMPAC Dublin Award). Também os seus contos e livros infantis foram merecedores de prémios, como o Grande Prémio de Conto da APE e o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian, respetivamente.
 
 

11/02/2018

Inesperado e sensual, «Na Memória dos Rouxinóis» é o regresso de Filipa Martins

Na Memória dos Rouxinóis
Filipa Martins  
Género: Literatura / Romance 
N.º de páginas: 216
PVP: € 16,60 
Nas livrarias

Uma das mais inovadoras autoras da literatura portuguesa explora os caminhos da memória e da confissão num romance hábil e poderoso.

Lisboa, 8 de fevereiro de 2018 – Depois de confirmar a sua escrita inovadora com Mustang Branco, Filipa Martins regressa com uma inesperada e sensual narrativa. Na Memória dos Rouxinóis, que chega às livrarias esta sexta-feira, é uma viagem à memória dos homens e à magia da recordação, da matemática e dos números primos. 

No romance, um matemático galego encomenda a sua biografia antes de morrer, numa odisseia em torno das memórias, onde biógrafo e biografado cruzam as suas lembranças, vendo no arrependimento outra forma de lidar com as recordações.  
Romance extraordinário e ritmado, de uma leveza surpreendente e com um desfecho imprevisível, este é também uma reflexão sobre o curso da vida, que não trata apenas do esquecimento ou da lembrança, mas sim das confissões no final da vida. 
«Dizia o avô Rousinol: — Filho, são infinitos os números primos como são infinitos os olhos do Sete, que tudo espelham. Só haverá semente, e depois fruto, se antes tiver havido fruto.»

Notas de imprensa: 
«Filipa Martins não facilita, nem a si nem aos outros.» - João Villalobos, LER . 
«Filipa Martins domina com eficácia e beleza (…) a língua e o léxico.»  Sara Figueiredo Costa, Time Out .
 «Um romance perigoso e maravilhoso.» Luís Caetano, Antena 2

Sinopse: 
«Jorge Rousinol nem sempre foi Jorge Rousinol. Até 5 de agosto de 1945, era o Sete, um número primo.»  É assim que começa a história da vida de Jorge Rousinol, um matemático galego que sempre defendeu o poder do esquecimento como o melhor instrumento para a tomada de decisões. Porém - estranha decisão para quem nunca quis recordar –, no final da vida encomenda uma biografia para perpetuar as suas descobertas, as suas desilusões e as suas pequenas glórias. O biógrafo escolhido acaba por ser alguém com quem privara décadas antes e que se vê, ele próprio, envolvido em memórias que hão de surpreender o leitor. Um romance em três tempos (o do passado do biografado, o do passado do biógrafo e o do presente que os une) que confirma a escrita fantástica, inesperada e inovadora de Filipa Martins com a leveza e a rara sensualidade que atravessa a vida destas personagens. 

Sobre a autora:
Filipa Martins nasceu em Lisboa, em 1983. É jornalista desde 2004, tendo colaborado em publicações como o Diário de Notícias, Notícias Magazine, Evasões e jornal i. Recebeu o Prémio Revelação em 2004, na categoria de Ficção, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), com Elogio do Passeio Público, o seu primeiro romance, publicado em 2008. Obteve ainda o Prémio Jovens Criadores do Clube Português de Artes e Ideias com o conto «Esteira». Em 2014 publicou pela Quetzal o seu romance Mustang Branco. Atualmente é jornalista freelance. 




20/11/2017

Bruno Vieira Amaral Premiado no Tábula Rasa

Festival Literário de Fátima distingue o autor com o Prémio Ficção 2016-2017

Bruno Vieira Amaral foi distinguido pelo Festival Literário de Ficção com o prémio Ficção 2016-2017 com a obra «Hoje Estarás Comigo no Paraíso». Com o tema «A Literatura e o Sagrado», a segunda edição do Tábula Rasa que distingue autores com obras em quatro categorias - ficção, poesia, filosofia e literatura infantil - termina com a entrega dos prémios no próximo Sábado, 18 de Novembro, no qual o autor estará presente.

Esta não é a primeira vez que Bruno Vieira Amaral é premiado: foi distinguido anteriormente com o Prémio PEN CLUBE Narrativa, Prémio Literário Fernando Namora e Prémio Literário José Saramago 2015 pelo seu livro «As Primeiras Coisas».

A Quetzal Editores publicou em 2013 o primeiro romance do autor, «As Primeiras Coisas», e em 2017 «Hoje Estarás Comigo no Paraíso», estando previsto um novo livro do autor para Janeiro de 2018, com o título «Manobras de Guerrilha».

Sinopse de «Hoje Estarás Comigo no Paraíso»: 
Em «Hoje Estarás Comigo no Paraíso», Bruno Vieira Amaral desenha uma investigação do assassínio do primo João Jorge - morto no bairro em que ambos viviam no início dos anos 80 - e usa essa investigação como estratégia de recuperação e construção da sua própria memória: a infância, a família, o bairro e as suas personagens, Angola antes da Independência e nos anos que se lhe seguiram, e a figura (ausente) do pai. Na reconstituição da personalidade e do percurso da vítima, da noite em que tudo aconteceu, na apropriação que o narrador faz de uma ligação com João Jorge (mais ou menos forjada pelos mecanismo da memória) - e de que faz parte essa busca mais ampla das dobras do tempo e do esquecimento - são utilizados os mais diversos materiais: arquivos da imprensa da época, arquivos judiciais, testemunhos de amigos e familiares, e a literatura, propriamente dita - como uma possibilidade de verdade, sempre.
 
Sobre o autor:  
Bruno Vieira Amaral nasceu em 1978. Formado em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE, é crítico literário, tradutor, e autor do Guia Para 50 Personagens da Ficção Portuguesa e do blogue Circo da Lama. Em 2002, uma temerária incursão pela poesia valeu-lhe ser selecionado para a Mostra Nacional de Jovens Criadores. Colaborou no DN Jovem, revista Atlântico e jornal i. 

 

24/10/2017

«O Livro de Emma Reyes - Memória por Correspondência» - Um impressionante relato pessoal, que nos faz pensar em Dickens transposto para o século XX

Título: O Livro de Emma Reyes
Género: Prosa / Biografia / Memórias / Cartas
N.º de páginas: 240
PVP: € 17,70

Um impressionante relato pessoal em vinte e três cartas, que nos faz pensar em Dickens transposto para o século XX.
 
O Livro de Emma Reyes – Memória por Correspondência relata as memórias da duríssima infância – de abandono e exploração – da pintora colombiana Emma Reyes. É também uma história de superação de inimagináveis circunstâncias por parte de uma mulher conduzida pela sua vontade férrea de liberdade.
Quando surgiu pela primeira vez na Colômbia, em 2012, quase dez anos após a morte da autora, esta autobiografia epistolar foi imediatamente considerada como um clássico. Em 23 cartas dirigidas ao amigo Germán Arciniegas, Reyes conta a história da sua infância e juventude, sem artifícios nem sentimentalismos, mas com competência e encanto narrativo raros. Publicado em mais de uma dezena de países, o livro conta com introdução de Leila Guerriero e dois textos finais, um por Gérman Arciniegas e outro por Diego Garzón.
Emma Reyes (1919-2003) nasceu na mais absoluta pobreza, em Bogotá. Criança ilegítima e abandonada, foi uma adolescente analfabeta até aos 18 anos. Tornou-se depois pintora, trabalhando e convivendo com artistas e intelectuais do seu tempo. Embora não se tenha tornado famosa, era recordada, à data da sua morte, como “mama grande” por artistas e escritores latino americanos em França e como uma maravilhosa contadora de histórias. Emma dizia do seu trabalho artístico: «É verdade que a minha pintura são gritos sem correntes de ar» e os artistas que a rodeavam reconheciam as qualidades narrativas da sua obra: «O Luis Caballero diz que eu não pinto os meus quadros, mas que os escrevo»
A regularidade da correspondência que enviava a Arciniegas sofreu uma interrupção, no momento em que o historiador, entusiasmado com a qualidade literária da escrita de Reyes, decidiu partilhar as cartas com outro famoso colombiano: Gabriel García Márquez. Semanas mais tarde, Gabo ligou a Emma para lhe dizer o quanto as tinha apreciado, e esta respondeu com fúria. Durante muito tempo a pintora não voltou a escrever a Arciniegas.
Esta é uma correspondência capaz de transcender o tempo em que foi escrita, fixando os contornos de uma vida excecional.

Notas de imprensa: 
«Depois de tanta dor, o leitor sai reconciliado com a Humanidade, porque, acompanhando a autora, vê o renascer da esperança dessa adolescente fugitiva que, no fim, vai poder voltar a começar.»  La Vanguardia 
«Ainda que sem intuito estético, cada página exala uma fria e escabrosa beleza. (…) A criação artística é outro ato de amor e talvez a conquista mais alta da nossa espécie.» El Cultural 
«À medida que lemos, nós leitores também crescemos – a golpes.» Babelia, El País 
«Uma incrível biografia a todos os níveis, mas o mais admirável é a clareza do olhar, a lembrança sem qualquer tipo de sentimentalismo de uma infância difícil.» Paris Review 
«À altura de um romance de Dickens. Tão verdadeiro e sincero, credível em cada frase, mesmo nas mais incríveis. Um livro com um valor literário extraordinário.» Mariana Enriquez   

 
Sobre a autora:
Emma Reyes foi uma pintora colombiana. Nasceu em 1919 em Bogotá, onde viveu uma infância miserável num bairro de lata. Mais tarde, foi acolhida num convento, onde passou 15 anos de clausura e trabalhos pesados. Quando conseguiu fugir, viajou por toda a América Latina, rumando a seguir à Europa. Formou-se em Paris, trabalhou no estúdio de Diego Rivera no México, mas também viveu e trabalhou em Capri, Veneza, Florença e Roma. Instalou-se definitivamente em França em 1960, casando--se em segundas núpcias com Jean Perromat, um médico francês. Emma Reyes morreu em Bordéus, em 2003.

25/09/2017

«O Caminho Imperfeito» - O lado B do paraíso - José Luís Peixoto está de volta com nova incursão na literatura de viagens. Destino: Tailândia.

O Caminho Imperfeito
José Luís Peixoto
N.º de páginas: 192
PVP: € 17,70 
Nas livrarias a 29 de setembro 

O lado B do paraíso
José Luís Peixoto está de volta com mais uma incursão na literatura de viagens. Destino: Tailândia.   

Depois de nos ter mostrado, em Dentro do Segredo, o lado secreto de um dos países mais inacessíveis do mundo, a Coreia do Norte, José Luís Peixoto oferece-nos um olhar pelo avesso de um dos destinos que é o lugar-comum das viagens exóticas: a Tailândia. O Caminho Imperfeito nasce de uma viagem do autor, com o ilustrador Hugo Makarov. O itinerário que percorreram torna-se o fio condutor, levando-os através dos lados menos explorados deste país (a cultura, a religião, a geografia) enquanto se sobrepõem as experiências do autor naquele país do Sudoeste asiático, nesta e em anteriores visitas.   
Uma série de tenebrosas encomendas numa estação de correios de Banguecoque faz com que a deambulação se transforme numa demanda através da Tailândia, impulsionando a descoberta do lado mais sombrio deste popular destino de férias.  
Esta é também uma narrativa que nos oferece uma reflexão sobre a brutal indústria do turismo. José Luís Peixoto é o turista que observa o outro turista e, nesse jogo de observação, vê o reflexo de si próprio, enquanto visitante e inevitável consumidor. 

Imprensa:
 «Um dos principais autores da sua geração.» O Estado de São Paulo  
«Há muito tempo que José Luís Peixoto se tornou num dos escritores portugueses imprescindíveis.» El País  
«Um escritor que levanta bem alto a literatura do seu país.» Le Figaro 

Sinopse: 
«Estamos aqui, o caminho também é um lugar.» Entre Banguecoque e Las Vegas, José Luís Peixoto regressa à não-ficção com um livro surpreendente, repleto de camadas, de relações imprevistas, transitando do relato mais íntimo às descrições mais remotas e exuberantes.  O Caminho Imperfeito é, em si próprio, a longa viagem a uma Tailândia para lá dos lugares-comuns do turismo, explorando aspetos menos conhecidos da sua cultura, sociedade, história, religiosidade, entre muitos outros.  A sinistra descoberta de várias encomendas contendo partes de corpo humano numa estação de correios de Banguecoque fará que, com consequências imprevisíveis, a deambulação se transforme em demanda.  Todos os episódios dessa excêntrica investigação formam O Caminho Imperfeito e, ao mesmo tempo, constituem uma busca pelo sentido das próprias viagens, da escrita e da vida.

Sobre o autor:  
José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974. É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em várias universidades nacionais e estrangeiras. Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prémio Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Em 2007, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro, venceu o prémio Libro d'Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu publicado no ano anterior. As suas obras foram ainda finalistas de prémios internacionais, como Femina (França), Impac Dublin (Irlanda) ou Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas, o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2012, publicou Dentro do Segredo – Uma Viagem na Coreia do Norte, a primeira incursão do autor na literatura de viagens. A Galveias, publicado em 2014, seguiu-se Em Teu Ventre, o seu último romance publicado pela Quetzal, em 2015. As suas obras estão traduzidas em mais de vinte idiomas.  
 

20/09/2017

«Nenhuma Verdade se Escreve no Singular», o romance vívido e intrigante de Cláudia Cruz Santos

Nenhuma Verdade se Escreve no Singular
Cláudia Cruz Santos 
N.º de páginas: 232
Data de lançamento: 22 de setembro de 2017 
PVP: € 16,60

Um olhar sensível sobre a vida que deixamos escapar por entre os dedos

Cláudia Cruz Santos, professora universitária e autora de várias obras jurídicas, estreia-se na ficção com um romance bastante real. Fruto da sua larga experiência na área da justiça, «Nenhuma Verdade se Escreve no Singular» expõe um retrato vívido dos nossos tribunais, com personagens complexas, cenários incertos, e uma figura central aparentemente decidida e emancipada mas simultaneamente
hesitante e carente.  

Amália vivia tranquilamente a sua independência e valorizava sua liberdade, nunca tendo planeado constituir família. A par do desaparecimento súbito do homem que ama, a entrada inesperada na sua vida de uma menina de 11 anos, Marta, leva-a a questionar e a mudar o seu estilo de vida. O conforto
da individualidade dá lugar ao incómodo da incerteza, uma insegurança a que a juíza não estava acostumada.  
Um quadro singular, oferecido pelo homem que a deixou, pode conter as respostas para muitas das perguntas de Amália, mas acima de tudo, torna-se paradoxalmente uma metáfora do passado que a aprisiona e da liberdade que ambiciona.  
Com histórias que não caem em lugares-comuns, Cláudia Cruz Santos explora a essência humana, o amor, e a capacidade de seguir em frente. Um olhar sensível sobre o coração e a mente, que apresenta uma perspetiva multifacetada sobre o passar do tempo e as expetativas frustradas. Nas livrarias a 22 de setembro.  

Sinopse:
«A vida pessoal de Amália encolhe ao mesmo ritmo que a atenção prestada à sua vida profissional se expande. Na sua sala de julgamentos entram homicidas, ladrões, traficantes de droga, jogadores de futebol corruptos, repatriados ou vítimas de crimes sexuais. Em sua casa, deixou de entrar o homem que ama, e Marta, a menina que acolheu, sonha regressar ao bairro social onde vivia antes de ser institucionalizada. Amália passa as noites acordada, presa nas suas muitas perguntas sem resposta, a olhar para um quadro misterioso onde uma mulher engaiolada segura, inerte, as chaves que poderia usar para se soltar — até que resolve, ela própria, ir à procura do que significa a palavra «liberdade».

Sobre a autora:
Cláudia Cruz Santos nasceu em Aveiro em 1971. Doutorou-se em Ciências Jurídico-Criminais pela Faculdade de Direito de Coimbra, onde é professora auxiliar e docente de Direito Processual Penal e de Criminologia. Foi a primeira mulher a presidir a um Órgão Disciplinar das competições profissionais de futebol em Portugal, foi assessora do Ministro da Justiça entre 2000 e 2002 e foi uma das representantes portuguesas no Grupo de Estados contra a Corrupção do Conselho da Europa. É autora de várias obras jurídicas já publicadas. Este é o seu primeiro romance. 


 

09/05/2017

«As Coisas que Perdemos no Fogo», um conjunto de narrativas mesmerizantes, inesquecíveis

As Coisas que Perdemos no Fogo
Mariana Enriquez
N.º de páginas: 208
PVP: € 16,60

Nas livrarias o livro da argentina Mariana Enriquez, «As Coisas que Perdemos no Fogo», um inesquecível conjunto de narrativas que está a ser publicado em dezenas de idiomas e tem inflamado escritores, editores e leitores.  
A sua escrita é comparada à de um Poe do século XXI, à de Bolaño  e Cortázar. Com eles partilha temas e, sobretudo, universos inquietantes, sombrios, em que o leitor perde rapidamente o pé e é arrastado para regiões malévolas que o vão assombrar, insidiosamente, durante muito tempo. Mariana Enriquez cruza magistralmente a grande tradição latino-americana com uma voz muito própria - que é feroz, visceral, feminista, política e humorística.  
«Olhou para ele como uma bruxa, como uma assassina, como se tivesse poderes. O motorista deixou-a sair e ela foi a correr até às árvores. Desapareceu numa nuvem de terra quando o autocarro voltou a arrancar. Jamais esqueceremos aquele olhar e aquela rapariga. Não tinha mala nem mochila. Estava vestida com uma roupa demasiado fresca para as noites de outono.»

Respondendo ao estrondoso êxito internacional do livro, a autora está atualmente na Europa, numa tournée literária, com paragem em Lisboa no início de junho, para encontros com leitores e jornalistas.  

Notas de imprensa: 
«Mariana Enriquez é uma escritora hipnotizante que deve ser lida.» Dave Eggers 
«A sua literatura provoca um impacto físico que é difícil encontrar noutra ficção.» Ezequil Acuña, Pág. 12
«Uma brecha através da qual a irracionalidade brilha e onde corpos se entregam às suas excreções e palpitações.» Beatriz Sarlo  
«Breve e fenomenal. Beleza e corrupção enredam-se e transformam-se nos nossos pensamentos e temores mais negros.» Vanity Fair 
«Desconcertante na habilidade com que tira o tapete ao leitor. Histórias sobre os terrores que espreitam a cada esquina e a cada dia.» Kirkus

Sinopse: 

Nestas narrativas do macabro, selvagens, imaginativas e diabolicamente ousadas, Mariana Enriquez, dá uma vida vibrante à Argentina contemporânea, e torna-a num lugar em que a desigualdade, violência e corrupção constituem a lei, e a ditadura militar e milhares de «desaparecidos» se agigantam na memória coletiva.  Mariana Enriquez tem sido comparada a Shirley Jackson e Julio Cortázar. A par da magia negra e dos inquietantes desaparecimentos, estas histórias alimentam-se da compaixão pelos atemorizados ou perdidos, acabando por trazê-los para realidades surpreendentes. Escrito numa prosa hipnótica, As Coisas que Perdemos no Fogo, é uma exploração poderosa do que acontece quando deixamos à solta os nossos desejos mais obscuros e assinala a chegada de uma voz surpreendente e necessária à ficção contemporânea.

Sobre a autora:  
Mariana Enriquez nasceu em Buenos Aires em 1973. Estudou jornalismo na Universidade de La Plata e dirige o suplemento cultural Radar do jornal Pagina 12. Publicou três romances, o primeiro com 22 anos, e uma recolha de histórias – algumas delas também em revistas estrangeiras, como a Granta, a McSweeneys’s ou a New Yorker. As Coisas que Perdemos no Fogo será publicado em mais de vinte idiomas e é a estreia literária de Mariana Enriquez em Portugal. 

 

17/04/2017

«A Brecha», novo romance de João Pedro Porto, chega às livrarias

A Brecha
João Pedro Porto
N.º de páginas: 280 
Data de lançamento: 21 de abril de 2017
PVP: €16,60

«A Brecha», novo romance de João Pedro Porto, chega às livrarias Um santuário da Língua onde se aliam o contemporâneo e a memória.

Lisboa, 13 de abril de 2017 – A Brecha, do escritor açoriano João Pedro Porto, vai chegar às livrarias na sexta-feira, dia 21 de abril, pela Quetzal Editores.

O conteúdo de A Brecha é importante mas mais importante é o seu tom, a sua forma. João Pedro Porto faz uma notável exploração da linguagem, resultando numa obra que vive de poesia, prosa e dramaturgia. Um santuário da Língua onde se aliam o contemporâneo e a memória.

«A memória é assim feita através do critério dos homens de poder. Se os bárbaros estiverem no poder, serão esses que farão a História e, nessa História, as barbaridades não serão mais do que as mais contadas venturas dos heróis, repetidas às crianças nos leitos, pintadas nos frescos e nas abóbadas do sonho e do fantasmagórico. Ora, o que se entende por poder será mais de nuvens do que esta tão simples consideração.»

Sobre João Pedro Porto, Valter Hugo Mãe disse: «Um dos mais exuberantes novos autores portugueses. (…) No universo da ficção, estou convencido de que a literatura portuguesa não conseguia ninguém assim desde Vitorino Nemésio (…) Sabemos que lemos um moço de 30 anos mas reverberam séculos nas suas construções, admiravelmente eruditas na junção do que é literário e do que poderia ser recolhido nas praças mais maduras.»  

Sinopse: 
Em noite de exagerado temporal, um misterioso homem encoberto brota do chão de Sagres. Desmemoriado e desnorteado segue pela costa vicentina. Um outro, aborrecido com a banalidade do seu tempo, decide entrar pela brecha que rompe pela parede do quarto, esperando recuperar coisas esquecidas, como a exploração, a descoberta e até mesmo a conquista. Haverá um vínculo crescentemente claro entre os heróis. Pela brecha viver-se-á uma epopeia, do lugar em que dois mares se suturam até à cidade que deu a ruína e um mito fadado a Portugal. Uma morte dada aos deuses, o cruzamento de mitologias, a viagem pela umbra humana, e muitas outras tramas intrincadas fazem deste livro um santuário da Língua, em que se aliam o contemporâneo e a memória. Nestas páginas, a sedução da narrativa épica e a pujança da poesia e do teatro pedem um leitor pronto à verdadeira aventura literária.

Sobre o autor:  
João Pedro Porto nasceu nos Açores, em abril de 1984. A Brecha é o seu quarto romance, tendo publicado O Rochedo que Chorou, O 2egundo M1nuto e Porta Azul para Macau. Viu também editado, em formato livro, o conto O Homem da Mansarda, e fez parte da primeira antologia coordenada pelo Centro Mário Cláudio, O País Invisível. São também suas as letras do álbum Terra do Corpo, de Medeiros/Lucas. É presença recorrente em diversos jornais de pequena ou grande tiragem, bem como em revistas e suplementos literários. Sobre a sua escrita, Valter Hugo Mãe escreveu: «Reverberam séculos nas suas construções. Um invasor absoluto, um denunciador. João Pedro Porto é cénico, performativo, esdrúxulo, temperamental, mas sem arrogância. Apenas luxuoso, desse luxo de poder fazer.» 













 

09/04/2017

Chegou às livrarias «A Contraluz», de Rachel Cusk

A Contraluz
Rachel Cusk
Género: Literatura / Romance 
N.º de páginas: 232
Data de lançamento: 7 de abril de 2017 
PVP: €16,60

Chegou às livrarias «A Contraluz», de Rachel Cusk «um romance letalmente inteligente»

Lisboa, 7 de abril de 2017 – A Contraluz, de Rachel Cusk, chega hoje às livrarias. Este é o primeiro volume de uma trilogia da qual se publicou recentemente, na língua original, o segundo volume, intitulado Transit. 

«Ponderou sobre o hábito, de toda a vida, de se explicar, e ponderou sobre o poder deste silêncio, cujo resultado era pôr as pessoas fora do alcance umas das outras. Ultimamente, desde o incidente – agora que as coisas se tinham tornado mais difíceis de explicar e que as explicações eram mais agrestes e sombrias – até os seus amigos mais íntimos tinham começado a dizer-lhe para parar de falar sobre aquilo, como se ao falar sobre aquilo ela fizesse com que aquilo continuasse a existir.»

«Rachel Cusk quebra todas as regras.» Independent 
«Um romance letalmente inteligente.» New York Times Book Review 
«Uma peça de prosa das mais ousadamente originais e divertidas que alguma vez li.» Observer 
«Hipnotizante.» New Yorker 
«Brilhante, absorvente, suscita reflexão.» Evening Standard
«Se passar algum tempo a ler este romance, ficará convencido de que Rachel Cusk é uma das mais inteligentes escritoras vivas.» New York Book Review 
«Um livro de se apreende com uma certa sensação onírica, mas com arestas bem vivas.» Spectator

Rachel Cusk participará no festival literário LeV – Literatura em Viagem –, que terá lugar em Matosinhos, de 12 a 14 de maio. Prevê-se ainda uma curta estadia em Lisboa, em que se promoverá o contacto da autora com jornalistas.


Sinopse: 
Uma mulher chega a Atenas, no pico do verão, para lecionar um curso de escrita. Aí chegada, torna-se a audiência de uma cadeia de narrativas, à medida que as pessoas que vai encontrando lhe contam, à vez, a história das suas vidas. Começando com o vizinho do lado, no avião, durante o voo de ida – com as suas histórias de barcos desportivos e casamentos falhados –, os narradores falam dos seus amores, ambições, sofrimentos e perceção da vida do dia a dia. Com o calor abrasador e os ruídos da cidade em pano de fundo, a sequência de vozes vai tecendo uma complexa tapeçaria humana: a experiência da perda, a natureza da vida familiar, o difícil que é a intimidade.  
Primeiro volume de uma trilogia em que Rachel Cusk usa este novo artifício narrativo na sua obra: depois da sobre-exposição do eu nos livros anteriores, aqui, a figura de Faye esbate-se até à quase invisibilidade, a um contorno, transformando-se no veículo do que os outros dizem.

Sobre a autora:  
Rachel Cusk nasceu em 1967 e é autora de nove romances. Foi galardoada com o prémio Whitbread para primeiro romance, com o prémio Somerset Maugham e foi várias vezes finalista de outros tantos, como o Whitbread e o Orange. Em 2003 foi escolhida pela Granta como uma das melhores jovens romancistas. 

 

25/03/2017

«Hoje Estarás Comigo no Paraíso», o regresso de Bruno Vieira Amaral



Hoje Estarás Comigo no Paraíso
Bruno Vieira Amaral
Género: Literatura / Romance
N.º de páginas: 368
Data de lançamento: 7 de abril de 2017
PVP: € 17,70

«Hoje Estarás Comigo no Paraíso», o regresso de Bruno Vieira Amaral 

Vencedor do Prémio Literário José Saramago 2015 lança o seu segundo romance  

Bruno Vieira Amaral recebeu todos os prémios literários de prestígio em Portugal: o Prémio Saramago 2015, o Prémio Pen para Narrativa 2013, o Prémio Fernando Namora 2013 e o Prémio Time Out para Livro do Ano 2013. A 7 de abril, chega às livrarias «Hoje Estarás Comigo no Paraíso», o seu mais recente romance, que o confirma como uma das mais interessantes vozes no panorama ficcional português.  
Partindo de acontecimentos reais, «Hoje Estarás Comigo no Paraíso» faz a investigação literária do homicídio do primo João Jorge, e usa essa mesma investigação para reconstruir e recuperar memórias pessoais e familiares.  
«Para mim, João Jorge nasceu na noite em que o mataram, nas hortas a caminho da Vila Chã. A minha avó materna dizia que, naquela madrugada, ouviu gritos perto do cemitério e, mesmo antes de ter ido à varanda, curiosa e apavorada e sem acender a luz, soube logo que acontecera uma grande desgraça. Até ao fim da vida, quando falava de João Jorge, repetia os passos daquela madrugada distante, ia até à varanda, apontava para o lugar onde antigamente ficavam as hortas e dizia que naquela noite amarga, enquanto lavava a loiça, ouvira uns gritos assustadores, como se estivessem a matar porcos. No dia seguinte – e disto lembro-me perfeitamente – carregada com os sacos de compras, ofegantes e muito vermelha, nem esperou para entrar em casa: «Mataram aquele teu primo, o João Jorge», disse.», é o primeiro parágrafo do mais recente romance de Bruno Vieira Amaral.  

Inspirado por autores como Nelson Rodrigues, W.G. Sebald e Mario Vargas Llosa, entre outros, Bruno Vieira Amaral publicou em 2014 o romance «As Primeiras Coisas», que lhe valeu a distinção dos mais importantes prémios literários e a aclamação da crítica e leitores. 

Sinopse:  
Em Hoje Estarás Comigo no Paraíso, Bruno Vieira Amaral, desenha uma investigação do assassínio do primo João Jorge - morto no bairro em que ambos viviam no início dos anos 80 - e usa essa investigação como estratégia de recuperação e construção da sua própria memória: a infância, a família, o bairro e as suas personagens, Angola antes da Independência e nos anos que se lhe seguiram, e a figura (ausente) do pai. 
Na reconstituição da personalidade e do percurso da vítima, da noite em que tudo aconteceu, na apropriação que o narrador faz de uma ligação com João Jorge (mais ou menos forjada pelos mecanismo da memória) - e de que faz parte essa busca mais ampla das dobras do tempo e do esquecimento - são utilizados os mais diversos materiais: arquivos da imprensa da época, arquivos judiciais, testemunhos de amigos e familiares, e a literatura, propriamente dita - como uma possibilidade de verdade, sempre.

Sobre o autor:  
Bruno Vieira Amaral estudou História Contemporânea e é crítico literário, ensaísta e romancista. O seu primeiro romance, «As Primeiras Coisas», foi distinguido com variadíssimos prémios e mereceu, em 2016, a nomeação de Uma das Dez Novas Vozes da Europa (Ten New Voices from Europe), escolhidas pelos jurados da plataforma Literature Across Frontiers.

Imprensa:  
«Bruno Vieira Amaral tem o génio do detalhe, sabe descrever a quinquilharia dos indigentes, usa o calão com justeza, evoca detalhes especiais que dizem tudo.» Pedro Mexia, Expresso   
«O romance de estreia de Bruno Vieira Amaral confirma uma grande solidez. E traz uma personagem coletiva, o Bairro Amélia, que talvez tenha vindo para ficar no imaginário literário português.» Isabel Lucas, Público   
«Um muito original romance de estreia, escrito com grande maturidade estética e forte conhecimento da realidade descrita. O anúncio de um futuro grande escritor.» Miguel Real, Jornal de Letras   
«O epílogo, em tom elegíaco, traz-nos páginas que estão entre as mais belas da literatura portuguesa recente, confirmando o fôlego raro desta estreia triunfal.» José Mário Silva, Expresso

19/03/2017

Chegou às livrarias «História Natural da Destruição», de W.G. Sebald

História Natural da Destruição
W.G. Sebald
N.º de páginas: 144 
PVP: €15,50  

Guerra aérea e literatura  
Lisboa, 17 de março de 2017 – História Natural da Destruição, do escritor alemão W.G. Sebald, chegou às livrarias na passada sexta-feira, pela Quetzal Editores.  
Este é um título que se encontrava esgotado em Portugal há vários anos. Em História Natural da Destruição, Sebald descreve a devastação da Alemanha imposta pelos bombardeamentos dos aliados, a destruição dos centros urbanos e as vítimas civis, meditando ainda sobre o subsequente silêncio da maioria dos escritores de língua alemã no período pós-guerra.  
«Os aspetos mais negros do último ato da destruição tornaram-se uma espécie de tabu, como um segredo de família vergonhoso pelo qual as pessoas nem no seu foro privado podiam responder. De todas as obras literárias criadas até ao fim dos anos 40, talvez somente Der Engel schwieg de Henrich Böll proporcione uma imagem aproximada da profundidade do abismo que então ameaçava quem verdadeiramente olhasse as ruínas em redor.»

«Tão estranha quão convincente, assim é a força invulgar da linguagem de Sebald, a sua seriedade festiva, a sua maleabilidade, a sua precisão.» Susan Sontag 
«W.G. Sebald é dotado de uma capacidade percetiva alucinantemente apurada.» Der Spiegel 
«Sebald tem o calibre de Nabokov, a mesma majestosa leveza.» Chicago Tribune 

Sinopse: 
Uma tese provocadora: a literatura falhou perante o horror da guerra aérea. Com grande agudeza analítica e riqueza de material, Sebald rasga uma ferida na literatura do pós-guerra que até hoje não fechou. Os escritores não souberam lidar com a destruição das cidades, com as vítimas civis, os órfãos e os que perderam tudo.

«Apesar dos denodados esforços para vencer o passado, quer-me parecer que os alemães são hoje um povo nitidamente cego para a História e falho de tradição. Não conhecemos o interesse apaixonado pela maneira de viver anterior e pelas especificidades da nossa civilização do modo que é patente, por exemplo, na cultura da Grã-Bretanha em geral. E quando olhamos para trás, em particular para os anos de 1930 a 1950, é sempre com um olhar que ao mesmo tempo se foca e se desvia. As produções dos autores alemães do pós-guerra são por isso marcadas por uma meia consciência ou falsa consciência destinada a consolidar a posição extremamente precária dos escritores numa sociedade que, moralmente, está de todo desacreditada.»  Do prefácio.

Sobre o autor:

W.G. Sebald nasceu em 1944, em Wertach, na Alemanha. Viveu desde 1970 em Norwich, no Reino Unido, onde foi docente de Literatura Alemã. Prosador e ensaísta, é autor de de livros que marcaram a literatura contemporânea, tendo sido galardoado com os prémios literários Mörike, Heinrich-Böll, Heinrich-Heine e Joseph-Breitbach. W.G. Sebald morreu em dezembro de 2001.