A Mente Aprisonada
Czeslaw Milosz
(Cavalo de Ferro)
Pàginas: 320
PVP: 20,99€
— Ensaio
«Alinhando com os que gaguejam e balbuciam na tentativa de dar voz ao seu
desespero solitário, poderia eu ficar a andar de cá para lá na espessa alcatifa
do meu apartamento num bairro para privilegiados enquanto saboreava
Shakespeare? — Czeslaw
Milosz
Publicada originalmente em 1953, escrita por Milosz durante o seu tempo
de exílio em Paris, A Mente Aprisionada é
considerada uma obra fundamental e um clássico no estudo do totalitarismo.
Através de pequenas narrativas biográficas de intelectuais polacos e a sua
relação com o regime comunista em vigor, Milosz, Prémio
Nobel de Literatura em 1980, descreve o domínio social completo que este exerceu à
época ao subjugar o espírito e as ideias por meio da «transmissão orgânica» de
um pensamento único.
Milosz ilumina e resume essa Visão do Mundo e a obediência ao seu
Método sedutor e persuasivo num conjunto de textos inovadores e precursores, à
época polémicos, que anteciparam as dissidências e denúncias posteriores ao
estalinismo. O estilo narrativo único, incisivo e sardónico, erudito e
eloquente, que conjuga reflexão filosófica e política com a descrição
biográfica quase ficcional, fazem de A Mente Aprisionada uma obra única e
incontornável da literatura ensaística, e um dos livros mais influentes e
inspiradores alguma vez escritos sobre o tema. Estava, até hoje, inédita em
Portugal.
«Deu-nos uma descrição da cultura
totalitária como mais ninguém o fez.» — The Sunday Times
«Um livro assustador. Tem de ser lido.» — The
Guardian
Sobre o autor:
Czeslaw Milosz (1911-2004), romancista, ensaísta e poeta, Prémio Nobel de Literatura em 1980, é
considerado uma das figuras cimeiras da cultura europeia e da literatura e
poesia do séc. XX. Nascido na Lituânia, transcorreu grande parte da sua
infância na Rússia czarista, onde o seu pai trabalhava como engenheiro. Depois
da I Grande Guerra, a sua região natal é integrada no novo estado polaco e
Milosz torna-se cidadão desse país. Recebe uma educação católica. Colabora com
a resistência em Varsóvia durante a ocupação nazi, escrevendo e publicando de
forma clandestina vários artigos e livros.
Terminada a guerra, Milosz
integra o corpo diplomático do novo governo comunista sob orientação de Moscovo
e estabelece-se como adido cultural em Paris. Em 1951, abandona o seu cargo e
opta pelo exílio político. Aceita depois o convite para lecionar na
Universidade da Califórnia Berkeley. Tornou-se cidadão norte-americano em
1970. Entre as suas obras, além dos
volumes de poesia que lhe valeram o prémio Nobel, destacam-se os romances, The Seizure of Power (1953) e The Issa Valley (1955), os volumes de
ensaios, A Mente Aprisionada (1953), Native Realm (1958), Visions from San Francisco (1969), The Land of Ulro (1977), A Year of the Hunter (1994) e Milosz’s ABC’s (1997).
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