02/08/2018

Livro de memórias de Miguel Sousa Tavares é o título mais vendido neste Verão



Livro de memórias de Miguel Sousa Tavares
é o título mais vendido neste Verão

Há 10 semanas no topo das vendas nacionais, CEBOLA CRUA COM SAL E BROA é o bestseller deste verão em Portugal

O novo livro do escritor Miguel Sousa Tavares, Cebola Crua com Sal e Broa, nas livrarias desde final de maio, mantém-se no TOP dos mais vendidos desde que foi publicado.
Miguel Sousa Tavares quando começou a ir de férias com a família para o Algarve

Neste novo livro, Miguel Sousa Tavares visita pela primeira vez os tempos da sua infância e os momentos históricos que teve a sorte de viver de perto, num registo único e inesperado sobre as suas memórias mais antigas. Dos anos que viveu a norte, numa Quinta no Marão, aos verões passados a sul, na Praia Dona Ana, o escritor atravessa literalmente o país enquanto evoca memórias familiares, políticas e sociais.
Nas palavras do jornalista João Céu e Silva, o novo livro do escritor português tem apenas um problema: é de leitura rápida, não chega nem para a primeira semana de férias…

Para além de Cebola Crua com Sal e Broa, a editora Clube do Autor tem também integrado o TOP 10 dos livros mais vendidos neste verão com os títulos Chama-me pelo Teu Nome (André Aciman), A Livraria (Penelope Fitzgerald), ambos recém adaptados para cinema, e Uma Certa Forma de Vida (Helena Sacadura Cabral). 

Excerto de Cebola Crua com Sal e Broa (sobre as memórias de férias do autor no Algarve nos anos 60):
Quando o dia seguinte amanheceu, começámos por descobrir uma casa, onde ninguém ia há anos, coberta de teias de aranha e insectos mortos, portas que rangiam e janelas empenadas. Mas, assim que abrimos a portada para o terraço sobre a praia, ali estava ele. Um mar quieto e translúcido com grandes rochas plantadas lá no meio, uma praia semideserta, só com alguns barcos de pescadores que organizavam passeios a remo às grutas da Ponta da Piedade, e umas arribas rodeando todo o areal, vermelhas, castanhas, douradas, e eternamente sobrevoadas por bandos de gaivotas soltando os seus gritos de alegria pelo esplendor da manhã. O sol era frontal e limpo, embora a luz, reflectida nas arribas, fosse quente e suave. Cheirava, de facto, muito pouco a iodo, mas sim a figos de mel e a alfarrobas. Mas havia muito mais para descobrir, além de uma fantástica praia, das muitas ainda não exploradas do Algarve, e de um banho de mar diferente, para incomparavelmente melhor, daquilo a que estava habituado: água quente, transparente e mansa, búzios, anémonas, algas, flores marinhas, camarões, polvos, chocos, toda a espécie de peixes dividindo o banho comigo.


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