Opinião:
Terminei o mês de
Janeiro com a leitura deste livro - “Inferno
no Vaticano”, li o primeiro romance do autor, “No Calor dos Trópicos”, que
gostei muito, e era com alguma
expectativa que aguardava este seu novo
livro, pois o tema é sobre algo que
gosto imenso de ler, tudo o que envolva o complexo mundo do Vaticano, os seus
segredos, o que escondem, toda a riqueza de que são possuidores, deixam-me sempre muito curiosa.
Tudo começa quando
descobrem o corpo de Francesco Barocci, curador do Tesouro, sem vida na Sala das
Relíquias, mas o mais impressionante é que lhe chuparam o sangue. A que se deve
esta morte? E como é que pode ter acontecido num local dos mais protegidos do
mundo, que é dentro do Vaticano? Como é que alguém se introduziu lá dentro para
assassinar o curador? E quais são as motivações para tal homicídio? É necessário chamar o inspector privado do
Papa, Luís Borges, e também a sensual simbologista Valeria Del Bosque, pois o
corpo tem um símbolo estranho gravado, o qual convém descodificar.
E é a partir daqui que se desenvolve todo o enredo, as coisas
vão se complicar pois ocorrem mais três homicídios, começando a espalhar o medo, até ao ponto de se começar a suspeitar
se o principal objectivo é atingir também o próprio Papa. E no meio disto tudo
apercebem-se que existe um segredo escondido,
sociedades secretas, que podem estar por detrás de tais mortes. Ao
avançarem nas investigações através dos contornos dos crimes alguém quer chamar atenção para algo mais, ou seja
para a riqueza existente na cidade do Vaticano, o objectivo de quem está por
detrás disso é acabar com a luxuria, será esse o objectivo?
Nada que não me tenha
já perguntado também vezes, porque é que com tanta riqueza não ajudam os mais
desfavorecidos, os mais necessitados? Sendo eles os representante de Deus na
terra.
Entretanto no meio disto tudo dá-se um envolvimento entre Luís Borges e Valeria, sendo que a narrativa é intercalada através de capítulos curtos entre
as investigações, e o envolvimento de destes personagens, com momentos muito sensuais protagonizados por ambos.
Não descurando nunca o objectivo da sua investigação com perspicácia Luís
Borges consegue conciliar a parte profissional e a parte intima que o envolve.
Soube-me a pouco esta
narrativa, gostava que o autor tivesse desenvolvido mais, acho que o tema podia ter sido muito mais explorado, criar mais mistério em torno destes
assassinatos, em torno do próprio Vaticano e o seu vasto
mundo misterioso, porque no fundo algumas coisas ficam por esclarecer, a não
ser que o autor queira dar continuação a esta história com estes dois protagonistas.
Em suma gostei, li num ápice, o
autor conseguiu criar um enredo com uma
escrita simples, a onde mistura mistério, mortes, acção q.b. e sensualidade, em torno de um tema
controverso sobre o que se passa dentro da Igreja Católica, uma leitura cativante,
agradável, um livro que será do agrado dos leitores que apreciam este género
literário como eu.
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