«Espantoso,
cativante, convincente. A história por contar da relação do Terceiro Reich com
as drogas, incluindo cocaína, heroína, morfina e, sobretudo, metanfetaminas.
Altera o que pensávamos saber sobre a Segunda Guerra Mundial.» — The Guardian
«Um livro verdadeiramente extraordinário» —
BBC News
«Fantástico
e energético. Reconta a história da guerra pelo prisma de um comprimido. Tem a
capacidade incomum de perturbar.» — The Times
Delírio Total: Hitler e as Drogas no
Terceiro Reich, do romancista premiado, argumentista e jornalista alemão Norman Ohler (Ed. Vogais | 320 pp| 18,79€), nasce de uma investigação
meticulosa que expõe uma perspetiva surpreendente da Segunda
Guerra Mundial: a elevada dependência de drogas da Alemanha nazi,
nomeadamente de cocaína, opiáceos e, sobretudo, metanfetaminas.
O regime nazi
pregava uma ideologia de pureza física, mental e moral. Mas, como Norman Ohler
revela nesta envolvente história baseada em fontes até agora inéditas, o
Terceiro Reich estava saturado de drogas: cocaína, opiáceos e, sobretudo,
metanfetaminas, usadas por toda a gente — de operários fabris a donas de casa —
e vitais para a resistência das tropas, explicando, em parte, o rápido avanço e
a vitória alemã em 1940. O uso promíscuo de drogas, inclusive ao mais alto
nível, também afetou a tomada de decisões, com Hitler e o seu séquito a
refugiarem-se em cocktails de estimulantes potencialmente letais, administrados
pelo médico Theo Morell, incapazes de reverter o curso da guerra, que se virava
contra a Alemanha.
Embora as drogas
por si só não possam explicar as tóxicas teorias raciais dos nazis ou os
acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, esta descoberta leva-nos a ver os
crimes de guerra cometidos contra a humanidade a uma nova luz. Delírio
Total é, assim, uma peça crucial para entendermos a História
mundial.
Este livro
entra na pele de assassinos em massa ávidos de sangue e de um povo obediente
que era necessário limpar de todo o veneno, racial ou outro, penetrando nas
suas veias e artérias. Nelas não corria a pureza ariana mas sim a química
alemã, por sinal bastante tóxica. E isto porque, onde a ideologia já não
conseguia chegar, e apesar de todas as proibições, dava-se uma ajuda com
substâncias farmacológicas excitantes e estimulantes, que não eram reprimidas,
tanto na base como no topo. Hitler também fez o mesmo, tal como as próprias
Forças Armadas, que recorreram, em grande dimensão, à substância estimulante
metanfetamina (hoje conhecida como crystal meth) para as suas campanhas de
conquista. Na sua manipulação das drogas, esses criminosos mostraram uma
hipocrisia cuja revelação esclarece agora aspetos decisivos do que fizeram.
Caiu uma máscara que nunca pudemos saber que existia. — Norman Ohler
Norman Ohler é
um romancista premiado, argumentista e jornalista alemão. Passou cinco anos a
pesquisar para Delírio Total em numerosos arquivos na Alemanha e nos
Estados Unidos, e falou com testemunhas, historiadores militares e médicos. Publicou três
romances, um dos quais o primeiro romance hipertexto do mundo, e coescreveu o
argumento do filme de Wim Wenders, Palermo Shooting. Mais sobre o autor:
www.normanohler.de
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