24/10/2017

«O Livro de Emma Reyes - Memória por Correspondência» - Um impressionante relato pessoal, que nos faz pensar em Dickens transposto para o século XX

Título: O Livro de Emma Reyes
Género: Prosa / Biografia / Memórias / Cartas
N.º de páginas: 240
PVP: € 17,70

Um impressionante relato pessoal em vinte e três cartas, que nos faz pensar em Dickens transposto para o século XX.
 
O Livro de Emma Reyes – Memória por Correspondência relata as memórias da duríssima infância – de abandono e exploração – da pintora colombiana Emma Reyes. É também uma história de superação de inimagináveis circunstâncias por parte de uma mulher conduzida pela sua vontade férrea de liberdade.
Quando surgiu pela primeira vez na Colômbia, em 2012, quase dez anos após a morte da autora, esta autobiografia epistolar foi imediatamente considerada como um clássico. Em 23 cartas dirigidas ao amigo Germán Arciniegas, Reyes conta a história da sua infância e juventude, sem artifícios nem sentimentalismos, mas com competência e encanto narrativo raros. Publicado em mais de uma dezena de países, o livro conta com introdução de Leila Guerriero e dois textos finais, um por Gérman Arciniegas e outro por Diego Garzón.
Emma Reyes (1919-2003) nasceu na mais absoluta pobreza, em Bogotá. Criança ilegítima e abandonada, foi uma adolescente analfabeta até aos 18 anos. Tornou-se depois pintora, trabalhando e convivendo com artistas e intelectuais do seu tempo. Embora não se tenha tornado famosa, era recordada, à data da sua morte, como “mama grande” por artistas e escritores latino americanos em França e como uma maravilhosa contadora de histórias. Emma dizia do seu trabalho artístico: «É verdade que a minha pintura são gritos sem correntes de ar» e os artistas que a rodeavam reconheciam as qualidades narrativas da sua obra: «O Luis Caballero diz que eu não pinto os meus quadros, mas que os escrevo»
A regularidade da correspondência que enviava a Arciniegas sofreu uma interrupção, no momento em que o historiador, entusiasmado com a qualidade literária da escrita de Reyes, decidiu partilhar as cartas com outro famoso colombiano: Gabriel García Márquez. Semanas mais tarde, Gabo ligou a Emma para lhe dizer o quanto as tinha apreciado, e esta respondeu com fúria. Durante muito tempo a pintora não voltou a escrever a Arciniegas.
Esta é uma correspondência capaz de transcender o tempo em que foi escrita, fixando os contornos de uma vida excecional.

Notas de imprensa: 
«Depois de tanta dor, o leitor sai reconciliado com a Humanidade, porque, acompanhando a autora, vê o renascer da esperança dessa adolescente fugitiva que, no fim, vai poder voltar a começar.»  La Vanguardia 
«Ainda que sem intuito estético, cada página exala uma fria e escabrosa beleza. (…) A criação artística é outro ato de amor e talvez a conquista mais alta da nossa espécie.» El Cultural 
«À medida que lemos, nós leitores também crescemos – a golpes.» Babelia, El País 
«Uma incrível biografia a todos os níveis, mas o mais admirável é a clareza do olhar, a lembrança sem qualquer tipo de sentimentalismo de uma infância difícil.» Paris Review 
«À altura de um romance de Dickens. Tão verdadeiro e sincero, credível em cada frase, mesmo nas mais incríveis. Um livro com um valor literário extraordinário.» Mariana Enriquez   

 
Sobre a autora:
Emma Reyes foi uma pintora colombiana. Nasceu em 1919 em Bogotá, onde viveu uma infância miserável num bairro de lata. Mais tarde, foi acolhida num convento, onde passou 15 anos de clausura e trabalhos pesados. Quando conseguiu fugir, viajou por toda a América Latina, rumando a seguir à Europa. Formou-se em Paris, trabalhou no estúdio de Diego Rivera no México, mas também viveu e trabalhou em Capri, Veneza, Florença e Roma. Instalou-se definitivamente em França em 1960, casando--se em segundas núpcias com Jean Perromat, um médico francês. Emma Reyes morreu em Bordéus, em 2003.

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