Opinião:
Eu ainda estou a tentar
perceber desde que li “Morte na Arena”, porque é que não conhecia este autor, como é
que os seus livros anteriores me passaram ao lado, só lamento o que tenho
perdido sendo eu uma fã acérrima de policiais, só li mesmo os mais recentes da
série com o protagonista Gabriel Pontes.
É muito bom estar a ler
um policial e ler nomes de pessoas e lugares, povoações portuguesas, é uma
lufada de ar fresco, que nos faz ter a confirmação que afinal também se escrevem coisas boas no
nosso país.
No livro Morte nas
Trevas, mais uma vez vamos ter o protagonista Gabriel Pontes, por quem é fácil
criar empatia, pois trata-se de uma pessoa comum, igual a todos nós, comete erros, é imperfeito, não lida bem com relações, nem mesmo com
os próprios filhos, se pensarmos existem tantas pessoas assim, mas mesmo
perante tudo isto isto, gosta-se deste personagem, por outro lado as descrições
da casa de Gabriel junto do mar, os passeios com a sua companheira a cadela
Luisinha, cativa-nos durante esta narrativa.
Para quem leu os livros anteriores sabemos que Gabriel se reformou cedo da policia, mas que continua com
o bichinho da investigação, não é algo que desapareça de animo leve, por isso
aceita trabalhar como detective particular, e o seu primeiro caso será tentar
descobrir o paradeiro de duas mulheres romenas, Gabriel nem imagina onde e com
quem se está a meter, aquilo que à partida seria simples, é muito mais complexo
e perigoso.
Pois o desaparecimento
destas mulheres, levam-no a descobrir pessoas que não tem escrúpulos para
atingirem os seus fins e à medida que se embrenha na investigação Gabriel corre
cada vez mais risco de vida e também coloca em risco a daqueles de quem gosta,
a sua companheira Filomena e o filho desta.
Por outro lado temos uma investigação em paralelo da PJ em Lisboa a cargo do inspector Joel Franco, um personagem que me deixou intrigada, pelo facto de coxear e de ser tão discreto
no trato com os outros, investiga a estranha morte
de um romeno relojoeiro.
Nesta narrativa Gabriel
leva-nos por meandros obscuros e com ele vamos descobrir horrores praticados por pessoas cruéis, destituídas de sentimentos, e isto tão perto de onde mora, numa quinta de um empresário romeno criador de porcos.
Acompanhá-lo nesta investigação
vai estar um personagem misterioso Ulianov, totalmente novo para
mim, a sua aparente frieza e crueldade, leva-me a duvidar se é alguém confiável, sobre o qual gostava de
saber mais, ambos em conjunto vão protagonizar momentos de tensão e adrenalina.
E mais uma vez o autor criou
uma história mirabolante, a sua escrita directa, dura e crua, com um enredo
forte, cheio de suspense, com excelentes personagens bem estruturadas, levam a que os
acontecimentos se desenrolem numa rapidez vertiginosa.
E depois todo o
ambiente envolvente absorve-nos, assim como algumas descrições macabras, a
violência aplicada nas mortes, actos cruéis praticados sobre outros seres
humanos, é cereja no topo do bolo para amantes deste género literário, ou seja
tem todos os componentes que me agradam num policial, é impossível tentar
largar o livro quando o começamos a ler.
O final deixou-me muito
curiosa em relação ao desfecho do personagem Gabriel Pontes.
Um livro que recomendo sem dúvida alguma.
Um livro que recomendo sem dúvida alguma.
Obrigada Topseller e
Pedro Rosado Garcia por me proporcionarem momentos de leitura espectaculares.
Pode ver mais sobre o livro Morte nas Trevas aqui
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