Livro de
memórias de Miguel Sousa Tavares
é o título mais
vendido neste Verão
Há 10 semanas no topo
das vendas nacionais, CEBOLA CRUA COM SAL E BROA é o bestseller deste verão em Portugal
O novo livro do escritor Miguel Sousa Tavares, Cebola Crua com Sal e Broa, nas livrarias desde final de maio,
mantém-se no TOP dos mais vendidos desde que foi publicado.
Miguel Sousa Tavares quando começou a ir de férias com a família para o
Algarve
Neste novo livro, Miguel Sousa
Tavares visita pela primeira vez os tempos da sua infância e os momentos
históricos que teve a sorte de viver de perto, num registo único e inesperado
sobre as suas memórias mais antigas. Dos anos que viveu a norte, numa Quinta no
Marão, aos verões passados a sul, na Praia Dona Ana, o escritor atravessa
literalmente o país enquanto evoca memórias familiares, políticas e sociais.
Nas palavras do jornalista João Céu
e Silva, o novo livro do escritor português tem apenas um problema: é de leitura rápida, não chega nem para a
primeira semana de férias…
Para além de
Cebola Crua com Sal e Broa, a
editora Clube do Autor tem também integrado o TOP 10 dos livros mais vendidos
neste verão com os títulos Chama-me pelo Teu Nome (André
Aciman), A Livraria (Penelope Fitzgerald), ambos recém adaptados para
cinema, e Uma Certa Forma de Vida (Helena
Sacadura Cabral).
Excerto de Cebola Crua com Sal e
Broa (sobre as memórias de férias do autor no Algarve nos anos 60):
Quando o dia seguinte
amanheceu, começámos por descobrir uma casa, onde ninguém ia há anos, coberta
de teias de aranha e insectos mortos, portas que rangiam e janelas empenadas.
Mas, assim que abrimos a portada para o terraço sobre a praia, ali estava ele.
Um mar quieto e translúcido com grandes rochas plantadas lá no meio, uma praia
semideserta, só com alguns barcos de pescadores que organizavam passeios a remo
às grutas da Ponta da Piedade, e umas arribas rodeando todo o areal, vermelhas,
castanhas, douradas, e eternamente sobrevoadas por bandos de gaivotas soltando
os seus gritos de alegria pelo esplendor da manhã. O sol era frontal e limpo,
embora a luz, reflectida nas arribas, fosse quente e suave. Cheirava, de facto,
muito pouco a iodo, mas sim a figos de mel e a alfarrobas. Mas havia muito mais
para descobrir, além de uma fantástica praia, das muitas ainda não exploradas
do Algarve, e de um banho de mar diferente, para incomparavelmente melhor,
daquilo a que estava habituado: água quente, transparente e mansa, búzios,
anémonas, algas, flores marinhas, camarões, polvos, chocos, toda a espécie de
peixes dividindo o banho comigo.
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