Opinião:
Sou fã de Joanne Harris
desde que li o seu romance, “Chocolate”, tenho os seus livros todos e já os li como é óbvio, e
apesar de não ser apreciadora de contos, ler esta autora para mim é um deleite,
a sua maneira de escrever e contar histórias é única.
Para já a capa é linda, eu acho, e depois com a sua escrita fluída, li em dois dias este livro, deliciei-me com este leque de contos desta narrativa.
Cada conto tem uma
pequena introdução da autora, para nos preparar para a história que se vai
desenrolar, o que tem a sua lógica, ou porque se lembrou de um lugar por onde passou, uma viagem que fez, uma pessoa que conheceu, enfim, no fundo dá-nos a conhecer um pouco qual foi a sua fonte de
inspiração para o escrever.
E assim somos
transportados através destes contos a vários lugares e até mesmo personagens de
outros livros, como é o caso de Faith e Hope duas velhotas adoráveis que vivem
num lar e que são aqui relembradas, do livro "Danças & Contradanças", e com elas
é impossível ficarmos indiferentes, a amizade
que as une é única, ainda me fizeram arrancar umas boas gargalhadas.
Este livro vem mais uma vez comprovar o talento de Joanne Harris, a sua
grande imaginação para escrever e para
criar personagens únicos, que facilmente criamos empatia, uma narrativa diferente, mas muito divertida,
com um leque de personagens e de contos diversificados.
Fiquei mais uma vez fascinada com a maneira da autora nos envolver num livro com mini
histórias que de inicio pensamos que não tem ligação, mas que no final concluímos que estão ligadas entre si e até a outros livros da autora, contos esses variados, alguns bizarros, mas todos
cheios de criatividade. Uma autora que recomendo sempre pela sua originalidade e peculiaridade,
gostei imenso, deu para matar saudades das suas histórias, e da sua maneira
única de as contar. Espero que publique mais livros em breve.
(...) os contos nem
sempre me ocorrem com facilidade. Por vezes, vêm dar à costa como os destroços
às praias daquela ilha deserta; noutras ocasiões, trago-os para casa das minhas
viagens pelo mundo; ou por vezes chocalham dentro da minha cabeça durante meses
a fio – e até anos – como moedas presas dentro de um aspirador à espera de que
eu as liberte. (Joanne Harris)
Pode ver o livro aqui
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