«Uma meditação ponderada e sarcástica do preço da fama.» — The New York Times Book Review
Há muito tempo, num estúdio em Inglaterra...
«Passei
tantos anos a não contar que eu e o Harrison tivemos um caso durante o
primeiro filme Star Wars, que é difícil saber exatamente como contá‑lo
agora.»
Quando Carrie Fisher descobriu os diários que manteve durante as filmagens do primeiro Star Wars,
ficou surpreendida com o que encontrou: poemas lamurientos, meditações
ingénuas, e uma vulnerabilidade que mal conseguiu reconhecer. Hoje, a
sua fama enquanto autora, atriz e ícone da cultura pop é indiscutível,
mas, em 1977, Carrie era uma adolescente com uma paixão pelo seu
coprotagonista, Harrison Ford.
Os excertos partilhados em Os Diários da Princesa (Ed. Vogais | 272 pp | 18,79€ | 18 de setembro) são uma lembrança íntima e reveladora do que aconteceu no set de
um dos mais famosos filmes de sempre — e o que se passou nos
bastidores. É também uma reflexão sobre as alegrias e a loucura da
celebridade, e o absurdo de uma vida nascida na realeza de Hollywood,
ultrapassada pela sua própria realeza uma galáxia distante.
Divertido, hilariante e memorável, Os Diários da Princesa proporcionam uma visão perspicaz do tipo de estrelato que poucos alguma vez viverão.
EXCERTOS
«Eu gostava de
ser a Princesa Leia. Ou de que a Princesa Leia fosse eu. Com o tempo,
achei que nos fundíramos numa só. Acho que ninguém pode pensar na Leia
sem eu estar latente algures. E não me refiro a masturbação. Portanto, a
Princesa Leia somos nós.»
«Se
eu andasse no liceu em vez de a fazer espetáculos com a minha mãe,
teria tido acesso aos locais mais adequados ao aparecimento das minhas
emoções de adolescente. Teria vivido uma vida de adolescente. Mas dado
não estar a desfrutar dessa vida, passava a vida apaixonada por homens
gays. Além do Lynn, também houve o Albert, bailarino no show da Broadway Irene,
com a Debbie. Era atraente e gay (apesar de, na minha opinião pouco
informada, não se perceber) e costumávamos curtir nos camarins. A minha
mãe estava ao corrente, por isso, que merda era aquela? Eu só tinha 15
anos e era um fruto apetecido, mas ilegal. A minha mãe disse:
—
Se vais fazer sexo com o Albert, se quiseres eu posso assistir e dar
indicações. Para ser justa, nessa altura a minha mãe andava mesmo de
cabeça perdida. Toda a vida dela se desmoronava, por isso ela tentava
escora‑la providenciando algum amor de mãe aberto e/ou excêntrico.»
SOBRE A CARRIE FISHER
Carrie Fisher foi
atriz, escritora e humorista. De nacionalidade americana, foi famosa
desde o seu nascimento, em 1956, fruto da celebridade dos pais, Debbie
Reynolds e Eddie Fisher. Tornou-se um ícone de impacto mundial ao
interpretar a Princesa Leia na série Star Wars, papel que a havia de acompanhar ao longo de toda a vida e carreira, e que levaria a Disney a atribuir-lhe o título de Disney Legend postumamente, em 2017.
Combateu,
ao longo da vida, o distúrbio bipolar que lhe foi diagnosticado, e
tornou-se uma das vozes públicas mais importantes a advogar pela causa
das doenças mentais. Faleceu, de ataque cardíaco, em dezembro de 2016.
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