Opinião:
Conheci a autora na FLL,é uma simpatia, quanto à minha opinião sobre os seus livros, tem sido de
altos e baixos, ao contrário da maioria das pessoas por exemplo o livro A filha
da minha melhor amiga, não me arrebatou, gostei mais de outros livros, mas
posso afirmar que de todos os que já li, este, A Amiga, foi o que gostei mais,
fiquei completamente absorvida durante toda a leitura.
Acho que quem leu Pequenas
Grandes Mentiras, de Liane Moriarty, não vai deixar de sentir que existem semelhanças, porque a história de ambos envolve pais, crianças, uma
escola e um acontecimento marcante, mas é só isso.
A acção decorre em
Brighton, no Reino Unido, e o enredo gira em volta do que aconteceu a Yvonne,
a mãe mais “popular”, foi agredida e deixada às portas da morte no pátio da
escola, as outras mães com quem se dava melhor, a Maxie, Anaya e Hazel são à
partida suspeitas.
Depois temos Cece, que é nova no sitio, os
filhos vão iniciar o ano lectivo, não conhece ninguém, sabe superficialmente o
que se passou com Yvonne e quem são as suas amigas mais intimas, não
conseguindo despir-se da sua faceta profissional, como investigadora Cece vai
esmiuçar e tentar descobrir o que de facto aconteceu.
Achei que a forma com está narrada
esta história, do ponto de vista das quatro personagens, confunde e intriga-nos, dá a visão
de cada uma, vai desvendando segredos do passado, que não queriam que se
soubesse, e sem dúvida que a máxima de que as aparências iludem, aplica-se a estas mulheres, no
fundo ninguém é o que que parece. Pensamos que são personagens fúteis, mas
aquilo que escondem do passado faz o leitor ter uma percepção muito diferente de
cada uma delas, vamos percebendo que todas tem telhados de vidro.
A verdade é que autora soube criar um enredo
engenhoso em torno destas mulheres, da sua amizade, expondo a sua vida, revelando o lado
obscuro de cada uma delas, levanta suspeitas para de seguida as
descartar, faz-nos pensar que o/a culpado/a é um, quando na verdade é alguém que não
esperávamos, gostei das reviravoltas que esta história dá, agarra-nos, e ainda consegue surpreender-nos no final, em suma é um
livro de leitura compulsiva, gostei muito.
(Lido em Agosto)
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