13/09/2017

A Amiga, de Dorothy Koomson



Opinião:
Conheci a autora na FLL,é uma simpatia, quanto à minha opinião sobre os seus livros, tem sido de altos e baixos, ao contrário da maioria das pessoas por exemplo o livro A filha da minha melhor amiga, não me arrebatou, gostei mais de outros livros, mas posso afirmar que de todos os que já li, este, A Amiga, foi o que gostei mais, fiquei completamente absorvida durante toda a leitura.
Acho que quem leu Pequenas Grandes Mentiras, de Liane Moriarty, não vai deixar de sentir que existem semelhanças, porque a  história de ambos envolve pais, crianças, uma escola e um acontecimento marcante, mas é só isso.
A acção decorre em Brighton, no Reino Unido, e o enredo gira em volta do que aconteceu a Yvonne, a mãe mais “popular”, foi agredida e deixada às portas da morte no pátio da escola, as outras mães com quem se dava melhor, a Maxie, Anaya e Hazel são à partida suspeitas.
Depois temos Cece, que é nova no sitio, os filhos vão iniciar o ano lectivo, não conhece ninguém, sabe superficialmente o que se passou com Yvonne e quem são as suas amigas mais intimas, não conseguindo despir-se da sua faceta profissional, como investigadora Cece vai esmiuçar e tentar descobrir o que de facto aconteceu.
Achei que a forma com está narrada esta história, do ponto de vista das quatro personagens, confunde e intriga-nos, dá a visão de cada uma, vai desvendando segredos do passado, que não queriam que se soubesse, e sem dúvida que a máxima de que as aparências iludem, aplica-se a estas mulheres, no fundo ninguém é o que que parece. Pensamos que são personagens fúteis, mas aquilo que escondem do passado faz o leitor ter uma percepção muito diferente de cada uma delas, vamos percebendo que todas tem telhados de vidro.
A verdade é que autora soube criar um enredo engenhoso em torno destas mulheres, da sua amizade, expondo a sua vida, revelando o lado obscuro de cada uma delas, levanta suspeitas para de seguida as descartar, faz-nos pensar que o/a culpado/a é um, quando na verdade é alguém que não esperávamos, gostei das reviravoltas que esta história dá, agarra-nos, e ainda consegue surpreender-nos no final, em suma é um livro de leitura compulsiva, gostei muito.

(Lido em Agosto)


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