Opinião:
Começo por dizer que esta capa quanto a mim se coaduna muito bem ao enredo.
Quanto ao livro, temos como protagonista Alice Berenson, uma pintora britânica,
que uma noite mata o marido com cinco tiros, e a partir desse dia recusa-se a
falar. E temos Theo Faber, um psicoterapeuta criminal, são estes os personagens principais.
Theo
interessa-se pelo caso de Alicia, e por isso tenta um lugar na clínica, na ala
psiquiatra onde Alicia está internada, com
o intuito de a fazer falar. Por isso vamos ter Theo como narrador na actualidade
que nos vai dando a sua perspectiva, e em capítulos alternados temos o diário de
Alicia de como era a sua vida antes de cometer o homicídio.
E
somos arrastados por um enredo muito bem construído, que nos leva aos meandros
da mente, ficamos completamente viciados neste livro na tentativa de descobrir
o que levou Alicia a matar o marido e do porque de não falar, não se
defende, ou seja não diz que é inocente, nem que é culpada do crime.
Achei muito
bem engendrado e estruturado este enredo, assim como a caracterização dos personagens, Alicia, no antes, uma personagem tão diferente da
actualidade, e Theo com os seus fantasmas, a sua vida pessoal, e todos os seus conflitos internos, tudo
isso provoca no leitor um desconforto em relação a situações que se vão
descobrindo e desenrolando até ao final, o próprio ambiente onde se desenrola a trama é claustrofóbico, e até mesmo em relação aos personagens secundários. Outra coisa interessante é o rumo, o caminho que este
psicoterapeuta escolhe para chegar até Alicia.
Sem dúvida que o
autor consegue com que o leitor fique intrigado, que se questione, que se sinta
manipulado, enganado até quase ao fim, depois dá uma reviravolta imprevisível que
nos deixa de queixo caído, somos completamente surpreendidos, que excelente
final, tira-nos o tapete dos pés.
Recomendo, lê-se num ápice, a escrita é fluída, os capítulos
são pequenos, e o enredo não podia ser melhor, muito bom.
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