25/03/2017

«Hoje Estarás Comigo no Paraíso», o regresso de Bruno Vieira Amaral



Hoje Estarás Comigo no Paraíso
Bruno Vieira Amaral
Género: Literatura / Romance
N.º de páginas: 368
Data de lançamento: 7 de abril de 2017
PVP: € 17,70

«Hoje Estarás Comigo no Paraíso», o regresso de Bruno Vieira Amaral 

Vencedor do Prémio Literário José Saramago 2015 lança o seu segundo romance  

Bruno Vieira Amaral recebeu todos os prémios literários de prestígio em Portugal: o Prémio Saramago 2015, o Prémio Pen para Narrativa 2013, o Prémio Fernando Namora 2013 e o Prémio Time Out para Livro do Ano 2013. A 7 de abril, chega às livrarias «Hoje Estarás Comigo no Paraíso», o seu mais recente romance, que o confirma como uma das mais interessantes vozes no panorama ficcional português.  
Partindo de acontecimentos reais, «Hoje Estarás Comigo no Paraíso» faz a investigação literária do homicídio do primo João Jorge, e usa essa mesma investigação para reconstruir e recuperar memórias pessoais e familiares.  
«Para mim, João Jorge nasceu na noite em que o mataram, nas hortas a caminho da Vila Chã. A minha avó materna dizia que, naquela madrugada, ouviu gritos perto do cemitério e, mesmo antes de ter ido à varanda, curiosa e apavorada e sem acender a luz, soube logo que acontecera uma grande desgraça. Até ao fim da vida, quando falava de João Jorge, repetia os passos daquela madrugada distante, ia até à varanda, apontava para o lugar onde antigamente ficavam as hortas e dizia que naquela noite amarga, enquanto lavava a loiça, ouvira uns gritos assustadores, como se estivessem a matar porcos. No dia seguinte – e disto lembro-me perfeitamente – carregada com os sacos de compras, ofegantes e muito vermelha, nem esperou para entrar em casa: «Mataram aquele teu primo, o João Jorge», disse.», é o primeiro parágrafo do mais recente romance de Bruno Vieira Amaral.  

Inspirado por autores como Nelson Rodrigues, W.G. Sebald e Mario Vargas Llosa, entre outros, Bruno Vieira Amaral publicou em 2014 o romance «As Primeiras Coisas», que lhe valeu a distinção dos mais importantes prémios literários e a aclamação da crítica e leitores. 

Sinopse:  
Em Hoje Estarás Comigo no Paraíso, Bruno Vieira Amaral, desenha uma investigação do assassínio do primo João Jorge - morto no bairro em que ambos viviam no início dos anos 80 - e usa essa investigação como estratégia de recuperação e construção da sua própria memória: a infância, a família, o bairro e as suas personagens, Angola antes da Independência e nos anos que se lhe seguiram, e a figura (ausente) do pai. 
Na reconstituição da personalidade e do percurso da vítima, da noite em que tudo aconteceu, na apropriação que o narrador faz de uma ligação com João Jorge (mais ou menos forjada pelos mecanismo da memória) - e de que faz parte essa busca mais ampla das dobras do tempo e do esquecimento - são utilizados os mais diversos materiais: arquivos da imprensa da época, arquivos judiciais, testemunhos de amigos e familiares, e a literatura, propriamente dita - como uma possibilidade de verdade, sempre.

Sobre o autor:  
Bruno Vieira Amaral estudou História Contemporânea e é crítico literário, ensaísta e romancista. O seu primeiro romance, «As Primeiras Coisas», foi distinguido com variadíssimos prémios e mereceu, em 2016, a nomeação de Uma das Dez Novas Vozes da Europa (Ten New Voices from Europe), escolhidas pelos jurados da plataforma Literature Across Frontiers.

Imprensa:  
«Bruno Vieira Amaral tem o génio do detalhe, sabe descrever a quinquilharia dos indigentes, usa o calão com justeza, evoca detalhes especiais que dizem tudo.» Pedro Mexia, Expresso   
«O romance de estreia de Bruno Vieira Amaral confirma uma grande solidez. E traz uma personagem coletiva, o Bairro Amélia, que talvez tenha vindo para ficar no imaginário literário português.» Isabel Lucas, Público   
«Um muito original romance de estreia, escrito com grande maturidade estética e forte conhecimento da realidade descrita. O anúncio de um futuro grande escritor.» Miguel Real, Jornal de Letras   
«O epílogo, em tom elegíaco, traz-nos páginas que estão entre as mais belas da literatura portuguesa recente, confirmando o fôlego raro desta estreia triunfal.» José Mário Silva, Expresso

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